quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
Lucas 4, 14-22 O programa da atividade de Jesus.
* 14 Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. 15 Ele ensinava nas sinagogas, e todos o elogiavam. 16 Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se havia criado. Conforme seu costume, no sábado entrou na sinagoga, e levantou-se para fazer a leitura. 17 Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito: 18 “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, 19 e para proclamar um ano de graça do Senhor.” 20 Em seguida Jesus fechou o livro, o entregou na mão do ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21 Então Jesus começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir.”
Reação do povo -* 22 Todos aprovavam Jesus, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Este não é o filho de José?”
Comentário:
* 14-21: Colocada no início da vida pública de Jesus, esta passagem constitui, conforme Lucas, o programa de toda a atividade de Jesus. Is 61,1-2 anunciara que o Messias iria realizar a missão libertadora dos pobres e oprimidos. Jesus aplica a passagem a si mesmo, assumindo-a no hoje concreto em que se encontra. No ano da graça eram perdoadas todas as dívidas e se redistribuíam fraternalmente todas as terras e propriedades: Jesus encaminha a humanidade para uma situação de reconciliação e partilha, que tornam possíveis a igualdade, a fraternidade e a comunhão.
* 22-30: A dúvida e a rejeição de Jesus por parte de seus compatriotas fazem prever a hostilidade e a rejeição de toda a atividade de Jesus por parte de todo o seu povo. No entanto, Jesus prossegue seu caminho, para construir a nova história que engloba toda a humanidade.
O Evangelho de hoje mostra como Jesus vivia o cotidiano do seu tempo e da sua cultura. Seguia as práticas rituais, indo à sinagoga para louvar o Senhor no dia de sábado, dia de repouso, sétimo dia da criação. Como era costume, quem lia a Sagrada Escritura também partilhava uma breve reflexão, algo como a homilia hoje. O diferencial que vemos é a autenticidade com que Jesus interpreta e atualiza o texto do profeta Isaías. As palavras saem de sua boca cheias de graça e encantam os que o ouviam, porque ele fala com sinceridade e amor. Muitos tentam interpretar as Escrituras, ontem e hoje, contudo nem todos atualizam, na própria vida, a mensagem salvífica. A fé do cristão nos ensina, à luz do exemplo de Jesus, que somente impulsionados pelo Espírito Santo somos capazes de ler e entender o texto sagrado, tendo a capacidade de transformá-lo em vida, isto é, renovar hoje seu significado.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2025
Lucas 4, 14-22 O programa da atividade de Jesus.
* 14 Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. 15 Ele ensinava nas sinagogas, e todos o elogiavam. 16 Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se havia criado. Conforme seu costume, no sábado entrou na sinagoga, e levantou-se para fazer a leitura. 17 Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito: 18 “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, 19 e para proclamar um ano de graça do Senhor.” 20 Em seguida Jesus fechou o livro, o entregou na mão do ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21 Então Jesus começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir.”
Reação do povo -* 22 Todos aprovavam Jesus, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Este não é o filho de José?”
Comentário:
* 14-21: Colocada no início da vida pública de Jesus, esta passagem constitui, conforme Lucas, o programa de toda a atividade de Jesus. Is 61,1-2 anunciara que o Messias iria realizar a missão libertadora dos pobres e oprimidos. Jesus aplica a passagem a si mesmo, assumindo-a no hoje concreto em que se encontra. No ano da graça eram perdoadas todas as dívidas e se redistribuíam fraternalmente todas as terras e propriedades: Jesus encaminha a humanidade para uma situação de reconciliação e partilha, que tornam possíveis a igualdade, a fraternidade e a comunhão.
* 22-30: A dúvida e a rejeição de Jesus por parte de seus compatriotas fazem prever a hostilidade e a rejeição de toda a atividade de Jesus por parte de todo o seu povo. No entanto, Jesus prossegue seu caminho, para construir a nova história que engloba toda a humanidade.
O Evangelho de hoje mostra como Jesus vivia o cotidiano do seu tempo e da sua cultura. Seguia as práticas rituais, indo à sinagoga para louvar o Senhor no dia de sábado, dia de repouso, sétimo dia da criação. Como era costume, quem lia a Sagrada Escritura também partilhava uma breve reflexão, algo como a homilia hoje. O diferencial que vemos é a autenticidade com que Jesus interpreta e atualiza o texto do profeta Isaías. As palavras saem de sua boca cheias de graça e encantam os que o ouviam, porque ele fala com sinceridade e amor. Muitos tentam interpretar as Escrituras, ontem e hoje, contudo nem todos atualizam, na própria vida, a mensagem salvífica. A fé do cristão nos ensina, à luz do exemplo de Jesus, que somente impulsionados pelo Espírito Santo somos capazes de ler e entender o texto sagrado, tendo a capacidade de transformá-lo em vida, isto é, renovar hoje seu significado.
terça-feira, 7 de janeiro de 2025
Marcos 6, 45-52 Jesus é a presença de Deus.
