domingo, 16 de outubro de 2022

Lucas 12, 13-21 A vida é dom de Deus.

* 13 Do meio da multidão, alguém disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo.” 14 Jesus respondeu: “Homem, quem foi que me encarregou de julgar ou dividir os bens entre vocês?” 15 Depois Jesus falou a todos: “Atenção! Tenham cuidado com qualquer tipo de ganância. Porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a sua vida não depende de seus bens.” 16 E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17 E o homem pensou: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18 Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir outros maiores; e neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19 Então poderei dizer a mim mesmo: meu caro, você possui um bom estoque, uma reserva para muitos anos; descanse, coma e beba, alegre-se!’ 20 Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Nesta mesma noite você vai ter que devolver a sua vida. E as coisas que você preparou, para quem vão ficar?’ 21 Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para Deus.” Comentário: * 13-21: No caminho da vida, o homem depara com o problema das riquezas. Jesus mostra que é idiotice acumular bens para assegurar a própria vida. Só Deus pode dar ao homem a riqueza que é a própria vida. No tempo de Jesus, havia o costume de os mestres (rabinos) intervirem em questões familiares para resolução de algum conflito. O anônimo da multidão põe em cena um tema complexo, a herança. Geralmente esse problema divide famílias e causa muita dor. Jesus aproveita o ensejo para uma catequese sobre o verdadeiro sentido da vida. Denuncia o perigo da ganância e o risco da concentração de bens. Os bens em si não são problema. Deixar-se dominar por eles, sim, é problema. Quem põe o sentido da vida nas coisas leva uma vida medíocre. O sentido da vida consiste no cultivo de valores que transcende as coisas e os fatos deste mundo.

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