quinta-feira, 9 de julho de 2009

Mateus 10, 7-15 Discurso: A missão dos discípulos. A missão dos apóstolos.

7 Vão e anunciem: ‘O Reino do Céu está próximo’. 8 Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça, dêem também de graça! 9 Não levem nos cintos moedas de ouro, de prata ou de cobre; 10 nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu alimento.
11 Em
qualquer cidade ou povoado onde vocês entrarem, informem-se para saber se alguém que é digno. E aí permaneçam até vocês se retirarem. 12 Ao entrarem na casa, façam a saudação. 13 Se a casa for digna, desça sobre ela a paz de vocês; se ela não for digna, que a paz volte para vocês. 14 Se alguém não os receber bem, e não escutar a palavra de vocês, ao sair dessa casa e dessa cidade, sacudam a poeira dos pés. 15 Eu garanto a vocês: no dia do julgamento as cidades de Sodoma e Gomorra serão tratadas com menos rigor do que essa cidade.”
Comentário:
5-15: A missão é reunir o povo para seguir a Jesus, o novo Pastor. Ela se realiza mediante o anúncio do Reino e pela ação que concretiza os sinais da presença do Reino. A missão se desenvolve em clima de gratuidade, pobreza e confiança, e comunica o bem fundamental da paz, isto é, da plena realização de todas as dimensões da vida humana. Os enviados são portadores da libertação; rejeitá-los é rejeitar a salvação e atrair sobre si o julgamento.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Mateus 10, 1-7 Discurso: A missão dos discípulos. O núcleo da nova comunidade.

1 Então Jesus chamou seus discípulos e deu-lhes poder para expulsar os espíritos maus, e para curar qualquer tipo de doença e enfermidade. 2 São estes os nomes dos Doze Apóstolos: primeiro Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; Tiago e seu irmão João, filhos de Zebedeu; 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus.
A missão dos apóstolos - 5
Jesus enviou os Doze com estas recomendações: “Não tomem o caminho dos pagãos, e não entrem nas cidades dos samaritanos. 6 Vão primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel. 7 Vão e anunciem: ‘O Reino do Céu está próximo’.
Comentário:
1-4: Os discípulos recebem o mesmo poder de Jesus: desalienar os homens (expulsar demônios) e libertá-los de todos os males (curar doenças). Os doze apóstolos formam o núcleo da nova comunidade, chamada a continuar a palavra e ação de Jesus. 5-15: A missão é reunir o povo para seguir a Jesus, o novo Pastor. Ela se realiza mediante o anúncio do Reino e pela ação que concretiza os sinais da presença do Reino. A missão se desenvolve em clima de gratuidade, pobreza e confiança, e comunica o bem fundamental da paz, isto é, da plena realização de todas as dimensões da vida humana. Os enviados são portadores da libertação; rejeitá-los é rejeitar a salvação e atrair sobre si o julgamento.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Mateus 9, 32-38 Jesus faz ver e falar.

32 Quando tinham saído os dois cegos, levaram a Jesus um mudo que estava possuído pelo demônio. 33 Quando o demônio foi expulso, o mudo falou, e as multidões ficaram admiradas, e diziam: “Nunca se viu uma coisa assim em Israel.” 34 Mas os fariseus diziam: “É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios.”
A origem da missão - 35
Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando a Boa Notícia do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36 Vendo as multidões, Jesus teve compaixão, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. 37 Então Jesus disse a seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos! 38 Por isso, peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a colheita.”
Comentários:
27-34: A justiça do Reino liberta os homens para o discernimento (ver) e expulsa a alienação (demônio) que impede de dizer a palavra que transforma a realidade. A justiça libertadora, porém, provoca a oposição daqueles que querem apossar-se da salvação, para restringi-la a pequeno grupo de privilegiados.
35-38: Mateus apresenta um resumo da atividade de Jesus (cf. 4,23), mostrando a raiz da ação dele: nasce da visão da realidade, que o leva a compadecer-se, isto é, a sentir junto com o povo cansado e abatido. O trabalho é grande, e necessita de pessoas dispostas a continuar a obra de Jesus. A comunidade deve assumir a preocupação de levar a Boa Notícia do Reino ao mundo inteiro, consciente da necessidade de trabalhadores disponíveis para essa missão divina.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Mateus 9, 18-26 Jesus é o Senhor da vida.

