quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Lucas 4, 14-22 O programa da atividade de Jesus.

 14Jesus voltou para a Galileia com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. 15Ele ensinava nas suas sinagogas, e todos o elogiavam. E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”. 20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca.

Comentário:

* 14-21: Colocada no início da vida pública de Jesus, esta passagem constitui, conforme Lucas, o programa de toda a atividade de Jesus. Is 61,1-2 anunciara que o Messias iria realizar a missão libertadora dos pobres e oprimidos. Jesus aplica a passagem a si mesmo, assumindo-a no hoje concreto em que se encontra. No ano da graça eram perdoadas todas as dívidas e se redistribuíam fraternalmente todas as terras e propriedades: Jesus encaminha a humanidade para uma situação de reconciliação e partilha, que tornam possíveis a igualdade, a fraternidade e a comunhão.

* 22-30: A dúvida e a rejeição de Jesus por parte de seus compatriotas fazem prever a hostilidade e a rejeição de toda a atividade de Jesus por parte de todo o seu povo. No entanto, Jesus prossegue seu caminho, para construir a nova história que engloba toda a humanidade.

Durante esta semana da Epifania, a Igreja nos propõe Evangelhos que procuram revelar a missão de Jesus. No texto de hoje, Jesus, guiado pelo Espírito, se dirige à sinagoga de Nazaré e inicia sua missão profética e libertadora, assumindo uma citação do profeta Isaías. Jesus veio para todos, mas de modo especial para os mais desprezados da sociedade: pobres, presos, cegos e oprimidos. São as categorias frágeis da sociedade. O anúncio messiânico da salvação que Jesus propõe não é apenas uma “salvação da alma”, mas uma salvação de todas as formas de escravidão, exploração e degradação. O Mestre veio para promover a libertação e a recuperação da dignidade de todo ser humano. Sempre que nos empenhamos nesse projeto de Jesus, revelamos o próprio Deus, pois é isso que ele quer para todos os seus filhos e filhas.

ORAÇÃO
Ó Jesus Messias, com a força do Espírito, voltas a Nazaré e, na sinagoga, a partir do Livro Sagrado, te manifestas como aquele que vem realizar o que fora predito pelo profeta Isaías. És o libertador enviado por Deus para evangelizar e acudir toda classe de oprimidos e marginalizados. Amém.

Marcos 6, 45-52 Jesus é a presença de Deus.

 45 Logo em seguida Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 46Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para rezar. 47Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. 48Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, pelas três da madrugada, Jesus foi até eles, andando sobre as águas, e queria passar na frente deles. 49Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. 50Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: “Coragem, sou eu! Não tenhais medo!” 51Então subiu com eles na barca. E o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, 52porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido.

Comentário:

* 45-56: O episódio mostra o verdadeiro Deus sendo revelado em Jesus (“Eu Sou” - cf. Ex 3,14). Os discípulos não conseguem ver a presença de Deus em Jesus, porque não entenderam o acontecimento dos pães. Para quem não entende que o comércio e a posse devem ser substituídos pelo dom e pela partilha, Jesus se torna fantasma ou apenas fazedor de milagres que provoca medo, e não a presença do Deus verdadeiro.

Após saciar a fome da multidão, Jesus convida os discípulos a entrar na barca, enquanto despede a multidão e se retira para rezar. Durante a noite, o vento põe em perigo a barca, e Jesus se aproxima andando sobre o mar, prerrogativa atribuída só a Deus no Antigo Testamento. Ele é visto como fantasma, mas logo se apresenta e os convida a ter coragem e a afastar o medo. O reconhecimento da presença do Ressuscitado caminhando com a gente é sempre motivo de serenidade na vida e incentivo a afastar os medos que nos impedem de seguir seus passos. Ao nosso lado pode haver obstáculos e provocações; podemos ser sacudidos por ventos contrários, mas, fortalecendo nossa fé pela oração, podemos superar as amarras que nos impedem de seguir em frente. O Mestre está sempre ao lado a nos animar: coragem, sou eu, não temam.

ORAÇÃO
Ó Jesus Cristo, tens o senso da organização: despedes a multidão saciada, ordenas a teus discípulos embarcarem para a outra margem, buscas lugar silencioso para a oração. Andando sobre o mar, apavoras teus discípulos, mas logo os acalmas, dizendo: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo”. Amém.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Marcos 6, 34-44 O banquete da vida.

  34Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. 36Despede o povo, para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer”. 37Mas Jesus respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos perguntaram: “Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?” 38Jesus perguntou: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Eles foram e responderam: “Cinco pães e dois peixes”. 39Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinquenta pessoas. 41Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42Todos comeram, ficaram satisfeitos 43e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens.

