* 1 O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos, e os enviou dois
a dois,
na sua frente, para toda
cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2 E
lhes dizia: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores
para a colheita. 3
Vão! Estou enviando vocês como cordeiros para o
meio
de lobos. 4 Não levem bolsa, nem
sacola, nem sandálias, e não parem no caminho, para cumprimentar ninguém. 5 Em
qualquer casa onde
entrarem, digam primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’
6 Se aí morar alguém de paz, a paz
de vocês irá repousar sobre ele; se não,
ela voltará para vocês. 7 Permaneçam nessa mesma casa, comam e bebam do que
tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem passando de casa
em casa.
8 Quando entrarem numa cidade, e forem bem
recebidos, comam o que
servirem a vocês, 9 curem os doentes que
nela
houver. E digam ao povo:
‘O Reino de Deus está
próximo de vocês!’ 10 Mas
quando vocês entrarem numa cidade, e não forem bem recebidos, saiam pelas ruas
e digam: 11 ‘Até a poeira dessa cidade, que se grudou em nossos pés, nós sacudimos contra vocês. Apesar disso, saibam que o Reino de Deus está
próximo’. 12 Eu lhes afirmo: no dia
do julgamento, Deus será
mais tolerante com Sodoma do que
com tal
cidade.
Comentário:
Jesus
envia seus discípulos “como ovelhas no meio de lobos”. A perspectiva de
rejeição assusta. Entretanto, é possível entrever um movimento carregado de
esperança: evangelizar é transformar uma sociedade de lobos numa sociedade de
irmãos. Com efeito, os discípulos levam a mansidão, a pobreza, o espírito de
paz. Sem exigências, “comendo e bebendo o que tiverem”. Curam os doentes e
anunciam o Reino de Deus. Recebem a justa retribuição pelo trabalho, e batem os
pés como gesto de julgamento contra os inimigos do Reino. Naturalmente, essa
benéfica transformação entra em choque com o egoísmo de muitos e as estruturas
sociais injustas. Diante do panorama um tanto sombrio da missão, os discípulos
não precisam recuar de medo. Eles vão em nome de Jesus: “O Senhor… os enviou à
sua frente”.
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