18 Enquanto Jesus dizia essas coisas para eles, um chefe se aproximou, ajoelhou-se diante de Jesus, e disse: “Minha filha acaba de morrer; mas vem, põe tua mão sobre ela, e ela viverá.” 19 Jesus levantou-se e o seguiu, junto com seus discípulos.
20
Nesse momento, chegou uma mulher que fazia doze anos vinha sofrendo de hemorragia. Ela foi por trás, e tocou a barra da roupa de Jesus, 21 porque pensava: “Ainda que eu toque só na roupa dele, ficarei curada.” 22 Jesus virou-se, e, ao -la, disse: “Coragem, filha! Sua curou você.” E, desde esse momento, a mulher ficou curada.
23
Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e uma multidão fazendo barulho. Então disse: 24 “Retirem-se, porque a menina não morreu. Ela está apenas dormindo.” As pessoas começaram a caçoar dele. 25 Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, e tomou a menina pela mão. Então a menina se levantou. 26 E essa notícia espalhou-se por toda aquela região.
Comentário:
18-26: Cf. nota em Mc 5,21-43. Restaurar os homens na vida total - 21 Jesus atravessou de barca novamente para o outro lado do mar. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22 Aproximou-se um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23 e pediu com insistência: “Minha filhinha está morrendo. Vem e põe as mãos sobre ela, para que sare e viva.” 24 Jesus acompanhou Jairo. E numerosa multidão o seguia e o apertava de todos os lados.
25 Aí
chegou uma mulher que sofria de hemorragia doze anos; 26 tinha padecido na mão de muitos médicos, gastou tudo o que tinha e, em vez de melhorar, piorava sempre mais. 27 A mulher tinha ouvido falar de Jesus. Então ela foi no meio da multidão, aproximou-se de Jesus por trás e tocou na roupa dele, 28 porque pensava: “Ainda que eu toque só na roupa dele, ficarei curada.” 29 A hemorragia parou imediatamente. E a mulher sentiu no corpo que estava curada da doença. 30 Jesus percebeu imediatamente que uma força tinha saído dele. Então virou-se no meio da multidão e perguntou: “Quem foi que tocou na minha roupa?” 31 Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te aperta e ainda perguntas: ‘quem me tocou?’”32 Mas Jesus ficou olhando em volta para ver quem tinha feito aquilo. 33 A mulher, cheia de medo e tremendo, percebeu o que lhe havia acontecido. Então foi, caiu aos pés de Jesus e contou toda a verdade. 34 Jesus disse à mulher: “Minha filha, sua curou você. em paz e fique curada dessa doença.”
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Jesus ainda estava falando, quando chegaram algumas pessoas da casa do chefe da sinagoga e disseram a Jairo: “Sua filha morreu. Por que você ainda incomoda o Mestre?” 36 Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenha medo; apenas tenha !” 37 E Jesus não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38 Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e ouviu as pessoas chorando e gritando. 39 Jesus entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu. Ela está apenas dormindo.” 40 As pessoas começaram a zombar dele. Mas Jesus mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde a menina estava. 41 Jesus pegou a menina pela mão e disse: “Talita cúmi”, que quer dizer: “Menina, - eu lhe digo - levante-se!” 42 A menina levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram muito admirados. 43 Jesus recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo disso. E mandou dar comida para a menina.
21-43: Toda mulher menstruada ou sofrendo corrimento de sangue, era considerada impura (Lv 15,19.25), e impuros ficavam também os que fossem tocados por ela. A fé em Jesus faz que essa mulher viole a Lei e seja curada. A missão de Jesus é restaurar os homens na vida total: não só libertá-los da doença que os diminui e exclui do convívio social, mas também salvá-los da morte, que os exclui da vida antes do tempo.