Comentário:

* 30-44: Enquanto Herodes celebra o banquete da morte com os grandes, Jesus celebra o banquete da vida com o povo simples. Marcos não diz o que Jesus ensina, mas o grande ensinamento de toda a cena está no fato de que não é preciso muito dinheiro para comprar comida para o povo. É preciso simplesmente dar e repartir entre todos o pouco que cada um possui. Jesus projeta nova sociedade, onde o comércio é substituído pelo dom, e a posse pela partilha. Mas, para que isso realmente aconteça, é preciso organizar o povo. Dando e repartindo, todos ficam satisfeitos, e ainda sobra muita coisa.

Jesus se compadece vendo aquela multidão perdida como rebanho sem pastor. Os discípulos propõem despedi-la, mas o Mestre tem outros planos: alimentá-la antes de mandá-la embora. Entre os ensinamentos do Mestre, com certeza a solidariedade e a partilha que provocou entre os discípulos devem lhes servir de exemplo. Jesus não consegue ficar indiferente diante da fome e do sofrimento do povo. A multiplicação dos pães e dos peixes vem questionar, ainda em nossos dias, a multidão de famintos que vemos principalmente nos grandes centros urbanos. Uma sociedade que não consegue alimentar seus cidadãos é uma sociedade egoísta. A alimentação é necessidade primeira de todo ser humano. Diante de tantos avanços conquistados, a sociedade pouco avançou no fornecimento de condições mínimas de vida para grande parcela da população.

ORAÇÃO
Compassivo Jesus, teu coração ficou partido ao veres imensa multidão “como ovelhas sem pastor”. Tua sensibilidade te impulsionou a promover grande partilha de alimentos. Todos comeram à vontade e ainda sobrou comida. Ensina-nos, ó bom Pastor, a repartir nossos bens materiais e espirituais. Amém.

 

domingo, 3 de janeiro de 2021

Mateus 4, 12-17.23-25 A esperança começa na Galiléia.

 12Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. 13Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, 14no território de Zabulon e ­­Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15“Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! 16O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. 17Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo”.

 A atividade de Jesus -*23Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo. 24E sua fama espalhou-se por toda a Síria. Levavam-lhe todos os doentes, que sofriam diversas enfermidades e tormentos: endemoninhados, epiléticos e paralíticos. E Jesus os curava. 25Numerosas multidões o seguiam, vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e do outro lado do rio Jordão começaram a seguir Jesus.

Comentário:

* 12-25: Jesus começa sua atividade na Galiléia, região distante do centro econômico, político e religioso do seu país. A esperança da salvação se inicia justamente numa região da qual nada se espera.

A pregação de Jesus tem a mesma radicalidade que a de João Batista: é preciso total mudança de vida, porque o Reino do Céu está próximo.

* 23-25: A atividade de Jesus consiste na palavra (ensinar, pregar) e ação (curar). É atividade dirigida aos mais pobres, necessitados e marginalizados. O conteúdo dela é descrito em Mt 5-9.

 João Batista sai de cena e entra Jesus. O caminho aberto pelo precursor agora será trilhado pelo Mestre de Nazaré. Após passar pelo deserto e vencer os desafios do adversário, inicia sua missão, dirigindo-se para Cafarnaum, no território de Zabulon e Neft ali, cumprindo assim a profecia de Isaías. Ele é a grande luz que brilha para quem vive nas trevas da miséria e do abandono. A primeira proclamação de Jesus no Evangelho de Mateus é o anúncio do Reino, o qual exige também conversão: “Arrependam-se, porque o Reino de Deus está próximo”. E espalhava essa boa notícia por onde andava, e muitos doentes eram curados. A fama de Jesus cresce e muitos o buscam. Todo líder que se interessa pelo povo e propõe políticas públicas em favor dos necessitados será retribuído por todos eles com carinho e amor.

ORAÇÃO
Ó Jesus, incansável missionário, foste morar em Cafarnaum, onde te tornaste viva esperança de libertação aos que “estavam assentados na região sombria da morte”. Começaste a anunciar o Reino de Deus, cujos sinais realizavas, ensinando nas sinagogas e curando toda doença e enfermidade. Amém.

sábado, 2 de janeiro de 2021

Mateus 2, 1-12 Jesus, perigo ou salvação?

  1Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, 2perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. 3Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém. 4Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. 5Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: 6‘E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo'”. 7Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. 8Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”. 9Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. 10Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. 11Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. 12Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.

Comentário:

* 1-12: Jesus é o Rei Salvador prometido pelas Escrituras. Sua vinda, porém, desperta reações diferentes. Aqueles que conhecem as Escrituras, em vez de se alegrarem com a realização das promessas, ficam alarmados, vendo em Jesus uma séria ameaça para o seu próprio modo de viver. Outros, apenas guiados por um sinal, procuram Jesus e o acolhem como Rei Salvador. Não basta saber quem é o Messias; é preciso seguir os sinais da história que nos encaminham para reconhecê-lo e aceitá-lo. A cena mostra o destino de Jesus: rejeitado e morto pelas autoridades do seu próprio povo, é aceito pelos pagãos.

