sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Lucas 11, 16-19 A ação testemunha a vontade de Deus.

16 “Com quem eu vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que se dirigem aos colegas, e dizem: 17 ‘Tocamos flauta e vocês não dançaram, cantamos uma música triste e vocês não bateram no peito’. 18 Veio João, que não come nem bebe, e disseram: ‘Ele está com um demônio’. 19 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos cobradores de impostos e dos pecadores’. Mas, a sabedoria foi justificada por suas obras.”
Comentário:
16-19: O povo do tempo de Jesus comporta-se de maneira infantil: acusa João Batista de louco, porque é severo demais; acusa Jesus de boa-vida, porque parece muito condescendente. No entanto, se esquece de examinar as ações de João e de Jesus, que testemunham a realização da vontade de Deus.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Lucas 11, 11-15 A missão de João Batista.

11 Eu garanto a vocês: de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino do Céu é maior do que ele. 12 Desde os dias de João Batista até agora, o Reino do Céu sofre violência, e são os violentos que procuram tomá-lo. 13 De fato, todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. 14 E se vocês o quiserem aceitar, João é Elias que devia vir. 15 Quem tem ouvidos, ouça.”
Comentário:
7-15: Nenhum homem do Antigo Testamento é maior do que João Batista. Entretanto, João pertence ao Antigo Testamento, onde as profecias são anunciadas, e não ao Novo Testamento, onde elas já se realizaram. O v. 12 é de difícil interpretação. Provavelmente, o evangelista quer mostrar que o Reino é vítima de violência, porque a velha estrutura injusta resiste para não ser destruída e reage violentamente. Essa violência dos que se opõem à vontade de Deus será experimentada pelo próprio Jesus em sua missão.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Lucas 11, 28-30 Os pobres evangelizam.

28 Venham para mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso. 29 Carreguem a minha carga e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas. 30 Porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve.”
Comentário:
25-30: Com sua palavra e ação, Jesus revela a vontade do Pai, que é instaurar o Reino. Contudo, os sábios e inteligentes não são capazes de perceber a presença do Reino e sua justiça através de Jesus. Ao contrário, os desfavorecidos e os pobres é que conseguem penetrar o sentido dessa atividade de Jesus e continuá-la. Jesus veio tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes haviam criado para o povo. Em troca, ele traz novo modo de viver na justiça e na misericórdia: doravante, os pobres serão evangelizados e partirão para evangelizar.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Efésios 1, 3-6.11-12 Endereço e saudação.

A graça não tem limites -
3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo:
Ele nos abençoou com toda bênção espiritual,
no céu, em Cristo.
4 Ele nos escolheu em Cristo
antes de criar o mundo
para que sejamos santos e sem defeito
diante dele, no amor.
5 Ele nos predestinou para sermos
seus filhos adotivos
por meio de Jesus Cristo,
conforme a benevolência de sua vontade,
6* para o louvor da sua glória
e da graça que ele derramou abundantemente sobre nós
por meio de seu Filho querido.
11 Em Cristo recebemos nossa parte na herança,
conforme o projeto daquele que tudo conduz
segundo a sua vontade:
fomos predestinados
12 a ser o louvor da sua glória,
nós, que já antes esperávamos em Cristo.
Comentário:
3-14: Paulo desenvolve um hino de louvor em forma de «bênção», freqüente no Antigo Testamento. O louvor é uma resposta do homem ao Deus que se manifesta através de um ato de salvação ou mediante a revelação de um mistério.
Deus Pai é o sujeito e a fonte de toda a ação criadora e salvadora. E tudo o que Deus Pai realiza no homem e no mundo, ele o faz mediante o seu Filho Jesus Cristo: escolhe (vv. 4-5), liberta (vv. 6-7), reúne tudo em Cristo (vv. 8-10), entrega a herança prometida (vv. 11-12) e concede o dom do Espírito Santo (vv. 13-14).


6: A expressão «para o louvor da sua glória» (cf. vv. 12 e 14) mostra que o sentido último da vida humana é louvar a Deus. O louvor é, portanto, ato de consciência: declarando Deus como o único absoluto, o homem reconhece que as criaturas são relativas. O louvor cabe somente a Deus.


9-10: O mistério é o projeto com que Deus se propõe levar a história à sua plena realização, reunindo em Cristo tudo o que existe.

