quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Lucas 9, 7-9 Jesus começa a inquietar.


* 7 O governador Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou sem saber o que pensar, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos; 8 outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9 Então Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E queria ver Jesus.
Comentário:
* 7-9: A palavra e ação de Jesus deixam o povo e as autoridades sem saber o que pensar. É que a presença dele força todo mundo a se perguntar: “Quem é esse homem?” O encontro de Jesus e Herodes acontecerá na Paixão (23,6-12).
Herodes Antipas era homicida; ele mesmo o comprova: “Mandei degolar João”. Parece não ter paz interior. Está preocupado com a fama de Jesus de Nazaré. Seria Jesus um defensor da verdade e da retidão, como João Batista? “E queria ver Jesus”. Para satisfazer sua curiosidade? Ou mandá-lo calar a boca? Certamente não era para tornar-se seu fiel discípulo. Mais tarde, nas horas da sua paixão, Jesus é colocado à frente desse Herodes, que quer vê-lo fazer algum milagre. Jesus não lhe dirá sequer uma palavra. Saboreando amarga frustração, o tetrarca dará vazão a sua ira: “Herodes, com seus soldados tratou Jesus com desprezo e caçoou dele” (Lc 23,11). A Boa-nova do Reino continua provocando transformação na sociedade ao mexer com as consciências. Qual é a nossa resposta aos apelos do evangelho?

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Lucas 9, 1-6 A missão dos discípulos.


* 1 Jesus convocou os Doze, e lhes deu poder e autoridade sobre os demônios e para curar as doenças. 2 E os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar. 3 E disse-lhes: Não levem nada para o caminho: nem bastão, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas. 4 Em qualquer casa onde vocês entrarem, fiquem aí, até vocês se retirarem do lugar. 5 E todos aqueles que não os acolherem, vocês, ao sair da cidade, sacudam a poeira dos pés, como protesto contra eles.” 6 Os discípulos partiram, e percorriam os povoados, anunciando a Boa Notícia, e fazendo curas em todos os lugares.
Comentário:
* 9,1-6: Cf. nota em Mc 6,7-13 A missão dos discípulos -* 7 Chamou os doze discípulos, começou a enviá-los dois a dois e dava-lhes poder sobre os espíritos maus. 8 Jesus recomendou que não levassem nada pelo caminho, além de um bastão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. 9 Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10 E Jesus disse ainda: Quando vocês entrarem numa casa, fiquematé partirem. 11 Se vocês forem mal recebidos num lugar e o povo não escutar vocês, quando saírem sacudam a poeira dos pés como protesto contra eles.” 12 Então os discípulos partiram e pregaram para que as pessoas se convertessem. 13 Expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, ungindo-os com óleo.
* 6b-13: Os discípulos são enviados para continuar a missão de Jesus: pedir mudança radical da orientação de vida (conversão), desalienar as pessoas (libertar dos demônios), restaurar a vida humana (curas). Os discípulos devem estar livres, ter bom senso e estar conscientes de que a missão vai provocar choque com os que não querem transformações.
Jesus não retém para si o cabedal de conhecimentos que possui, nem seus poderes. Transmite-os aos doze apóstolos e os envia para realizarem o que ele fazia publicamente: anunciar o Reino de Deus e curar enfermidades. Uma atividade renovadora. Ensinamento novo e convincente com palavras divinas colhidas na fonte: “Falo estas coisas como o Pai me ensinou” (Jo 8,28). Energia poderosa, toques benfazejos. Curas libertadoras. Tempos messiânicos. Vida nova. Os apóstolos não precisam apoiar-se nos bens materiais; ao contrário, devem despojar-se deles. A gratuidade e a confiança na providência de Deus são as exigências para a missão. Haverá pessoas insensíveis ou avessas à passagem de Deus. Responderão por seus atos. O missionário cristão seguirá seu caminho, sem esmorecer. Como Jesus.