sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Lucas 12, 8-12 Testemunhar sem medo.

 8  “Eu digo a vocês: todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, o Filho do Homem também dará testemunho dele diante dos anjos de Deus. 9Mas aquele que me renegar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus. 10Todo aquele que disser alguma coisa contra o Filho do Homem será perdoado. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado. 11Quando vos conduzirem diante das sinagogas, magistrados e autoridades, não fiqueis preocupados em como ou com que vos defendereis ou com o que direis. 12Pois nessa hora o Espírito Santo vos ensinará o que deveis dizer”.

Comentário:

* 4-12: Cf. nota em Mt 10,26-33 Os discípulos não devem ter medo, porque a missão se baseia na verdade, que põe a descoberto toda a mentira de um sistema social que não mostra a sua verdadeira face. Os homens podem até matar o corpo dos discípulos, mas não conseguirão tirar-lhes a vida, pois é Deus quem dá e conserva ou tira a vida para sempre. A segurança do discípulo está na promessa: quem é fiel a Jesus, terá Jesus a seu favor diante de Deus.

Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (cf. Lc 1,35). E pelo mesmo Espírito realiza curas e expulsa demônios. No dia da ressurreição, com o sopro do Espírito, Jesus dá aos discípulos o poder de perdoar pecados. Antes de enviá-los a evangelizar o mundo inteiro, recomenda- lhes que esperem “na cidade, até serem revestidos da força do Alto” (Lc 24,49). Blasfemar contra o Espírito Santo é negar a bondade da ação libertadora de Jesus. É atribuir aos poderes do mal o que na verdade é obra divina. É não aceitar Jesus como o Enviado de Deus. Blasfemar contra o Espírito Santo é querer eliminar o motor do Reino de Deus e da vida da Igreja. Diante dos tribunais, os cristãos perseguidos terão a assistência do Espírito Santo, que “vai lhes ensinar o que eles deverão dizer”.

Oração
Ó Jesus, “Filho do Homem”, quem imprime dinamismo ao Reino de Deus é o Espírito Santo. É ele que está presente e atuante na tua vida, Senhor, e na vida dos que se tornam teus fiéis seguidores. Ensina-nos a compreender e a valorizar a ação do Espírito Santo em nós. Amém.

 

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Lucas 12, 1-7 Autenticidade do discípulo.

 1Enquanto isso, milhares de pessoas se reuniram, a ponto de uns pisarem os outros. Jesus começou a falar, primeiro a seus discípulos: “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. 2Não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que não venha a ser conhecido. 3Portanto, tudo o que tiverdes dito na escuridão será ouvido à luz do dia; e o que tiverdes pronunciado ao pé do ouvido, no quarto, será proclamado sobre os telhados. 

Testemunhar sem medo - 4Pois bem, meus amigos, eu vos digo, não tenhais medo daqueles que matam o corpo, não podendo fazer mais do que isso. 5Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de tirar a vida, tem o poder de lançar-vos no inferno. Sim, eu vos digo, a esse temei. 6Não se vendem cinco pardais por uma pequena quantia? No entanto, nenhum deles é esquecido por Deus. 7Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais”.

Comentário:

* 1-3: Em contraste com a conduta hipócrita dos fariseus, o Evangelho pede aos discípulos que sejam autênticos, isto é, que a vida e ação deles testemunhem o compromisso deles com Jesus.

* 4-12: Cf. nota em Mt 10,26-33 Os discípulos não devem ter medo, porque a missão se baseia na verdade, que põe a descoberto toda a mentira de um sistema social que não mostra a sua verdadeira face. Os homens podem até matar o corpo dos discípulos, mas não conseguirão tirar-lhes a vida, pois é Deus quem dá e conserva ou tira a vida para sempre. A segurança do discípulo está na promessa: quem é fiel a Jesus, terá Jesus a seu favor diante de Deus.

Se há alguma atitude que Jesus não tolera é a hipocrisia, “fermento dos fariseus”: fingimento; aparentar uma coisa e ser outra; inverter a escala de valores; confundir, em vez de esclarecer; esconder-se por trás de uma máscara. Um dia a verdade virá à tona. Nem que demore. Jesus recomenda aos discípulos não entrarem pelo caminho da falsidade. Ao contrário, sejam transparentes na transmissão do evangelho e depositem total confiança em Deus. Os verdadeiros discípulos, os “amigos” de Jesus são os que, no tempo da perseguição, vão manter o uso adequado da palavra. Sem medo dos adversários. O Pai não abandonará os discípulos do seu Filho Jesus. Ele cuida dos pormenores: “Até mesmo os cabelos da sua cabeça estão todos contados”.