* 45 Logo em seguida Jesus obrigou os discípulos a entrar na barca e ir na frente para Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. 46 Logo depois de se despedir da multidão subiu ao monte para rezar.
47 Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. 48 Viu que os discípulos estavam cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, entre as três e as seis horas da madrugada, Jesus foi até os discípulos andando sobre o mar, e queria passar na frente deles. 49 Quando os discípulos o avistaram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. 50 Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: “Coragem! Sou eu, não tenham medo! “ 51 Então subiu com eles na barca. E o vento parou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, 52 porque não tinham compreendido o acontecimento dos pães. O coração deles estava endurecido.
Comentário:
* 45-56: O episódio mostra o verdadeiro Deus sendo revelado em Jesus (“Eu Sou” - cf. Ex 3,14). Os discípulos não conseguem ver a presença de Deus em Jesus, porque não entenderam o acontecimento dos pães. Para quem não entende que o comércio e a posse devem ser substituídos pelo dom e pela partilha, Jesus se torna fantasma ou apenas fazedor de milagres que provoca medo, e não a presença do Deus verdadeiro.
O barco dos discípulos está no meio do mar, tal como estamos no mar da vida. Mar inseguro e às vezes impetuoso, cujo vento é contrário, cheio de desafios e dificuldades. Sem Jesus, nos sentimos inseguros, frágeis, amedrontados. Sem Jesus, mantemos o nosso coração endurecido. Sem Jesus, não temos luz, como reforça o texto bíblico, assinalando que era de madrugada, o coração da noite, momento de maior obscuridade. Mas, no meio das contrariedades da vida e do endurecimento do coração humano, Jesus se manifesta, vem ao nosso encontro. Reconhecer Cristo, que acalma nossas tempestades, implica estar aberto à comunicação divina, comunicação de amor, distinta da lógica humana.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
Marcos 6, 34-44 O banquete da vida.
34 Quando saiu da barca, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão, porque eles estavam como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar muitas coisas para eles. 35 Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. 36 Despede o povo, para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer.” 37 Mas Jesus respondeu: “Vocês é que têm de lhes dar de comer.” Os discípulos perguntaram: “Devemos gastar meio ano de salário e comprar pão para dar-lhes de comer?” 38 Jesus perguntou: “Quantos pães vocês têm? Vão ver.” Eles foram e responderam: “Cinco pães e dois peixes.”
39 Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40 E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinquenta pessoas. 41 Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42 Todos comeram, ficaram satisfeitos, 43 e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44 O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens.
Comentário:
* 30-44: Enquanto Herodes celebra o banquete da morte com os grandes, Jesus celebra o banquete da vida com o povo simples. Marcos não diz o que Jesus ensina, mas o grande ensinamento de toda a cena está no fato de que não é preciso muito dinheiro para comprar comida para o povo. É preciso simplesmente dar e repartir entre todos o pouco que cada um possui. Jesus projeta nova sociedade, onde o comércio é substituído pelo dom, e a posse pela partilha. Mas, para que isso realmente aconteça, é preciso organizar o povo. Dando e repartindo, todos ficam satisfeitos, e ainda sobra muita coisa.
Nosso Deus é um Deus de amor, que se compadece de todos os que têm fome do pão espiritual, mas também do alimento material. No contexto das manifestações, a liturgia nos apresenta um relato que poderíamos chamar de cristofania (manifestação de Cristo), no qual Jesus se manifesta como profeta que nutre a multidão com a Palavra e com o pão para todos. O milagre da multiplicação, ao mesmo tempo que remete à centralidade da Eucaristia na vida da comunidade, nos propõe o desafio da partilha. Contra o egoísmo próprio das sociedades terrenas, Cristo ensina a pôr em comum o que cada um tem, a fim de que todos tenham suas necessidades supridas.
domingo, 5 de janeiro de 2025
Mateus 4, 12-17.23-25 A esperança começa na Galileia.
* 12 Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galiléia. 13 Deixou Nazaré, e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galiléia, nos confins de Zabulon e Neftali, 14 para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15 “Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galiléia dos que não são judeus! 16 O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; e uma luz brilhou para os que viviam na região escura da morte.”
17 Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: “Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo.”
A atividade de Jesus -* 23 Jesus andava por toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando a Boa Notícia do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo. 24 E a fama de Jesus espalhou-se por toda a Síria. Levaram-lhe todos os doentes atingidos por diversos males e tormentos: endemoninhados, epiléticos e paralíticos. E Jesus os curou. 25 Numerosas multidões da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e do outro lado do rio Jordão começaram a seguir Jesus.
Comentário:
* 12-25: Jesus começa sua atividade na Galileia, região distante do centro econômico, político e religioso do seu país. A esperança da salvação se inicia justamente numa região da qual nada se espera.
