-* 1 Queridos irmãos, não misturem com certos favoritismos pessoais a fé que vocês têm em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória. 2 Por exemplo: entra na reunião de vocês uma pessoa com anéis de ouro e vestida com elegância; e entra também uma pessoa pobre, vestida com roupas velhas. 3 Suponhamos que vocês dêem atenção à pessoa que está vestida com elegância e lhe dizem:”sente-se aqui, neste lugar confortável”; mas dizem à pessoa pobre: “fique aí em pé”; ou então: “sente-se aí no chão, perto do estrado dos meus pés.” 4*
Nesse
caso,
vocês
estão
fazendo
diferença
entre vocês
mesmos
e julgando
os outros
com péssimos critérios.
5 Ouçam,
meus queridos
irmãos:
não
foi
Deus
quem
escolheu
os que
são
pobres
aos olhos
do mundo,
para torná-los
ricos
na fé
e herdeiros
do Reino
que
ele prometeu
àqueles
que
o amam?
Comentário:
* 1-4: O favoritismo, que
faz diferença entre as pessoas, opõe-se à fé no Senhor Jesus Cristo. De fato,
para o cristão existe uma só glória: é a glória do Senhor. Os vv. 2-4
apresentam exemplo concreto do favoritismo que deforma a comunidade cristã.
* 5-13: Deus prefere os
pobres e, portanto, essa é a única preferência que se justifica na sociedade
humana. A dignidade dos pobres repousa no fato de que eles são ricos na fé e
herdeiros do Reino (cf. Mt 5,3; 11,25-27). Os ricos são indignos porque difamam
o nome, isto é, a própria pessoa de Jesus (cf. At 9,5) oprimindo, perseguindo e
distorcendo a justiça contra aqueles que se comprometem com o projeto de Deus.
O favoritismo em prol dos ricos não se concilia com a fé cristã, porque se
choca com o mais importante dos mandamentos. Segundo o contexto, próximo, aqui,
significa o pobre e oprimido. Qualquer tipo de favoritismo em favor do rico não
é simplesmente desobediência a um dos pontos da lei de Deus, mas à lei inteira,
que se resume no amor ao pobre. O cristão se rege pelo Evangelho, que tem como
centro o mandamento do amor (= lei da liberdade, cf. nota em 1,19-25). E este
mandamento se realiza na prática da misericórdia, concretizada na preferência
pelos pobres e marginalizados, tornando-se a matéria única do julgamento (cf.
Mt 25,31-46).
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