terça-feira, 8 de julho de 2014

Mateus 9, 32-38 Jesus faz ver e falar.

32 Quando tinham saído os dois cegos, levaram a Jesus um mudo que estava possuído pelo demônio. 33 Quando o demônio foi expulso, o mudo falou, e as multidões ficaram admiradas, e diziam: “Nunca se viu uma coisa assim em Israel.” 34 Mas os fariseus diziam: “É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios.”
A origem da missão -* 35 Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando a Boa Notícia do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36 Vendo as multidões, Jesus teve compaixão, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. 37 Então Jesus disse a seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos! 38 Por isso, peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a colheita.”
Comentário:

* 35-38: Mateus apresenta um resumo da atividade de Jesus (cf. 4,23), mostrando a raiz da ação dele: nasce da visão da realidade, que o leva a compadecer-se, isto é, a sentir junto com o povo cansado e abatido. O trabalho é grande, e necessita de pessoas dispostas a continuar a obra de Jesus. A comunidade deve assumir a preocupação de levar a Boa Notícia do Reino ao mundo inteiro, consciente da necessidade de trabalhadores disponíveis para essa missão divina.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Mateus 9, 18-26 Jesus é o Senhor da vida.

* 18 Enquanto Jesus dizia essas coisas para eles, um chefe se aproximou, ajoelhou-se diante de Jesus, e disse: “Minha filha acaba de morrer; mas vem, põe tua mão sobre ela, e ela viverá.” 19 Jesus levantou-se e o seguiu, junto com seus discípulos.
20 Nesse momento, chegou uma mulher que fazia doze anos vinha sofrendo de hemorragia. Ela foi por trás, e tocou a barra da roupa de Jesus, 21 porque pensava: “Ainda que eu toque só na roupa dele, ficarei curada.” 22 Jesus virou-se, e, ao -la, disse: “Coragem, filha! Sua curou você.” E, desde esse momento, a mulher ficou curada.
23 Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e uma multidão fazendo barulho. Então disse: 24 “Retirem-se, porque a menina não morreu. Ela está apenas dormindo.” As pessoas começaram a caçoar dele. 25 Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, e tomou a menina pela mão. Então a menina se levantou. 26 E essa notícia espalhou-se por toda aquela região.
Comentário:
* 18-26: Cf. nota em Mc 5,21-43 Restaurar os homens na vida total -* 21 Jesus atravessou de barca novamente para o outro lado do mar. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22 Aproximou-se um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23 e pediu com insistência: “Minha filhinha está morrendo. Vem e põe as mãos sobre ela, para que sare e viva.” 24 Jesus acompanhou Jairo. E numerosa multidão o seguia e o apertava de todos os lados.
25 chegou uma mulher que sofria de hemorragia doze anos; 26 tinha padecido na mão de muitos médicos, gastou tudo o que tinha e, em vez de melhorar, piorava sempre mais. 27 A mulher tinha ouvido falar de Jesus. Então ela foi no meio da multidão, aproximou-se de Jesus por trás e tocou na roupa dele, 28 porque pensava: “Ainda que eu toque só na roupa dele, ficarei curada.” 29 A hemorragia parou imediatamente. E a mulher sentiu no corpo que estava curada da doença. 30 Jesus percebeu imediatamente que uma força tinha saído dele. Então virou-se no meio da multidão e perguntou: “Quem foi que tocou na minha roupa?” 31 Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te aperta e ainda perguntas: ‘quem me tocou?’”32 Mas Jesus ficou olhando em volta para ver quem tinha feito aquilo. 33 A mulher, cheia de medo e tremendo, percebeu o que lhe havia acontecido. Então foi, caiu aos pés de Jesus e contou toda a verdade. 34 Jesus disse à mulher: “Minha filha, sua curou você. em paz e fique curada dessa doença.”
35 Jesus ainda estava falando, quando chegaram algumas pessoas da casa do chefe da sinagoga e disseram a Jairo: “Sua filha morreu. Por que você ainda incomoda o Mestre?” 36 Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenha medo; apenas tenha !” 37 E Jesus não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38 Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e ouviu as pessoas chorando e gritando. 39 Jesus entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu. Ela está apenas dormindo.” 40 As pessoas começaram a zombar dele. Mas Jesus mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde a menina estava. 41 Jesus pegou a menina pela mão e disse: “Talita cúmi”, que quer dizer: “Menina, - eu lhe digo - levante-se!” 42 A menina levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram muito admirados. 43 Jesus recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo disso. E mandou dar comida para a menina.

* 21-43: Toda mulher menstruada ou sofrendo corrimento de sangue, era considerada impura (Lv 15,19.25), e impuros ficavam também os que fossem tocados por ela. A fé em Jesus faz que essa mulher viole a Lei e seja curada. A missão de Jesus é restaurar os homens na vida total: não só libertá-los da doença que os diminui e exclui do convívio social, mas também salvá-los da morte, que os exclui da vida antes do tempo.

domingo, 6 de julho de 2014

Mateus 11, 25-30 Os pobres evangelizam.

