20 Pelo
contrário, se vocês
são pacientes
no sofrimento quando
fazem o bem,
isto sim
é ação louvável
diante de Deus.
21
De fato,
para isso é que
vocês foram
chamados,
pois Cristo
também sofreu
por vocês, deixando-lhes
exemplo
para
que sigam
os passos dele.
22
Ele não
cometeu nenhum
pecado
e mentira nenhuma
foi encontrada em sua boca.
23
Quando insultado,
não revidava; ao sofrer,
não ameaçava.
Antes,
depositava sua causa
nas mãos
daquele que
julga com justiça.
24
Sobre o madeiro
levou os nossos pecados
em
seu próprio corpo,
a fim de que
nós, mortos para nossos pecados,
vivêssemos para a justiça.
Através dos ferimentos dele
é que vocês
foram curados,
25
pois estavam
desgarrados como ovelhas,
mas agora
retornaram ao seu Pastor
e Guardião.
Comentário:
* 18-25: O
ponto importante é que os cristãos devem sempre
fazer o bem (v. 20), em qualquer condição, mesmo que para isso tenham de
suportar sofrimentos. Quando nem se pensava em abolição da escravatura, esta
exortação mostra que Deus não quer a escravidão. De fato, Pedro considera os
sofrimentos como injustos (v. 19). Se na época era impensável deixar de ser
escravo, torna-se claro que essa submissão é feita por temor a Deus a exemplo
de Jesus Cristo e não como submissão servil aos patrões (no v. 18 “com todo
temor” se refere a Deus). A resistência cristã numa situação sem saída consiste
em fazer o bem. Se aqui não há nenhuma referência ao comportamento dos patrões
é porque estes, provavelmente, não fazem parte dos destinatários da carta. Já
vimos (cf. Introdução) que se trata de gente fora da pátria e em situação de
oprimidos.