Palavra de origem grega, epifania significa manifestação. Ora, a Igreja quer acentuar que o Salvador veio para todos os povos, e não somente para os judeus. Por isso, a liturgia nos oferece a história dos magos. Eles vêm do Oriente a fim de prestar homenagem ao recém-nascido, Jesus Cristo. Oferecem-lhe três tipos de presentes: incenso, ouro e mirra. Os padres da Igreja nos convencem de que se trata de ofertas simbólicas. Pelo incenso, reconhecem a divindade de Jesus (ele é Deus); pelo ouro, sua realeza (Jesus é rei), e pela mirra, sua humanidade (Jesus é homem). Tudo é conduzido pelas mãos providentes de Deus: uma estrela indica aos magos o lugar onde o menino Jesus se encontra. Após a visita, os magos são orientados, em sonho, a voltar para sua região, passando por outro caminho.

ORAÇÃO
Ó Jesus, Pastor de Israel, recebes a confortável visita dos magos do Oriente, que representam os povos do mundo inteiro. Guiados pela estrela, eles chegam aonde estás e, avisados em sonho, voltam para sua região por outro caminho,evitando o reencontro com o mal-intencionado e cruel Herodes. Amém.

Efésios 3, 2-3.5-6 Paulo e o mistério de Cristo.

 2Irmãos, se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito 3e como, por revelação, tive conhecimento do mistério. 5Esse mistério, Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: 6os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo por meio do Evangelho.

Comentário:

* 1-13: O mistério é o centro do anúncio de Paulo, e está inseparavelmente ligado à sua vocação de missionário entre os pagãos. Esse mistério é o projeto de Deus, que se realizou em Jesus Cristo e que manifesta toda a sua grandeza na Igreja, mediante o ministério de Paulo: os pagãos são chamados a pertencer ao povo de Deus.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

João 1, 19-28 A testemunha não é o Salvador.

 19Este foi o testemunho de João quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: “Quem és tu?” 20João confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”. 21Eles perguntaram: “Quem és, então? És tu Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “És o profeta?” Ele respondeu: “Não”. 22Perguntaram então: “Quem és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?” 23João declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’ – conforme disse o profeta Isaías”. 24Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus 25e perguntaram: “Por que então andas batizando se não és o Messias, nem Elias, nem o profeta?” 26João respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis 27e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”. 28Isso aconteceu em Betânia além do Jordão, onde João estava batizando.

Comentário:

* 19-28: Quando João Batista começou a pregação, os judeus estavam esperando o Messias, que iria libertá-los da miséria e da dominação estrangeira. João anunciava que a chegada do Messias estava próxima e pedia a adesão do povo, selando-a com o batismo. As autoridades religiosas estavam preocupadas e mandaram investigar se João pretendia ser ele o Messias. João nega ser o Messias, denuncia a culpa das autoridades, e dá uma notícia inquietante: o Messias já está presente a fim de inaugurar uma nova era para o povo.

Messias é o nome que os judeus davam ao Salvador esperado. Também o chamavam o Profeta. E, conforme se acreditava, antes de sua vinda deveria reaparecer o profeta Elias.João Batista é a testemunha que tem como função preparar o caminho para os homens chegarem até Jesus. Ora, a testemunha deve ser sincera, e não querer o lugar da pessoa que ela está testemunhando.

Os judeus estão preocupados com o aparecimento de João Batista, por isso enviam sacerdotes e levitas para verificar sua identidade. Conforme perguntam, João responde que não é Cristo, nem Elias, nem o Profeta. Afinal, quem é esse homem que batiza e não é nenhuma das personagens mencionadas e que atrai tanta gente, pondo em risco a ordem estabelecida? Eles precisam de uma resposta, e João define-se como a “voz que grita no deserto”. Ele veio para preparar o caminho do Senhor, que já se encontra entre eles. Todo cristão deveria ser um precursor de Jesus, um portador do Verbo feito carne e um proclamador do seu Evangelho. Ainda em nossos dias há falta de pessoas, simples e despojadas, como o Batista, que proclamem em alta voz profética no meio de tanta injustiça e miséria.

ORAÇÃO
Ó Jesus Messias, João Batista foi enviado a fim de preparar a tua vinda. Ele não se considerava superior a ti, nem se julgava o centro de atração das multidões, apenas se definia “uma voz gritando no deserto: preparem o caminho do Senhor”. Ajuda-nos, Senhor, a descobrir nossa verdadeira vocação. Amém.