20 Com efeito, eu lhes garanto: se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no Reino do Céu.”
Ofensa e reconciliação -* 21 “Vocês ouviram o que foi dito aos antigos: ‘Não mate! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22 Eu, porém, lhes digo: todo aquele que fica com raiva do seu irmão, se torna réu perante o tribunal.
Adultério e fidelidade -* 27 “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não cometa adultério’. 28 Eu, porém, lhes digo: todo aquele que olha para uma mulher e deseja possuí-la, já cometeu adultério com ela no coração.
Juramento e verdade -* 33 “Vocês ouviram também o que foi dito aos antigos: ‘Não jure falso’, mas ‘cumpra os seus juramentos para com o Senhor’. 34 Eu, porém, lhes digo: não jurem de modo algum: nem pelo Céu, porque é o trono de Deus; 37 Diga apenas ‘sim’, quando é ‘sim’; e ‘não’, quando é ‘não’. O que você disser além disso, vem do Maligno.”
Comentário:
* 17-20: A lei não deve ser observada
simplesmente por ser lei, mas por aquilo que ela realiza de justiça. Cumprir a
lei fielmente não significa subdividi-la em observâncias minuciosas, criando
uma burocracia escravizante; significa, isto sim, buscar nela inspiração para a
justiça e a misericórdia, a fim de que o homem tenha vida e relações mais
fraternas. Em 5,21-48, Mateus apresenta cinco exemplos, para mostrar como é que
uma lei deve ser entendida.
* 21-26: A lei que proíbe matar, proíbe
esse ato desde a raiz, isto é, desde a mais simples ofensa ao irmão. Mesmo
ofendido e inocente, o discípulo de Jesus deve ter a coragem de dar o primeiro
passo para reconciliar-se. Caso se sinta culpado, procure urgentemente a
reconciliação, porque sobre a sua culpa pesa um julgamento.
* 27-32: Jesus radicaliza até à
interioridade a fidelidade matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. O
adultério começa com o olhar de desejo, e o mal deve ser cortado pela raiz. A
exceção citada no v. 32 pode referir-se ao caso de união ilegítima, por causa
do grau de parentesco que trazia impedimento matrimonial segundo a Lei (Lv
18,6-18; At 15,29).
* 33-37: A necessidade de juramentos é
sinal de que a mentira e a desconfiança pervertem as relações humanas. Jesus
exige relacionamento em que as pessoas sejam verdadeiras e responsáveis.
Deus nos fala
Saber escolher é o cerne da sabedoria
no uso responsável da liberdade. O ser humano só se realiza como pessoa madura
se faz opção pelo bem e não pela arbitrariedade egoísta. A vida plena está no
caminho da justiça, ou seja, na prática dos mandamentos de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário