terça-feira, 24 de abril de 2012

João 6, 30-35 Deus dá um pão que sustenta para sempre.

30 Eles perguntaram: “Que sinal realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Qual é a tua obra? 31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como diz a Escritura: ‘Ele deu-lhes um pão que veio do céu’ “. 32 Jesus respondeu: “Eu garanto a vocês: Moisés não deu para vocês o pão que veio do céu. É o meu Pai quem dá para vocês o verdadeiro pão que vem do céu, 33 porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.” 34 Então eles pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão.”
Jesus é o pão da vida -* 35 Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede.
Comentário:
* 22-34: A multidão procura Jesus, desejando continuar na situação de abundância, isto é, governada por um líder político que decide e providencia tudo, sem exigir esforço. Jesus mostra que essa não é a solução; é preciso buscar a vida plena, mas isso exige o empenho do homem. Além do alimento que sustenta a vida material, é necessária a adesão pessoal a Jesus para que essa vida se torne definitiva.
Pedindo um milagre como o do maná do deserto, a multidão impõe condições para aceitar Jesus. Mas o desejo da multidão fica sem efeito, se ela não se compromete com Jesus, o pão da vida que dura para sempre.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

João 6, 22-29 Deus dá um pão que sustenta para sempre.

* 22 No dia seguinte, a multidão, que tinha ficado do outro lado do mar, viu que aí havia só uma barca. Viu também que Jesus não tinha subido na barca com os discípulos e que eles tinham ido sozinhos. 23 Então chegaram outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois que o Senhor agradeceu a Deus. 24 Quando a multidão viu que nem Jesus nem os discípulos estavam aí, as pessoas subiram nas barcas e foram procurar Jesus em Cafarnaum.

25 Quando encontraram Jesus no outro lado do lago, perguntaram: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26 Jesus respondeu: “Eu garanto a vocês: vocês estão me procurando, não porque viram os sinais, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. 27 Não trabalhem pelo alimento que se estraga; trabalhem pelo alimento que dura para a vida eterna. É este alimento que o Filho do Homem dará a vocês, porque foi ele quem Deus Pai marcou com seu selo.”
28 Então eles perguntaram: “O que é que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29 Jesus respondeu: “A obra de Deus é que vocês acreditem naquele que ele enviou.”
Comentário:
* 22-34: A multidão procura Jesus, desejando continuar na situação de abundância, isto é, governada por um líder político que decide e providencia tudo, sem exigir esforço. Jesus mostra que essa não é a solução; é preciso buscar a vida plena, mas isso exige o empenho do homem. Além do alimento que sustenta a vida material, é necessária a adesão pessoal a Jesus para que essa vida se torne definitiva.
Pedindo um milagre como o do maná do deserto, a multidão impõe condições para aceitar Jesus. Mas o desejo da multidão fica sem efeito, se ela não se compromete com Jesus, o pão da vida que dura para sempre.

domingo, 22 de abril de 2012

João 2, 1-5ª Vida nova para os homens.

* 1 No terceiro dia, houve uma festa de casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava aí. 2 Jesus também tinha sido convidado para essa festa de casamento, junto com seus discípulos.

3 Faltou vinho e a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho!” 4 Jesus respondeu: “Mulher, que existe entre nós? Minha hora ainda não chegou.” 5 A mãe de Jesus disse aos que estavam servindo: “Façam o que ele mandar.”
Comentário:
* 1-12: Segundo João, a primeira semana de Jesus termina com a festa de casamento em Caná. João relata este episódio por causa do seu aspecto simbólico: o casamento é o símbolo da união de Deus com a humanidade, realizada de maneira definitiva na pessoa de Jesus, Deus-e-Homem. Sem Jesus, a humanidade vive uma festa de casamento sem vinho. Maria, aliviando a situação constrangedora, simboliza a comunidade que nasce da fé em Jesus, e as últimas palavras que ela diz neste evangelho são um convite: “Façam o que Jesus mandar.” Jesus diz que a sua hora ainda não chegou, pois só acontecerá na sua morte e ressurreição, quando ele nos reconcilia com Deus.
Jesus utilizou a água que os judeus usavam para as purificações. Os judeus estavam cegos pela preocupação de não se mancharem, e sua religião multiplicava os ritos de purificação. Mas Jesus transformou a água em vinho! É que a religião verdadeira não se baseia no medo do pecado. O importante é receber de Jesus o Espírito. Este, como vinho generoso, faz a gente romper com as normas que aprisionam e com a mesquinhez da nossa própria sabedoria.
O episódio de Caná é uma espécie de resumo daquilo que vai acontecer através de toda a atividade de Jesus: com sua palavra e ação, Jesus transforma as relações dos homens com Deus e dos homens entre si.