Lucas 1, 26-38 O Messias vai chegar.

26 No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. 27 Foi a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José, que era descendente de Davi. E o nome da virgem era Maria. 28 O anjo entrou onde ela estava, e disse: “Alegre-se, cheia de graça! O Senhor está com você!” 29 Ouvindo isso, Maria ficou preocupada, e perguntava a si mesma o que a saudação queria dizer. 30 O anjo disse: “Não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. 31 Eis que você vai ficar grávida, terá um filho, e dará a ele o nome de Jesus. 32 Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. E o Senhor dará a ele o trono de seu pai Davi, 33 e ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó. E o seu reino não terá fim.” 34 Maria perguntou ao anjo: “Como vai acontecer isso, se não vivo com nenhum homem?” 35 O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus. 36 Olhe a sua parenta Isabel: apesar da sua velhice, ela concebeu um filho. Aquela que era considerada estéril, já faz seis meses que está grávida. 37 Para Deus nada é impossível.” 38 Maria disse: “Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” E o anjo a deixou.
Comentário:
26-38: Maria é outra representante da comunidade dos pobres que esperam pela libertação. Dela nasce Jesus Messias, o Filho de Deus. O fato de Maria conceber sem ainda estar morando com José indica que o nascimento do Messias é obra da intervenção de Deus. Aquele que vai iniciar nova história surge dentro da história de maneira totalmente nova.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Lucas 5, 17-26 Jesus liberta pela raiz.

17 Certo dia, Jesus estava ensinando. Estavam aí, sentados, fariseus e doutores da Lei, vindos de todos os povoados da Galiléia, da Judéia e até de Jerusalém. E o poder do Senhor estava em Jesus, fazendo-o realizar curas. 18 Chegaram, então, algumas pessoas levando, numa cama, um homem que estava paralítico; tentavam introduzi-lo e colocá-lo diante de Jesus. 19 Mas, por causa da multidão, não conseguiam introduzi-lo. Subiram então ao terraço e, através das telhas, desceram o homem com a cama, no meio, diante de Jesus. 20 Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse: “Homem, seus pecados estão perdoados.”
21 Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pensar: “Quem é esse, que está falando blasfêmias? Ninguém pode perdoar pecados, porque só Deus tem poder para isso!” 22 Mas Jesus percebeu o que eles estavam pensando. Tomou então a palavra, e disse: “Por que vocês pensam assim? 23 O que é mais fácil? Dizer: ‘Seus pecados estão perdoados’. Ou dizer: ‘Levante-se e ande’? 24 Pois bem: para vocês ficarem sabendo que o Filho do Homem tem poder para perdoar pecados, - disse Jesus ao paralítico - eu ordeno a você: Levante-se, pegue a sua cama, e volte para casa.” 25 No mesmo instante, o homem se levantou diante deles, pegou a cama onde estava deitado, e foi para casa, louvando a Deus. 26 Todos ficaram admirados, e louvavam a Deus. Ficaram cheios de medo, e diziam: “Hoje vimos coisas estranhas.”
Comentário:
17-26: Cf. nota em Mc 2,1-12.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Filipenses 1, 4-6.8-11 Agradecimento e pedido.

4 E sempre, em minhas orações, rezo por todos com alegria, 5 porque vocês cooperaram no anúncio do Evangelho, desde o primeiro dia até agora. 6 Tenho certeza de que Deus, que começou em vocês esse bom trabalho, vai continuá-lo até que seja concluído no dia de Jesus Cristo. 8 Deus é testemunha de que eu quero bem a todos vocês com a ternura de Jesus Cristo.
9 Este é o meu pedido: que o amor de vocês cresça cada vez mais em perspicácia e sensibilidade em todas as coisas. 10 Desse modo, poderão distinguir o que é melhor, e assim chegar íntegros e inocentes ao dia de Cristo. 11 Estarão repletos então dos frutos de justiça obtidos por meio de Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.
Comentário:
3-11: A oração de Paulo mostra o seu afeto particular pela comunidade de Filipos. De fato, essa comunidade desde o início coopera e participa ativamente no trabalho da evangelização, seja colaborando no anúncio, defesa e confirmação do Evangelho, seja pela ajuda material oferecida ao Apóstolo. Paulo só pede uma coisa: o crescimento no amor. Vivendo o amor, a comunidade será sempre capaz de distinguir o que mais favorece a prática da justiça.