1 Todo sumo
sacerdote,
escolhido
entre os homens, é constituído para o bem dos homens nas coisas que se referem a Deus. Sua função é oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. 2 Desse modo, ele é capaz de sentir justa compaixão por aqueles que ignoram e erram, porque também ele próprio está cercado de fraqueza; 3 e, por causa disso, ele deve oferecer sacrifícios, tanto pelos próprios pecados como pelos pecados do povo.
4 Ninguém pode
atribuir a si mesmo essa honra, se não for chamado por Deus, como o foi Aarão. 5 Da mesma forma, Cristo não atribuiu a si mesmo a glória de ser sumo sacerdote; esta lhe foi conferida por aquele que lhe disse: “Você é o meu Filho, eu hoje o gerei.” 6 E, noutra passagem da Escritura, ele diz: “Você é sacerdote para sempre, segundo a ordem do sacerdócio de Melquisedec.”
Comentário:
* 4,15-5,10: Os
cristãos não devem temer a Jesus, mas aproximar-se dele confiantes, certos de
sua acolhida misericordiosa. A figura do sumo sacerdote se realiza plenamente
em Jesus, de modo superior ao sacerdócio de Aarão e de qualquer liturgia
terrena. Cristo atravessou o céu (4,14) e, ressuscitado, vive para sempre
aquela “justa compaixão” que testemunhou aos homens no momento da Paixão. Como
Filho, e do mesmo modo que o misterioso Melquisedec, Jesus se empenha para
sempre, com toda a sua pessoa, na súplica e no sacrifício. A Paixão é vista
aqui como a mais solene prece de intercessão e o mais sublime ato de
obediência.
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