Oração
Ó Jesus Mestre, preenche nosso espírito de coragem e zelo pelo teu Reino, de modo a enfrentar os adversários com argumentos sólidos e coerência de vida. Não nos deixes esmorecer na luta cotidiana e torna-nos convictos cristãos para continuarmos a expandir o teu Reino de justiça, amor e paz. Amém.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Lucas 1, 47-54 Jesus desmascara os hipócrita

 47“Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. 48Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. 49É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, 50a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas derramado desde a criação do mundo, 51desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo, serão pedidas contas disso a esta geração. 52Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes e ainda impedistes os que queriam entrar”. 53Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal e a provocá-lo sobre muitos pontos. 54Armavam ciladas para pegá-lo de surpresa por qualquer palavra que saísse de sua boca.

Comentário:

* 37-54: No seu caminho, Jesus desmascara os donos da estrutura antiga. Os fariseus deixam de lado a justiça e o amor de Deus e, para esconder roubos e maldades, se refugiam atrás de todo um aparato de falsa religiosidade. Os especialistas em leis se apossam da chave da ciência, isto é, interpretam as leis de acordo com seus próprios interesses; exercem assim controle ideológico sobre o povo, impedindo-o de ver as possibilidades de transformação.

Jesus reprova o comportamento dos fariseus porque levam vida falsa. Apresentam uma imagem de gente honesta, no entanto disfarçadamente aprovam a morte dos profetas, como fizeram seus antepassados. Na mesma linha dos profetas coloca-se Jesus, a legítima voz de Deus na história humana. Jesus também será eliminado, e seus apóstolos, perseguidos. Aos especialistas da Lei, Jesus chama a atenção porque se apoderam da “chave da ciência”. Sentem-se donos das Escrituras, mas não as entendem e ainda atrapalham o povo simples que gostaria de entendê-las. O saber usado como meio de dominação é uma forma de injustiça e um dos obstáculos à fraternidade
universal. Mais do que compreensível a reação dos fariseus e dos especialistas da Lei. Jesus pagará caro por sua franqueza e coerência com a verdade.

Oração
Ó Jesus Messias, pões em risco tua vida, ao censurares as atitudes malévolas dos dirigentes do povo. E o fazes com toda franqueza e sem medo. Por não aceitarem tua mensagem nem tuas correções, tramam como acabar com a tua vida. Salva-nos, Senhor, de gente impiedosa e traiçoeira. Amém.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Lucas 11, 42-46 Jesus desmascara os hipócritas.

 42“Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Vós deveríeis praticar isso sem deixar de lado aquilo. 43Ai de vós, fariseus, porque gostais do lugar de honra nas sinagogas e de serdes cumprimentados nas praças públicas. 44Ai de vós, porque sois como túmulos que não se veem, sobre os quais os homens andam sem saber”. 45Um mestre da Lei tomou a palavra e disse: “Mestre, falando assim, insultas-nos também a nós!” 46Jesus respondeu: “Ai de vós também, mestres da Lei, porque colocais sobre os homens cargas insuportáveis e vós mesmos não tocais nessas cargas nem com um só dedo”.

Comentário:

* 37-54: No seu caminho, Jesus desmascara os donos da estrutura antiga. Os fariseus deixam de lado a justiça e o amor de Deus e, para esconder roubos e maldades, se refugiam atrás de todo um aparato de falsa religiosidade. Os especialistas em leis se apossam da chave da ciência, isto é, interpretam as leis de acordo com seus próprios interesses; exercem assim controle ideológico sobre o povo, impedindo-o de ver as possibilidades de transformação.

Jesus reprova os fariseus porque eles: 1) Apegam-se a preceitos minúsculos, mas esquecem o mais importante, isto é, a justiça e o amor de Deus. 2) Buscam honras nas sinagogas e nas praças públicas. 3) Contaminam, com seus vícios, as pessoas que deles se aproximam (v. 44). Quanto aos especialistas da Lei, Jesus os acusa de sobrecarregar o povo com suas leis, enquanto eles mesmos se esquivam delas. É que davam muita importância a observâncias secundárias e descuidavam o essencial. O profeta Miqueias dizia: “Ó homem, já foi explicado o que é bom e o que o Senhor exige de você: praticar o direito, amar a misericórdia, caminhar humildemente com o seu Deus” (Mq 6,8). Podemos perguntar-nos: dentre as muitas boas obras que realizamos, quais são as que mais agradam a Deus?

