segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Lucas 8, 16-18 Ouvir e agir.



16 Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama. Ele a coloca no candeeiro, a fim de que todos os que entram, vejam a luz. 17 De fato, tudo o que está escondido, deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo, deverá tornar-se conhecido e claramente manifesto. 18 Portanto, prestem atenção como vocês ouvem: para quem tem alguma coisa, será dado ainda mais; para aquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele pensa ter.”
Comentário:
Os discípulos receberam a explicação da parábola do semeador e foram iluminados. Não devem guardar para si o tesouro precioso dos ensinamentos do Mestre; ao contrário, devem ser luz para o mundo. A Palavra de Deus, de fato, tem cunho universal: não é exclusividade de grupos fechados. Sendo palavra que liberta, não pode ficar oculta ou abafada: “A palavra de Deus não está algemada” (2Tm 2,9). Em outra passagem, Jesus disse: “O que vocês disserem no quarto, ao pé do ouvido, será proclamado sobre os telhados”. A seus discípulos, e a nós, Jesus recomenda abertura de coração para acolhermos sua mensagem em medida generosa. Quanto mais a pessoa se abre para Deus sem cálculos, tanto mais Deus se lhe manifesta. Se a pessoa é mesquinha e se retrai, mesmo assim Deus não se retira nem deixa de se comunicar.

domingo, 24 de setembro de 2017

Mateus 20, 1-16 O Reino é dom gratuito.



* 1 “De fato, o Reino do Céu é como um patrão, que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2 Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3 Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo. Viu outros que estavam desocupados na praça, 4 e lhes disse: ‘Vão vocês também para a minha vinha. Eu lhes pagarei o que for justo’. 5 E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. 6 Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que vocês estão aí o dia inteiro desocupados?’ 7 Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Vão vocês também para a minha vinha’. 8 Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chame os trabalhadores, e pague uma diária a todos. Comece pelos últimos, e termine pelos primeiros’. 9 Chegaram aqueles que tinham sido contratados pelas cinco da tarde, e cada um recebeu uma moeda de prata. 10 Em seguida chegaram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. No entanto, cada um deles recebeu também uma moeda de prata. 11 Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12 Esses últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor do dia inteiro!’ 13 E o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto com você. Não combinamos uma moeda de prata? 14 Tome o que é seu, e volte para casa. Eu quero dar também a esse, que foi contratado por último, o mesmo que dei a você. 15 Por acaso não tenho o direito de fazer o que eu quero com aquilo que me pertence? Ou você está com ciúme porque estou sendo generoso?’ 16 Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.”
Comentário:
Na origem, a parábola do patrão generoso foi aplicada aos judeus compatriotas de Jesus, que se fechavam em seu mundo religioso e repeliam os pagãos (os não judeus). Depois, serviu de catequese para as comunidades cristãs, compostas não só de pessoas convertidas do judaísmo, mas também de estrangeiros ou pagãos. Os chamados da primeira hora são os fariseus cumpridores da lei mosaica, os doutores da Lei e todos os judeus, como povo eleito, herdeiro das promessas divinas. Os chamados das horas posteriores são todos os não judeus. Pertencer à comunidade de Jesus não é privilégio de um povo. Deus abre as portas do seu Reino para todos e os convida a entrar. A salvação é presente de Deus, que chama todas as pessoas na situação em que se encontram e na hora em que se deixam encontrar.