domingo, 14 de junho de 2009

2 Coríntios 5, 6-10 A morte é passagem para a vida definitiva.

Por essa razão, estamos sempre confiantes, sabendo que enquanto habitamos neste corpo, estamos fora de casa, isto é, longe do Senhor, 7 pois caminhamos pela e não pela visão... 8 Sim, estamos cheios de confiança e preferimos deixar a mansão deste corpo, para irmos morar junto do Senhor. 9 Em todo caso, quer fiquemos em nossa morada, quer a deixemos, nos esforçamos por agradar ao Senhor. 10 De fato, todos deveremos comparecer diante do tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba a recompensa daquilo que tiver feito durante a sua vida no corpo, tanto para o bem, como para o mal.
Comentário:
4,16-5,10: Para quem não tem fé, a morte é o fim de tudo. Mas para quem está comprometido na fé e segue a Jesus, a morte é passagem para a dimensão definitiva da vida. Nosso corpo mortal se desgasta e desfaz na vida terrestre; mas, através da ressurreição, Deus leva o nosso ser à vida plena. Paulo emprega uma imagem muito familiar no Oriente: quando continuam a caminhada, os nômades do deserto desmontam a tenda do acampamento porque o deserto não é sua moradia estável. O mesmo acontece conosco: este mundo é o lugar onde vivemos e construímos a nossa história, cujo fim é a comunhão e participação na própria vida divina.

sábado, 13 de junho de 2009

Mateus 5, 33-37 Discurso: O sermão da montanha.Juramento e verdade

33 “Vocês ouviram também o que foi dito aos antigos: ‘Não jure falso’, mascumpra os seus juramentos para com o Senhor’. 34 Eu, porém, lhes digo: não jurem de modo algum: nem pelo Céu, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o suporte onde ele apóia os pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. 36 Não jure nem mesmo pela sua própria cabeça, porque você não pode fazer um só fio de cabelo ficar branco ou preto. 37 Diga apenassim’, quando é ‘sim’; e ‘não’, quando é ‘não’. O que você disser além disso, vem do Maligno.”
Comentários:
5-7: O Sermão da Montanha é um resumo do ensinamento de Jesus a respeito do Reino e da transformação que esse Reino produz. Moisés tinha recebido a Lei na montanha do Sinai; agora Jesus se apresenta como novo Moisés, proclamando sobre a montanha a vontade de Deus que leva à libertação do homem.

33-37: A necessidade de juramentos é sinal de que a mentira e a desconfiança pervertem as relações humanas. Jesus exige relacionamento em que as pessoas sejam verdadeiras e responsáveis.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Mateus 5, 27-32 Discurso: O sermão da montanha.Adultério e fidelidade

27 “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não cometa adultério’. 28 Eu, porém, lhes digo: todo aquele que olha para uma mulher e deseja possuí-la, cometeu adultério com ela no coração.
29 Se o
olho direito leva você a pecar, arranque-o e jogue-o fora! É melhor perder um membro, do que o seu corpo todo ser jogado no inferno. 30 Se a mão direita leva você a pecar, corte-a e jogue-a fora! É melhor perder um membro do que o seu corpo todo ir para o inferno.
31 Também
foi dito: ‘Quem se divorciar de sua mulher, lhe uma certidão de divórcio’. 32 Eu, porém, lhes digo: todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada, comete adultério.”
Comentários:
5-7: O Sermão da Montanha é um resumo do ensinamento de Jesus a respeito do Reino e da transformação que esse Reino produz. Moisés tinha recebido a Lei na montanha do Sinai; agora Jesus se apresenta como novo Moisés, proclamando sobre a montanha a vontade de Deus que leva à libertação do homem.
27-32: Jesus radicaliza até à interioridade a fidelidade matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. O adultério começa com o olhar de desejo, e o mal deve ser cortado pela raiz. A exceção citada no v. 32 pode referir-se ao caso de união ilegítima, por causa do grau de parentesco que trazia impedimento matrimonial segundo a Lei (Lv 18,6-18; At 15,29).

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Marcos 14, 12- 16. 22-26 O novo Cordeiro pascal.

12 No primeiro dia dos Ázimos, quando matavam os cordeiros para a Páscoa, os discípulos perguntaram a Jesus: “Onde queres que vamos preparar para que comas a Páscoa?” 13 Jesus mandou então dois de seus discípulos, dizendo: “Vão à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no 14 e digam ao dono da casa onde ele entrar: ‘O Mestre manda dizer: Onde é a sala em que eu e os meus discípulos vamos comer a Páscoa?’ 15 Então ele mostrará para vocês, no andar de cima, uma sala grande, arrumada com almofadas. Preparemtudo para nós.” 16 Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito. E prepararam a Páscoa.
A instituição da Eucaristia - 22
Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo pronunciado a bênção, o partiu, distribuiu a eles, e disse: “Tomem, isto é o meu corpo.” 23 Em seguida, tomou um cálice, agradeceu e deu a eles. E todos eles beberam. 24 E Jesus lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25 Eu garanto a vocês: nunca mais beberei do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus.”
A fidelidade de Jesus aos seus - 26
Depois de terem cantado salmos, foram para o monte das Oliveiras.
Comentários:
12-21: A celebração da Páscoa marcava a noite em que o povo de Deus foi libertado da escravidão do Egito. Jesus vai ser morto como o novo cordeiro pascal: sua vida e morte são o início de novo modo de vida, no qual não haverá mais escravidão do dinheiro e do poder.
22-25: A ceia pascal de Jesus com os discípulos recorda a multiplicação dos pães. Ela substitui as cerimônias do Templo e torna-se o centro vital da comunidade formada pelos que seguem a Jesus. O gesto e as palavras de Jesus não são apenas afirmação de sua presença sacramental no pão e no vinho. Manifestam também o sentido profundo de sua vida e morte, isto é: Jesus viveu e morreu como dom gratuito, como entrega de si mesmo aos outros, opondo-se a uma sociedade em que as pessoas vivem para si mesmas e para seus próprios interesses. Na ausência de Jesus, os discípulos são convidados a fazer o mesmo (“tomem”): partilhar o pão com os pobres e viver para os outros.
26-31: Jesus sabe que vai ser traído por um discípulo e abandonado pelos outros. Mostra assim a plena gratuidade do seu dom, sendo fiel aos discípulos até o fim: marca um novo encontro na Galiléia (cf. 16,7). Aí Jesus reunirá novamente os discípulos para continuar a sua ação.

