domingo, 12 de setembro de 2021

Lucas 7, 1-10 A fé não tem fronteiras.

1Quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito e que estava doente, à beira da morte. 3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. 4Chegando aonde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças esse favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”. 6Então, Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado: ‘Faze isto!’, e ele o faz”. 9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde. Comentário: * 7,1-10: O oficial era "temente a Deus", isto é, simpatizante do judaísmo, embora não pertencesse oficialmente aos seus quadros religiosos. Muitas vezes pode-se encontrar mais fé em pessoas que não pertencem a uma instituição religiosa do que entre aquelas que dela fazem parte. Estamos diante de um modelo de fé. Um centurião (chefe de cem soldados, a serviço dos ocupantes romanos) não se dirige diretamente a Jesus, mas envia-lhe uma comitiva de anciãos judeus a pedir-lhe que vá curar seu funcionário a quem tanto estima. Pelos emissários, sabemos que o homem tinha bom coração. Jesus parte com eles. Mas, cheio de humildade e confiança, o militar envia alguns amigos com este recado para Jesus: “Diga apenas uma palavra e meu servo ficará curado”. Assim acontece, de modo que os emissários, ao voltar para casa, encontram o servo curado. E Jesus, tomado de profunda admiração, engrandece a fé que o pagão demonstrou. Com esse episódio, Lucas já anuncia o tempo em que o Evangelho, pela ação do Espírito Santo, se estenderá também aos não judeus. Oração Ó Jesus, nosso Libertador, cheio de compaixão, atendes toda pessoa que te busca de coração sincero, sem levar em conta raça, religião ou função social. Movido de ardente zelo missionário, atendeste o pedido do centurião e lhe curaste o servo. E elogiaste o alto grau de sua fé. Amém.

sábado, 11 de setembro de 2021

Marcos 8, 27-35 Jesus é o Messias.

27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” 28Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros, que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. 29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”. 30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”. O seguimento de Jesus - 34Então chamou a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho vai salvá-la”. Comentário: * 27-33: A pergunta de Jesus força os discípulos a fazer uma revisão de tudo o que ele realizou no meio do povo. Esse povo não entendeu quem é Jesus. Os discípulos, porém, que acompanham e vêem tudo o que Jesus tem feito, reconhecem agora, através de Pedro, que Jesus é o Messias. A ação messiânica de Jesus consiste em criar um mundo plenamente humano, onde tudo é de todos e repartido entre todos. Esse messianismo destrói a estrutura de uma sociedade injusta, onde há ricos à custa de pobres e poderosos à custa de fracos. Por isso, essa sociedade vai matar Jesus, antes que ele a destrua. Mas os discípulos imaginam um messias glorioso e triunfante. * 34-38: A morte de cruz era reservada a criminosos e subversivos. Quem quer seguir a Jesus esteja disposto a se tornar marginalizado por uma sociedade injusta (perder a vida) e mais, a sofrer o mesmo destino de Jesus: morrer como subversivo (tomar a cruz). Jesus faz uma pesquisa, junto a seus discípulos, para averiguar o que eles e o povo pensam a seu respeito. Não há consenso. Pedro responde: “Tu és o Messias”. Mas “embarca” numa ideia errônea sobre o Messias: esperado como um salvador da pátria, com poderes para expulsar os dominadores estrangeiros… Jesus apresenta sua identidade: ele é o Filho do Homem, enviado por Deus para salvar a humanidade. Ele enfrentará terrível oposição em Jerusalém e será capturado pelos dirigentes do povo, que irão torturá-lo e condená-lo à morte, reação inevitável de um sistema social injusto à sua obra. Ele, porém, ressuscitará. Pedro reage a essa perspectiva. Então, Jesus mostra que a sorte do Mestre é a mesma que está reservada a quem se dispõe a segui-lo: “Se alguém quiser seguir após mim…”. Oração Ó Jesus Messias, dá-nos compreender quem de fato és, o que vieste fazer entre nós e o que exiges para que sejamos autênticos seguidores teus. Foste enviado pelo Pai, a fim de nos resgatar para a vida divina, e nos salvas por tua morte na cruz. A ti, Senhor, nosso amor e sincera gratidão. Amém.

Tiago 2, 14-18 A fé se manifesta em atos concretos.

14Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé quando não a põe em prática? A fé seria então capaz de salvá-lo? 15Imaginai que um irmão ou uma irmã não têm o que vestir e que lhes falta a comida de cada dia; 16se então alguém de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos”, e: “Comei à vontade”, sem lhes dar o necessário para o corpo, que adiantará isso? 17Assim também a fé, se não se traduz em obras, por si só está morta. 18Em compensação, alguém poderá dizer: “Tu tens a fé e eu tenho a prática! Tu, mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras!” Comentário: * 14-26: O único meio de salvação é a fé, a adesão a Jesus Cristo. Essa fé, porém, não é coisa teórica ou mero sentimento interior; é o compromisso que se manifesta concretamente em atos e fatos visíveis (cf. Mt 7,21). Tiago toma dois exemplos do Antigo Testamento, que podem ser comparados com Hb 11,31 e, principalmente, com Rm 4 e Gl 3. Aparentemente, Tiago e Paulo tiram conclusões opostas, ao usar o mesmo exemplo. Notemos, porém: Paulo diz que Abraão se tornou justo por meio da fé, e não mediante a prática da Lei. Tiago diz mais: a fé que justificou Abraão é uma realidade que se traduz na prática de atos concretos. Ao falar de prática da Lei, Paulo afirma que nenhuma observância de regras pode levar à salvação, e que a fé é o princípio de toda a vida cristã. Tiago, por sua vez, salienta que a fé se traduz no amor, e este realiza atos concretos. Paulo diz a mesma coisa: "a fé age por meio do amor" (Gl 5,6).

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Lucas 6, 43-49 Os atos revelam a pessoa.

43“Não existe árvore boa que dê frutos ruins nem árvore ruim que dê frutos bons. 44Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros nem uvas de plantas espinhosas. 45O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio. Passar para a ação - 46Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que eu digo? 47Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. 48É semelhante a um homem que construiu uma casa: cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a torrente deu contra a casa, mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída. 49Aquele, porém, que ouve e não põe em prática é semelhante a um homem que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A torrente deu contra a casa, e ela imediatamente desabou; e foi grande a ruína dessa casa”. Comentário: * 43-45: Assim como as árvores são conhecidas pelos frutos, do mesmo modo os homens são conhecidos pelos seus atos. * 46-49: Quem põe em prática a mensagem de Jesus, constrói a vida pessoal e comunitária sobre alicerce firme, que resiste à alienação, aos conflitos e até mesmo à perseguição. Quem fica somente no ouvir ou no falar, jamais colabora na construção de nova sociedade. A primeira parte é um alerta de Jesus contra o perigo da falsidade. Ninguém se deixe levar pelo aspecto exterior: boa aparência, belos discursos, promessas sedutoras. É preciso prestar atenção ao testemunho de vida honesta e de amor sincero. Portanto, o que conta é o que vem do íntimo da pessoa. Quem tem consciência reta também pratica ações corretas. Antes ou depois, cada um revela o que de fato é. A segunda parte denuncia uma fé vazia, superficial, que não corresponde a uma vida alicerçada em Cristo. A casa de nossa vida terá valor aos olhos de Deus se for construída sobre o alicerce inabalável da Palavra de Deus. Se não for, enganamos a nós mesmos e aos outros, pois todos os projetos de vida que não levam em conta Jesus Cristo e seu Reino estão destinados a desmoronar. Oração Senhor Jesus Cristo, tua mensagem confirma que nossas palavras precisam corresponder ao testemunho de vida. Belos discursos e fascinante aparência podem até enganar por um tempo, mas o que conta realmente são as boas obras. São como “tijolos” consistentes na edificação da própria vida. Amém.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Lucas 6, 39-42 Só Deus pode julgar.

39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão e não percebes a trave que há no teu próprio olho? 42Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”. Comentário: * 37-42: Cf. nota em Mt 7,1-5. Lucas salienta que as relações numa sociedade nova não devem ser de julgamento e condenação, mas de perdão e dom. Só Deus pode julgar. Tendência habitual do ser humano é apontar os defeitos alheios. Os fariseus, algumas vezes, foram chamados de cegos por Jesus. Por se acharem melhores que os outros, pensavam ter as credenciais para criticar o próximo. Muitas vezes censuraram o comportamento de Jesus e de seus discípulos. Jesus quer melhorar na vida comunitária o nível do relacionamento humano. Madre Teresa de Calcutá dizia: “Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las”. Então, sigamos os conselhos do Mestre: ninguém é tão perfeito que tem condições de remexer a vida dos outros. Cuidado! A ânsia de corrigir um pequeno defeito do próximo pode significar que temos o mesmo defeito em grau bem maior! Olhemos, portanto, nossos irmãos e irmãs com o olhar puro e misericordioso do Pai celeste. Oração Divino Mestre, com firmeza nos prevines contra os falsos líderes. Mais que visar ao crescimento dos outros, preocupam-se em autopromover-se. Outro perigo é criticar pequenos defeitos alheios, sem antes corrigir os próprios erros. Contigo aprendemos, ó Senhor, que a melhor medida é a misericórdia. Amém.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Lucas 6, 27-38 A gratuidade nas relações.

