domingo, 15 de maio de 2011

1 Pedro 2, 20b-25 Só Deus é Senhor.

20 Que mérito haveria em suportar com paciência, se vocês fossem esbofeteados por terem agido errado? Pelo contrário, se vocês são pacientes no sofrimento quando fazem o bem, isto sim é ação louvável diante de Deus.
21 De fato, para isso é que vocês foram chamados,
pois Cristo também sofreu por vocês, deixando-lhes exemplo
para que sigam os passos dele.
22 Ele não cometeu nenhum pecado
e mentira nenhuma foi encontrada em sua boca.
23 Quando insultado, não revidava; ao sofrer, não ameaçava.
Antes, depositava sua causa nas mãos
daquele que julga com justiça.
24 Sobre o madeiro levou os nossos pecados
em seu próprio corpo,
a fim de que nós, mortos para nossos pecados,
vivêssemos para a justiça.
Através dos ferimentos dele é que vocês foram curados,
25 pois estavam desgarrados como ovelhas, mas agora retornaram ao seu Pastor e Guardião.
Comentário:
2,13-3,12: As exortações deste trecho têm fio condutor bem claro: no relacionamento com as autoridades e os patrões, como também no matrimônio, os cristãos se comportam sempre na condição de pessoas livres, sem medo e jamais com subordinação e temor servil. Nessa liberdade de filhos de Deus, formam uma comunidade onde estão presentes a compaixão, o amor fraterno, a misericórdia e a humildade, e onde o mal é retribuído com o bem. A comunidade torna-se, então, portadora de bênção.
18-25: O ponto importante é que os cristãos devem sempre fazer o bem (v. 20), em qualquer condição, mesmo que para isso tenham de suportar sofrimentos. Quando nem se pensava em abolição da escravatura, esta exortação mostra que Deus não quer a escravidão. De fato, Pedro considera os sofrimentos como injustos (v. 19). Se na época era impensável deixar de ser escravo, torna-se claro que essa submissão é feita por temor a Deus a exemplo de Jesus Cristo e não como submissão servil aos patrões (no v. 18 “com todo temor” se refere a Deus). A resistência cristã numa situação sem saída consiste em fazer o bem. Se aqui não há nenhuma referência ao comportamento dos patrões é porque estes, provavelmente, não fazem parte dos destinatários da carta. Já vimos (cf. Introdução) que se trata de gente fora da pátria e em situação de oprimidos.

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