Oração
Divino Mestre, livra-nos da tendência bastante comum de exibir pequenas obras boas, enquanto omitimos as exigências mais importantes do Reino: a prática da justiça e o amor de Deus. Impulsiona, Senhor, os líderes de nossas comunidades a dar bom exemplo mediante a prática da religião. Amém.

 

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Lucas 11, 37-41 Jesus desmascara os hipócritas.

 37 Enquanto Jesus falava, um fariseu convidou-o para jantar com ele. Jesus entrou e pôs-se à mesa. 38O fariseu ficou admirado ao ver que Jesus não tivesse lavado as mãos antes da refeição. 39O Senhor disse ao fariseu: “Vós, fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades. 40Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? 41Antes, dai esmola do que vós possuís, e tudo ficará puro para vós”.

Comentário:

* 37-54: No seu caminho, Jesus desmascara os donos da estrutura antiga. Os fariseus deixam de lado a justiça e o amor de Deus e, para esconder roubos e maldades, se refugiam atrás de todo um aparato de falsa religiosidade. Os especialistas em leis se apossam da chave da ciência, isto é, interpretam as leis de acordo com seus próprios interesses; exercem assim controle ideológico sobre o povo, impedindo-o de ver as possibilidades de transformação.

Fazer refeição em casa de um fariseu pode acarretar a Jesus algum desconforto. Com efeito, neste episódio, o fariseu critica Jesus por sentar-se à mesa sem antes ter-se lavado. Os fariseus davam muita importância a certas ações exteriores, como se fossem obras agradáveis a Deus. Não executá-las seria transgredir a Lei. Jesus aponta para o essencial: a pureza de coração, a reta intenção, o amor ao próximo. Não basta a boa intenção, é necessário traduzi-la em gestos concretos. Por isso, Jesus lança aos fariseus um intrigante desafio: “Deem como esmola o que vocês têm, e tudo ficará puro para vocês”. Dar esmola, símbolo da prática da caridade fraterna, é mais significativo e valioso do que a simples limpeza das mãos e dos utensílios domésticos.

Oração
Ó Jesus Mestre, não suportas quando alguém pratica atos externos para ser admirado pelos outros. Isso pode tornar-se um modo de esconder o interior, cheio de “roubos e maldades”. Importante é ter o coração puro e servir a Deus com humildade. Senhor, concede-nos generosamente esta graça. Amém.

domingo, 11 de outubro de 2020

João 2, 1-11 Vida nova para os homens.

 1 No terceiro dia, houve uma festa de  casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isso a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. 6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. 7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. 10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo o mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” 11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.

Comentário:

* 1-12: Segundo João, a primeira semana de Jesus termina com a festa de casamento em Caná. João relata este episódio por causa do seu aspecto simbólico: o casamento é o símbolo da união de Deus com a humanidade, realizada de maneira definitiva na pessoa de Jesus, Deus-e-Homem. Sem Jesus, a humanidade vive uma festa de casamento sem vinho. Maria, aliviando a situação constrangedora, simboliza a comunidade que nasce da fé em Jesus, e as últimas palavras que ela diz neste evangelho são um convite: “Façam o que Jesus mandar.” Jesus diz que a sua hora ainda não chegou, pois só acontecerá na sua morte e ressurreição, quando ele nos reconcilia com Deus.

Jesus utilizou a água que os judeus usavam para as purificações. Os judeus estavam cegos pela preocupação de não se mancharem, e sua religião multiplicava os ritos de purificação. Mas Jesus transformou a água em vinho! É que a religião verdadeira não se baseia no medo do pecado. O importante é receber de Jesus o Espírito. Este, como vinho generoso, faz a gente romper com as normas que aprisionam e com a mesquinhez da nossa própria sabedoria.
O episódio de Caná é uma espécie de resumo daquilo que vai acontecer através de toda a atividade de Jesus: com sua palavra e ação, Jesus transforma as relações dos homens com Deus e dos homens entre si.