27″A vós que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, 28bendizei os que vos amaldiçoam e rezai por aqueles que vos caluniam. 29Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica. 30Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. 31O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles. 32Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. 33E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim. 34E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia. 35Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus. 36Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Só Deus pode julgar - 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque, com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”. Comentário: * 27-36: A vida em sociedade é feita de relacionamentos de interesses e reciprocidade, que geram lucro, poder e prestígio. O Evangelho revoluciona o campo das relações humanas, mostrando que, numa sociedade justa e fraterna, as relações devem ser gratuitas, à semelhança do amor misericordioso do Pai. * 37-42: Cf. nota em Mt 7,1-5. Lucas salienta que as relações numa sociedade nova não devem ser de julgamento e condenação, mas de perdão e dom. Só Deus pode julgar. A seus discípulos, e a nós, Jesus propõe um caminho exigente. Não se trata apenas de ter amor no coração; é necessário demonstrá-lo com ações. São exigências que vão na direção contrária de nossas tendências egoístas. Aqui a ordem do Mestre é sair de nós mesmos e favorecer gratuitamente o próximo. Mais que isso, é amar os inimigos e rezar por aqueles que nos caluniam, lembrando que a calúnia produz um rasgo profundo no íntimo da vítima. A motivação para tudo isso é sermos semelhantes ao Pai celeste; é assumirmos as atitudes benevolentes que ele assume em relação a todos, bons e maus. Por isso, Jesus declara solenemente: “Sejam misericordiosos, como o Pai de vocês é misericordioso”. Nossas escolhas, se forem segundo as exigências do Reino, serão recompensadas por Deus em larga medida. Oração Ó Jesus, nosso Mestre, cada vez que nos deparamos com estes teus ensinamentos, nos sentimos ainda na superfície em relação ao teu Reino. São exigências que pedem de nós mudança radical de mentalidade e de atitudes. Ajuda-nos, Senhor, a assimilar e a praticar tua mensagem de amor e fraternidade. Amém.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Mateus 1, 1-16.18-23 Jesus, o Messias, realiza as promessas de Deus.

1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos. 3Judá gerou Farés e Zara, cuja mãe era Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; 4Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; 5Salmon gerou Booz, cuja mãe era Raab. Booz gerou Obed, cuja mãe era Rute. Obed gerou Jessé. 6Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, daquela que tinha sido a mulher de Urias. 7Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; 8Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; 9Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; 10Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias. 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia. 12Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; 13Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; 14Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; 15Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó. 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. O começo de uma nova história - 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe em sonho e lhe disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”. Comentário: * 1-17: Em Jesus, continua e chega ao ápice toda a história de Israel. Sua árvore genealógica apresenta-o como descendente direto de Davi e Abraão. Como filho de Davi, Jesus é o Rei-Messias que vai instaurar o Reino prometido. Como filho de Abraão, ele estenderá o Reino a todos os homens, através da presença e ação da Igreja. * 18-25: Jesus não é apenas filho da história dos homens. É o próprio Filho de Deus, o Deus que está conosco. Ele inicia nova história, em que os homens serão salvos (Jesus = Deus salva) de tudo o que diminui ou destrói a vida e a liberdade (os pecados). A comemoração da Natividade de Maria tem origem no século V. Segundo a tradição, foi construída em Jerusalém uma igreja no lugar onde havia sido a casa de Joaquim e Ana, pais de Maria. Mais tarde, outra igreja foi aí edificada e recebia grande número de peregrinos que iam venerar o nascimento de Maria. No Ocidente, a festa foi acolhida pela Igreja de Roma ao longo do século VII. Difundida por toda a Europa, tornou-se, a partir da Idade Média, uma festa muito valorizada. Ao contemplar o nascimento de Maria, São João Damasceno exclama: “Formou-se um céu sobre a terra, porque está para iniciar a salvação”. Deus olha e admira a menina que descansa tranquila nos braços de Sant’Ana e a prepara para o futuro: um dia ela dará à luz aquele que o universo não pode conter. Oração Ó Jesus, Filho de Abraão, tua vinda ao mundo passa pelas sucessivas gerações que tecem a história da salvação. Deus está no comando dos preparativos para o teu nascimento entre nós. No último elo da corrente encontra-se tua santa Mãe, comprometida em casamento com José, “filho de Davi”. Amém.