quarta-feira, 2 de junho de 2021

Marcos 14, 12-16.22-26 O novo Cordeiro pascal.

12No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?” 13Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse: “Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro. Segui-o 14e dizei ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos? 15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Aí fareis os preparativos para nós!” 16Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito e prepararam a Páscoa. 

A instituição da Eucaristia - 22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. 23Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes, e todos beberam dele. 24Jesus lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus”. 25Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras.

Comentário:

* 12-21: A celebração da Páscoa marcava a noite em que o povo de Deus foi libertado da escravidão do Egito. Jesus vai ser morto como o novo cordeiro pascal: sua vida e morte são o início de novo modo de vida, no qual não haverá mais escravidão do dinheiro e do poder.

* 22-25: A ceia pascal de Jesus com os discípulos recorda a multiplicação dos pães. Ela substitui as cerimônias do Templo e torna-se o centro vital da comunidade formada pelos que seguem a Jesus. O gesto e as palavras de Jesus não são apenas afirmação de sua presença sacramental no pão e no vinho. Manifestam também o sentido profundo de sua vida e morte, isto é: Jesus viveu e morreu como dom gratuito, como entrega de si mesmo aos outros, opondo-se a uma sociedade em que as pessoas vivem para si mesmas e para seus próprios interesses. Na ausência de Jesus, os discípulos são convidados a fazer o mesmo ("tomem"): partilhar o pão com os pobres e viver para os outros.

A festa de Corpus Christi foi introduzia na Igreja pelo papa Urbano IV, no século XIII. O que está na origem dessa solenidade é a instituição da eucaristia. Jesus dizia: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu permaneço nele” (Jo 6,56). Na última ceia com seus discípulos, Jesus toma o pão e o vinho e, após dar graças a Deus, afirma: ‘Este pão é o meu corpo; este vinho é o meu sangue: comam e bebam’. Jesus estabelece sua presença em forma de alimento, em forma de sacramento (sinal sensível da graça). Sem deixar-nos distrair pelos belíssimos ornamentos das ruas de nossas cidades, façamos da celebração de Corpus Christi ocasião para contemplar o mistério do grande ato de amor de Jesus por nós, sua morte na cruz, e para oferecer-lhe nossa resposta de amor.

Oração
Ó Jesus, pão vivo descido do céu, durante a refeição, surpreendeste teus discípulos com uma grande novidade: por tua vontade, o pão e o vinho abençoados tornaram-se teu corpo e sangue. Desse modo, és presença viva em nós e alimento indispensável para nossa caminhada diária. Amém.

 

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