quinta-feira, 16 de junho de 2022

Mateus 6, 19-23 A escolha fundamental.

-* 19 “Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões assaltam e roubam. 20 Ajuntem riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não assaltam nem roubam. 21 De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração. 22 A lâmpada do corpo é o olho. Se o olho é sadio, o corpo inteiro fica iluminado. 23 Se o olho está doente, o corpo inteiro fica na escuridão. Assim, se a luz que existe em você é escuridão, como será grande a escuridão! Comentário: * 19-24: Todo homem, consciente ou inconscientemente, tem na vida um valor fundamental, um absoluto que determina toda a sua forma de ser e viver. Qual é o absoluto: Deus ou as riquezas? Deus leva o homem à liberdade e à vida, através da justiça que gera a partilha e a fraternidade. As riquezas são resultado da opressão e da exploração, levando o homem à escravidão e à morte. É preciso escolher a qual dos dois queremos servir. Nós vivemos dos bens e das riquezas deste mundo, precisamos deles para uma vida de bem-estar. Quando nos diz para não ajuntar bens e riquezas neste mundo, Jesus não tinha intenção de condenar esses bens, sabia da sua necessidade, mas ele nos alerta sobre o perigo do acúmulo e do apego a esses bens. Esse ensinamento nos lembra a primeira bem-aventurança: felizes os pobres. Quem se preocupa em só acumular se fecha em si mesmo. Metade da humanidade sofre as consequências da concentração das riquezas. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, fruto da ganância de alguns poderosos. A “ditadura de uma economia sem rosto e desumana” é uma das maiores desgraças da atualidade. O olho bom e sadio nos possibilita fazer a escolha correta entre os “valores do Reino de Deus” e os “bens do reino deste mundo”.

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