terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Marcos 8, 22-26 Da cegueira para a visão.

* 22 Chegaram a Betsaida. Algumas pessoas levaram um cego e pediram que Jesus tocasse nele. 23 Jesus pegou o cego pela mão, levou-o para fora do povoado, cuspiu nos olhos dele, pôs as mãos sobre ele e perguntou: “Você está vendo alguma coisa?” 24 O homem levantou os olhos e disse: “Estou vendo homens; parecem árvores que andam.” 25 Então Jesus pôs de novo as mãos sobre os olhos dele, e ele enxergou claramente. Ficou curado e enxergava todas as coisas com nitidez, mesmo de longe. 26 Jesus mandou o homem ir para casa, dizendo: “Não entre no povoado.” Comentário: * 22-26: A cura em dois tempos é um símbolo do que acontece com os discípulos. Eles acompanham Jesus e veem tudo o que ele faz, mas ainda não percebem que Jesus é o Messias. Só compreenderão isso claramente a partir da cena seguinte, onde Jesus começa a revelar seu próprio destino (Mc 8,27-10,52). Com a cura do cego em Betsaida, completa-se a profecia de Isaías 35,5-6: “Os olhos do cego vão se abrir, e se abrirão também os ouvidos dos surdos; os aleijados saltarão como cervo e a língua do mudo cantará”. O evangelista Marcos revela, assim, Jesus como verdadeiro Deus, que faz os coxos andarem, os mudos falarem, os surdos ouvirem e os cegos verem. Jesus é o Messias esperado, mas reconhecê-lo é privilégio dos que têm fé para ler seus sinais. A revelação definitiva ocorrerá apenas na cruz e na ressurreição. Na cura apresentada pelo Evangelho de hoje, única a acontecer em duas etapas, vemos uma alusão ao caminho progressivo de fé (iluminação) dos próprios apóstolos e de todos os cristãos: somos inicialmente cegos, depois passamos a ver (compreender) parcialmente e, um dia, veremos claramente a graça de Deus.

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