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* 1 Quando chegou o
dia de
Pentecostes,
todos eles
estavam reunidos no
mesmo lugar.
2 De
repente,
veio do
céu um
barulho como o
sopro de um
forte vendaval, e
encheu a
casa onde eles se
encontravam.
3 Apareceram então umas como
línguas de
fogo,
que se
espalharam e
foram pousar sobre cada um
deles.
4 Todos ficaram repletos do
Espírito Santo, e
começaram a
falar em
outras línguas,
conforme o
Espírito lhes
concedia que falassem.
5 Acontece que
em Jerusalém
moravam
judeus
devotos
de todas
as nações
do mundo.
6 Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem. 7 Espantados e surpresos, diziam: “Esses homens que estão falando, não são todos galileus? 8 Como é que cada um de nós os ouve em sua própria língua materna? 9 Entre nós há partos, medos e elamitas; gente da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10 da Frígia e da Panfília, do Egito e da região da Líbia vizinha de Cirene; alguns de nós vieram de Roma, 11 outros são judeus ou pagãos convertidos; também há cretenses e árabes. E cada um de nós em sua própria língua os ouve anunciar as maravilhas de Deus!”
Comentário:
* 1-13: O relato é simbólico. De fato,
quando o autor escreveu, as comunidades cristãs já se haviam espalhado por
todas as regiões aqui mencionadas. Lucas quer mostrar o que está na base de
qualquer comunidade cristã: o Espírito Santo faz lembrar, compreender e
continuar o testemunho de Jesus (cf. Jo 14,26; 16,12-15). Pentecostes,
celebrado cinqüenta dias depois da Páscoa, comemorava a Aliança e o dom da Lei.
No novo Pentecostes, Deus entrega o seu Espírito, realizando a nova Aliança,
dessa vez com toda a humanidade (doze nações). A “língua” da comunidade da nova
Aliança é o testemunho de Jesus, ou seja, o Evangelho, cujo centro é o amor de
Deus que reúne os homens, provocando relação e entendimento (o contrário de
Babel: cf. Gn 11,1-9). Mas o testemunho provoca conflitos (v. 13).
3 E ninguém poderá dizer: "Jesus é o Senhor!” a não ser sob a ação do Espírito Santo.
A Trindade gera a comunidade -* 4 Existem dons
diferentes, mas o Espírito é o mesmo; 5 diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; 6 diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos.
7 Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos.
A comunidade é o Corpo de Cristo
-* 12 De fato,
o corpo
é um só, mas tem muitos membros; e no entanto, apesar de serem muitos, todos os membros do corpo formam um só corpo. Assim acontece também com Cristo. 13 Pois todos fomos batizados num só Espírito para sermos um só corpo, quer sejamos judeus ou gregos, quer escravos ou livres. E todos bebemos de um só Espírito.
Comentário:
* 4-11: A Trindade é a base sobre a qual
a comunidade se constrói: nesta, toda ação provém do Pai, todo serviço provém
de Jesus e todos os dons (= carismas) provêm do Espírito. Cada pessoa na
comunidade recebe um dom, ou melhor, é um dom para o bem de todos. Por isso,
cada um, sendo o que é e fazendo o que pode, age para o bem da comunidade, colocando-se a serviço de todos como dom
gratuito. Desse modo, cada um e todos se tornam testemunho e sacramento da
ação, serviço e dom do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Paulo enumera apenas
os carismas de direção e ensino. A lista não é completa, pois cada pessoa é um
carisma para a comunidade toda.