As bodas de Caná representam o primeiro dos sete sinais no Evangelho de João. O autor não fala em milagres, mas em sinais, pois não quer exaltar o fato em si, mas o que está por trás dele: revelar a glória de Jesus para que os discípulos acreditem nele. Ele e seus discípulos foram convidados para um casamento, a mãe de Jesus também estava presente. Ao longo da festa, o vinho veio a faltar. A mãe de Jesus intercede ao Filho em favor dos noivos e dos convidados. Festa sem vinho (bebida) é festa incompleta, sem alegria. Jesus é apresentado como o noivo da comunidade. A mãe tem importante papel na família, na comunidade, em todos os lugares. Ela é perspicaz e sensível diante das necessidades. Aqui ela desempenha a função de convidar para fazer o que o Mestre pedir. Nós, católicos brasileiros, temos uma devoção e um carinho todo especial para com Maria, mãe de Jesus e nossa. Entre muitos outros títulos, no Brasil é conhecida como Nossa Senhora Aparecida. Ela olha com muito amor o povo brasileiro e intercede a Jesus para que nunca falte o vinho da alegria e da dignidade para seus filhos e filhas.

Oração
Ó Jesus, zeloso pastor das multidões sedentas de pão material e pão espiritual, graças te damos pela Virgem Maria, venerada pelo povo brasileiro como Nossa Senhora Aparecida. Aos habitantes do nosso país, concede, Senhor, tua confortadora presença e a constante proteção de tua e nossa querida mãe. Amém.

 

Apocalipse 12, 1.5.13.15-16 Jesus Messias vence o mal.

 1Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas. 5E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 13Quando viu que tinha sido expulso para a terra, o dragão começou a perseguir a mulher que tinha dado à luz o menino. 15A serpente, então, vomitou como um rio de água atrás da mulher a fim de a submergir. 16A terra, porém, veio em socorro da mulher.

Comentário:

* 1-16,20: É a parte mais importante do livro. Mostra que o tempo do povo de Deus é o tempo de confronto com o mal, até chegar a consumação da história. João analisa agora a vitória sobre o mal (Ap 12), o ambiente onde os cristãos vão profetizar (Ap 13) e a consequência do testemunho profético, isto é, o julgamento (Ap 14,1-16,20). Os capítulos 12-14 interrompem o desenvolvimento linear do livro.

1-2: A Mulher é um símbolo cheio de significados: é Eva, a mãe da humanidade (cf. Gn 3,15-20); também o povo de Israel (doze estrelas = doze tribos) assim como Sião, o resto do povo de Deus que espera o Messias (Is 66,7). É também Maria enquanto mãe de Jesus e mãe dos discípulos de Jesus (Jo 19,25-27), e o povo de Deus da nova Aliança (doze estrelas = doze apóstolos).
* 3-4: O Dragão personifica o mal, inimigo de Deus. Trata-se do egoísmo, orgulho e auto-suficiência que deformam os indivíduos e os grupos sociais. Ele é sanguinário (vermelho), tem pleno poder sobre os impérios do mundo (sete cabeças e sete diademas), mas sua força é relativa e imperfeita (dez chifres). Ele tem a pretensão de lutar contra Deus (estrelas do céu). Quer devorar o Filho da Mulher, o Messias que veio para destruí-lo.

* 5-6: O Filho é Jesus, que nasce (ressurreição) para a glória e para dominar as nações, destruindo o poder do Dragão. O mal foi derrotado. Agora a situação do povo de Deus é como a dos hebreus no deserto, libertados da escravidão: viverá no deserto até o fim da história (mil, duzentos e sessenta dias), em meio a perseguições e na intimidade com Deus.

* 7-12: O mal foi cortado pela raiz. Miguel (= Quem é como Deus?) vence e expulsa o Dragão, o mal que sempre ameaçou a humanidade (Serpente, Diabo, Satanás). Mas os cristãos não podem ficar acomodados, porque o mal continua agindo no mundo e, agonizante, ainda vai perseguir os homens de todos os modos.


* 13-18: O mal não conseguiu vencer Jesus; por isso agora persegue os cristãos seguidores de Jesus. Mas estes são continuamente protegidos por Deus, até o final da história (três tempos e meio = mil, duzentos e sessenta dias). É tempo de perseguição (rio) mas, como no Êxodo, o povo de Deus não sucumbe.