segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Lucas 8, 16-18 Ouvir e agir.


* 16 Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama. Ele a coloca no candeeiro, a fim de que todos os que entram, vejam a luz. 17 De fato, tudo o que está escondido, deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo, deverá tornar-se conhecido e claramente manifesto. 18 Portanto, prestem atenção como vocês ouvem: para quem tem alguma coisa, será dado ainda mais; para aquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele pensa ter.”
Comentário:
A Palavra de Deus, diz o salmista, “é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho” (Sl 119,105). O profeta Isaías reforça esse conceito: “O próprio Senhor será para você uma luz permanente” (Is 60,20). Com a explicação da parábola do semeador, os discípulos ficaram iluminados. Não devem guardar para si o ensinamento, mas comunicá-lo aos outros. É importante que essa “luz” ilumine “todos os que estão na casa” (Mt 5,15). Recado válido para os cristãos de todos os tempos e lugares, já que “a Palavra de Deus não está algemada” (1Tm 2,9). Não basta ouvir de modo superficial a Palavra; será uma riqueza desperdiçada. Cumpre-nos ouvi-la ativamente. Quanto mais a pessoa se entrega a Deus sem cálculos, tanto mais Deus se manifesta a ela sem medida.

domingo, 23 de setembro de 2018

Marcos 9, 30-37 Quem é o maior?


* 30 Partindo daí Jesus e seus discípulos atravessavam a Galiléia. Jesus não queria que ninguém soubesse onde ele estava, 31 porque estava ensinando seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue na mão dos homens, e eles o matarão. Mas, quando estiver morto, depois de três dias ele ressuscitará.” 32 Mas os discípulos não compreendiam o que Jesus estava dizendo, e tinham medo de fazer perguntas.
33 Quando chegaram à cidade de Cafarnaum e estavam em casa, Jesus perguntou aos discípulos: Sobre o que vocês estavam discutindo no caminho?” 34 Os discípulos ficaram calados, pois no caminho tinham discutido sobre qual deles era o maior. 35 Então Jesus se sentou, chamou os Doze e disse: “Se alguém quer ser o primeiro, deverá ser o último, e ser aquele que serve a todos.” 36 Depois Jesus pegou uma criança e colocou-a no meio deles. Abraçou a criança e disse: 37 Quem receber em meu nome uma destas crianças, estará recebendo a mim. E quem me receber, não estará recebendo a mim, mas àquele que me enviou.”
Comentário:
Depois de Jesus anunciar pela segunda vez sua paixão e morte, os discípulos se preocupam com a questão do poder: quem seria o maior, o mais importante. Diante disso, Jesus se senta e lhes ensina que o mais importante é o último e o servidor de todos. E coloca uma criança como modelo a ser acolhido: a criança é apresentada como desprovida de ambição e de poder. A vaidade desvia o coração da pessoa daquilo que é mais importante: o amor e a doação. Jesus abraça os “pequeninos” e não os “poderosos”. A preocupação dele não está voltada para os que ocupam os primeiros lugares. “Famosos”, para Jesus, são aqueles que se doam, livremente e sem pretensões, em favor do seu projeto. Famosos são os trabalhadores honestos que levam sustento para suas famílias com o trabalho do dia a dia. Famosas e heroínas são as mães que, com dificuldade,  multiplicam o pão na mesa e educam os filhos a uma vida honesta. Diante de uma sociedade que busca carreirismo e fama, somos convidados a trabalhar pelo reino sem ambicionar status. Não é fácil abraçar o projeto de Jesus; é mais fácil abraçar a autopromoção e o desejo de ser o primeiro.