Hebreus 9, 11-15 O culto novo e definitivo.

11 Cristo, porém, veio como sumo sacerdote dos bens futuros. Ele atravessou uma tenda muito maior e mais perfeita, não construída por mãos humanas, isto é, ele atravessou uma tenda que não pertence a esta criação. 12 Ele entrou uma vez por todas no santuário, e não com sangue de bodes e novilhos, mas com o seu próprio sangue, depois de conseguir para nós uma libertação definitiva. 13 Sangue de bodes e de touros e cinzas de novilha, espalhadas sobre pessoas impuras, as santificam, concedendo-lhes uma pureza externa. 14 Muito mais o sangue de Cristo que, com um Espírito eterno, se ofereceu a Deus como vítima sem mancha! Ele purificará das obras da morte a nossa consciência, para que possamos servir ao Deus vivo.
O sangue da nova aliança . 15
Desse modo, ele é o mediador de uma nova aliança. Morrendo, nos livrou das faltas cometidas durante a primeira aliança, para que os chamados recebam a herança definitiva que foi prometida.
Comentários
11-14: Aquilo que os judeus esperavam da liturgia para o perdão dos pecados realizou-se concreta e definitivamente na Páscoa de Cristo. Nele está presente o santuário, o sacerdote e o sacrifício. Ele derrama o próprio sangue, isto é, oferece conscientemente sua vida a Deus em benefício dos homens, seus irmãos. Desse modo, ele é o homem que, com a sua obediência, purifica a partir de dentro a consciência humana. Desta vez, um homem tem acesso junto ao próprio Deus. Ressuscitado e vivo para sempre, Cristo permanece nessa relação de presença diante de Deus e de dom em favor dos homens; é relação assumida uma vez por todas, definitiva e eternamente. Não existe outro sacrifício a ser realizado. Chegou o tempo final, “os bens futuros”.

15-23: Para os judeus, sangue e sacrifício estão ligados com perdão e aliança (cf. Ex 24). A nova aliança foi estabelecida pela morte e ressurreição de Cristo. O autor joga com os dois sentidos da mesma palavra que, em grego, significa “aliança”, mostrando que Jesus, com sua morte, deixou-nos a nova aliança como testamento. Cristo é ao mesmo tempo redentor e mediador: nele encontramos o perdão e nele nos relacionamos com Deus.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mateus 5, 17-19 Discurso: O sermão da montanha.A lei e a justiça

17 “Não pensem que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento. 18 Eu garanto a vocês: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem sequer uma letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça. 19 Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazer o mesmo, será considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem os praticar e ensinar, será considerado grande no Reino do Céu. 20 Com efeito, eu lhes garanto: se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no Reino do Céu.”
Comentários:
5-7: O Sermão da Montanha é um resumo do ensinamento de Jesus a respeito do Reino e da transformação que esse Reino produz. Moisés tinha recebido a Lei na montanha do Sinai; agora Jesus se apresenta como novo Moisés, proclamando sobre a montanha a vontade de Deus que leva à libertação do homem.
17-20: A lei não deve ser observada simplesmente por ser lei, mas por aquilo que ela realiza de justiça. Cumprir a lei fielmente não significa subdividi-la em observâncias minuciosas, criando uma burocracia escravizante; significa, isto sim, buscar nela inspiração para a justiça e a misericórdia, a fim de que o homem tenha vida e relações mais fraternas. Em 5,21-48, Mateus apresenta cinco exemplos, para mostrar como é que uma lei deve ser entendida.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Mateus 5, 13-16 Discurso: O sermão da montanha. A força do testemunho.

13 “Vocês são o sal da terra. Ora, se o sal perde o gosto, com que poderemos salgá-lo? Não serve para mais nada; serve só para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.14 Vocês são a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15 Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha, e sim para colocá-la no candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16 Assim também: que a luz de vocês brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem, e louvem o Pai de vocês que está no céu.”
Comentários:
5-7: O Sermão da Montanha é um resumo do ensinamento de Jesus a respeito do Reino e da transformação que esse Reino produz. Moisés tinha recebido a Lei na montanha do Sinai; agora Jesus se apresenta como novo Moisés, proclamando sobre a montanha a vontade de Deus que leva à libertação do homem.
13-16: Os discípulos de Jesus devem estar conscientes de que se acham unidos com todos aqueles que anseiam por um mundo novo. Eles não podem se subtrair a essa missão, mas precisam dar testemunho através de suas obras. Não se comprometer com isso é deixar de ser discípulo do Reino. Através do testemunho visível dos discípulos é que os homens podem descobrir a presença e a ação do Deus invisível.