A pregação de Jesus tem a mesma radicalidade que a de João Batista: é preciso total mudança de vida, porque o Reino do Céu está próximo.
* 23-25: A atividade de Jesus consiste na palavra (ensinar, pregar) e ação (curar). É atividade dirigida aos mais pobres, necessitados e marginalizados. O conteúdo dela é descrito em Mt 5-9.
Jesus manifesta sua divindade através de ações e palavras. Após a prisão de João, o precursor, o Senhor sente que é o momento de iniciar sua missão pública, anunciando a chegada do Reino e a necessidade da conversão de vida para dele fazer parte. É o momento da implantação do Reinado de justiça, paz e fraternidade. Deus vem reinar sobre a terra. Os que aceitam participar do Reino são acolhidos com alegria e bênçãos diversas, representadas pelas inúmeras curas. A liturgia nos mostra que o Reino já começou e, para dele fazer parte, é preciso aceitar o convite de Jesus Cristo: amar a Deus e aos irmãos.
sábado, 4 de janeiro de 2025
Mateus 2, 1-12 Jesus, perigo ou salvação?
* 1 Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, 2 e perguntaram: “Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Nós vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para prestar-lhe homenagem.”
3 Ao saber disso, o rei Herodes ficou alarmado, assim como toda a cidade de Jerusalém. 4 Herodes reuniu todos os chefes dos sacerdotes e os doutores da Lei, e lhes perguntou onde o Messias deveria nascer. 5 Eles responderam: “Em Belém, na Judéia, porque assim está escrito por meio do profeta: 6 ‘E você, Belém, terra de Judá, não é de modo algum a menor entre as principais cidades de Judá, porque de você sairá um Chefe, que vai apascentar Israel, meu povo.’ “
7 Então Herodes chamou secretamente os magos, e investigou junto a eles sobre o tempo exato em que a estrela havia aparecido. 8 Depois, mandou-os a Belém, dizendo: “Vão, e procurem obter informações exatas sobre o menino. E me avisem quando o encontrarem, para que também eu vá prestar-lhe homenagem.”
9 Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até que parou sobre o lugar onde estava o menino. 10 Ao verem de novo a estrela, os magos ficaram radiantes de alegria.
11 Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e lhe prestaram homenagem. Depois, abriram seus cofres, e ofereceram presentes ao menino: ouro, incenso e mirra. 12 Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, partiram para a região deles, seguindo por outro caminho.
Comentário:
* 1-12: Jesus é o Rei Salvador prometido pelas Escrituras. Sua vinda, porém, desperta reações diferentes. Aqueles que conhecem as Escrituras, em vez de se alegrarem com a realização das promessas, ficam alarmados, vendo em Jesus uma séria ameaça para o seu próprio modo de viver. Outros, apenas guiados por um sinal, procuram Jesus e o acolhem como Rei Salvador. Não basta saber quem é o Messias; é preciso seguir os sinais da história que nos encaminham para reconhecê-lo e aceitá-lo. A cena mostra o destino de Jesus: rejeitado e morto pelas autoridades do seu próprio povo, é aceito pelos pagãos.
A notícia dos magos abala o poderoso Herodes e as autoridades de Jerusalém. Os magos são guiados pela estrela que brilha sobre Belém. Chegando lá, adoram o menino e lhe oferecem presentes: ouro (realeza), incenso (divindade) e mirra (humanidade). Jesus é a estrela que guia todos os povos. Este é justamente o significado da solenidade da Epifania: Jesus se revela a todos, inclusive aos pagãos, simbolizados pelos magos. Assim como os magos se colocaram a caminho, guiados pela “estrela”, somos convidados a buscar aquele que deve iluminar nossa caminhada ao longo de todos os dias deste novo ano. Pelo relato do Evangelho, percebemos que Jesus, desde o seu nascimento, provoca diferentes reações entre quem o aceita e quem o rejeita. O Messias veio para todas as pessoas e todas as nações, mas nem todos o aceitam e o acolhem.
Efésios 3, 2-3.5-6 Paulo e o mistério de Cristo.
2 Certamente ouviram falar do modo como a graça de Deus me foi confiada em benefício de vocês. 3 Foi por revelação que Deus me fez conhecer o mistério que acabo de expor brevemente. 5 Deus não manifestou esse mistério para as gerações passadas da mesma forma com que o revelou agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: 6 em Jesus Cristo, por meio do Evangelho, os pagãos são chamados a participar da mesma herança, a formar o mesmo corpo e a participar da mesma promessa.
Comentário:
* 1-13: O mistério é o centro do anúncio de Paulo, e está inseparavelmente ligado à sua vocação de missionário entre os pagãos. Esse mistério é o projeto de Deus, que se realizou em Jesus Cristo e que manifesta toda a sua grandeza na Igreja, mediante o ministério de Paulo: os pagãos são chamados a pertencer ao povo de Deus.
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