* 25 Naquele tempo, Jesus disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. 26 Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27 Meu Pai entregou tudo a mim. Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar.
28 Venham para mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso. 29 Carreguem a minha carga e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas. 30 Porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve.”
Copmentário:
* 25-30: Com sua palavra e ação, Jesus revela a vontade do Pai, que é instaurar o Reino. Contudo, os sábios e inteligentes não são capazes de perceber a presença do Reino e sua justiça através de Jesus. Ao contrário, os desfavorecidos e os pobres é que conseguem penetrar o sentido dessa atividade de Jesus e continuá-la. Jesus veio tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes haviam criado para o povo. Em troca, ele traz novo modo de viver na justiça e na misericórdia: doravante, os pobres serão evangelizados e partirão para evangelizar.


Romanos 8, 9.11-13 A vida no Espírito.

9 Uma vez que o Espírito de Deus habita em vocês, vocês não estão sob o domínio dos instintos egoístas, mas sob o Espírito, pois quem não tem o Espírito de Cristo não pertence a ele. 11 Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou Cristo dos mortos dará a vida também para os corpos mortais de vocês, por meio do seu Espírito que habita em vocês.
12 Portanto, irmãos, nós somos devedores, mas não dos instintos egoístas para vivermos de acordo com eles. 13 Se vocês vivem segundo os instintos egoístas, vocês morrerão; mas se com a ajuda do Espírito fazem morrer as obras do corpo, vocês viverão.
Comentário:

* 1-13: A libertação do homem foi realizada por Cristo não como ato vindo de fora, mas como obra que se realiza a partir de dentro. Cristo se encarnou, trazendo o Espírito de Deus para dentro da própria condição humana, que é dominada pelo egoísmo. Desse modo, o homem pode seguir a Cristo que passou da morte para a ressurreição, passando do egoísmo para a doação de si aos outros. A entrada do Espírito de Deus no homem, mediante Cristo, determina uma renovação pela qual o homem sente, pensa e age conforme a vontade de Deus. Em lugar da lei dos instintos egoístas, surge a “lei do Espírito que dá a vida”. Trata-se de um novo dinamismo interior que, com a própria força de Deus, liberta o homem da tirânica “lei do pecado e da morte”. Em lugar do pecado ou egoísmo, que determina o ser e ação do homem, existe agora o Espírito ou Amor; em lugar da morte, existe a vida. A unidade entre querer o bem e realizá-lo é recomposta. A situação desesperadora do homem é superada. Com isso, as relações sociais podem ser refeitas e a estrutura social injusta e opressora pode ser superada. 

sábado, 5 de julho de 2014

Mateus 9, 14-17 Jesus provoca ruptura.

* 14 Então os discípulos de João se aproximaram de Jesus, e perguntaram: “Nós e os fariseus fazemos jejum. Por que os teus discípulos não fazem jejum?” 15 Jesus respondeu: “Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar de luto, enquanto o noivo está com eles? Mas chegarão dias em que o noivo será tirado do meio deles. Aí então eles vão jejuar. 16 Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa o pano, e o rasgo fica maior ainda. 17 Também não se põe vinho novo em barris velhos, senão os barris se arrebentam, o vinho se derrama e os barris se perdem. Mas vinho novo se põe em barris novos e assim os dois se conservam.”
Comentário:

* 14-17: Cf. nota em Mc 2,18-22. Jesus veio substituir o sistema da Lei, rigidamente seguido pelos fariseus. A justiça que vem da misericórdia abre as portas do Reino para todos.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Mateus 9, 9-13 Justiça e misericórdia.

* 9 Saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e lhe disse: “Siga-me!” Ele se levantou, e seguiu a Jesus. 10 Estando Jesus à mesa em casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e pecadores foram e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11 Alguns fariseus viram isso, e perguntaram aos discípulos: “Por que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e os pecadores?” 12 Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes. 13 Aprendam, pois, o que significa: ‘Eu quero a misericórdia e não o sacrifício’. Porque eu não vim para chamar justos, e sim pecadores.”
Comentário:

* 9-13: Cf. nota em Mc 2,13-17. Com a citação de Oséias 6,6, Mateus esclarece o sentido da missão de Jesus: a justiça do Reino é inseparável da misericórdia. 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

João 20, 24-29 A comunidade é testemunha de Jesus ressuscitado.

* 24 Tomé, chamado Gêmeo, que era um dos Doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25 Os outros discípulos disseram para ele: “Nós vimos o Senhor.” Tomé disse: “Se eu não vir a marca dos pregos nas mãos de Jesus, se eu não colocar o meu dedo na marca dos pregos, e se eu não colocar a minha mão no lado dele, eu não acreditarei.”
26 Uma semana depois, os discípulos estavam reunidos de novo. Dessa vez, Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou. Ficou no meio deles e disse: “A paz esteja com vocês.” 27 Depois disse a Tomé: “Estenda aqui o seu dedo e veja as minhas mãos. Estenda a sua mão e toque o meu lado. Não seja incrédulo, mas tenha .” 28 Tomé respondeu a Jesus: “Meu Senhor e meu Deus!” 29 Jesus disse: “Você acreditou porque viu? Felizes os que acreditaram sem ter visto.”
Comentário:

* 24-29: Tomé simboliza aqueles que não acreditam no testemunho da comunidade e exigem uma experiência particular para acreditar. Jesus, porém, se revela a Tomé dentro da comunidade. Todas as gerações do futuro acreditarão em Jesus vivo e ressuscitado através do testemunho da comunidade cristã.