quinta-feira, 9 de junho de 2022

Mateus 5, 27-32 Adultério e fidelidade.

* 27 “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não cometa adultério’. 28 Eu, porém, lhes digo: todo aquele que olha para uma mulher e deseja possuí-la, já cometeu adultério com ela no coração. 29 Se o olho direito leva você a pecar, arranque-o e jogue-o fora! É melhor perder um membro, do que o seu corpo todo ser jogado no inferno. 30 Se a mão direita leva você a pecar, corte-a e jogue-a fora! É melhor perder um membro do que o seu corpo todo ir para o inferno. 31 Também foi dito: ‘Quem se divorciar de sua mulher, lhe dê uma certidão de divórcio’. 32 Eu, porém, lhes digo: todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada, comete adultério.” Comentário: * 27-32: Jesus radicaliza até à interioridade a fidelidade matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. O adultério começa com o olhar de desejo, e o mal deve ser cortado pela raiz. A exceção citada no v. 32 pode referir-se ao caso de união ilegítima, por causa do grau de parentesco que trazia impedimento matrimonial segundo a Lei (Lv 18,6-18; At 15,29). Em geral, as leis privilegiavam os homens em detrimento das mulheres, que muitas vezes eram consideradas uma espécie de propriedade dos homens, faziam parte dos bens do marido. As intervenções de Jesus normalmente eram para salvar o lado mais fraco e explorado, colocando os dois lados em pé de igualdade. Mateus retoma um mandamento do Antigo Testamento: não cometer adultério. O adultério viola a vontade de Deus e as relações familiares e sociais. A união do homem e da mulher no matrimônio é expressão de amor; é vontade de Deus que vivam a harmonia e a beleza do amor. O Mestre esclarece que “cometer adultério” já tem seu início no olhar. Por isso, a necessidade de cortar o mal pela raiz. Muitas vezes, são necessários cortes dolorosos e profundos para salvar e fortalecer o amor e o bom relacionamento entre marido e mulher.

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