Lucas 24, 35-48 Jesus caminha com os homens.

35 Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão.
A realidade da ressurreição -* 36 Ainda estavam falando, quando Jesus apareceu no meio deles, e disse: “A paz esteja com vocês.” 37 Espantados e cheios de medo, pensavam estar vendo um espírito. 38 Então Jesus disse: “Por que vocês estão perturbados, e por que o coração de vocês está cheio de dúvidas? 39 Vejam minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo. Toquem-me e vejam: um espírito não tem carne e ossos, como vocês podem ver que eu tenho.” 40 E dizendo isso, Jesus mostrou as mãos e os pés. 41 E como eles ainda não estivessem acreditando, por causa da alegria e porque estavam espantados, Jesus disse: “Vocês têm aqui alguma coisa para comer?” 42 Eles ofereceram a Jesus um pedaço de peixe grelhado. 43 Jesus pegou o peixe, e o comeu diante deles.
A missão cristã -* 44 Jesus disse: “São estas as palavras que eu lhes falei, quando ainda estava com vocês: é preciso que se cumpra tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.” 45 Então Jesus abriu a mente deles para entenderem as Escrituras. 46 E continuou: “Assim está escrito: ‘O Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia, 47 e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. 48 E vocês são testemunhas disso.
49 Agora eu lhes enviarei aquele que meu Pai prometeu. Por isso, fiquem esperando na cidade, até que vocês sejam revestidos da força do alto."
50 Então Jesus levou os discípulos para fora da cidade, até Betânia. Aí, ergueu as mãos e os abençoou. 51 Enquanto os abençoava, afastou-se deles, e foi levado para o céu. 52 Eles o adoraram, e depois voltaram para Jerusalém, com grande alegria. 53 E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.
Comentário: * 13-35: Lucas salienta os “lugares” da presença de Jesus ressuscitado. Primeiro, ele continua a caminhar entre os homens, solidarizando-se com seus problemas e participando de suas lutas. Segundo, Jesus está presente no anúncio da Palavra das Escrituras, que mostra o sentido da sua vida e ação. Terceiro, na celebração eucarística, onde o pão repartido relembra o dom da sua vida e refontiza a partilha e a fraternidade, que estão no cerne do seu projeto.
O Evangelho de Lucas termina em Jerusalém e no Templo, como havia começado. Daí os apóstolos partirão para a missão “até os confins da terra” (At 1,8).
* 44-53: A missão cristã nasce da leitura das Escrituras, onde se percebe o testemunho de Jesus (vida-morte-ressurreição) como seu centro e significado. Essa missão continua no anúncio de Jesus a todos os povos, e provoca a transformação da história a partir da atividade de Jesus voltada para os pobres e oprimidos. A conversão e o perdão supõem percorrer o caminho de Jesus na própria vida e nos caminhos da história. A missão é iluminada pelo Espírito do Pai e de Jesus (a “força que vem do alto”). * 36-43: A ressurreição não é fruto da imaginação dos discípulos, nem se reduz a fenômeno puramente espiritual. A ressurreição é fato que atinge o próprio corpo; daí a identidade do ressuscitado com o Jesus terrestre. Qualquer ação humana que traz mais vida para os corpos oprimidos, doentes, torturados, famintos e sedentos, não é apenas obra de misericórdia, mas é sinal concreto do fato central da fé cristã: a ressurreição do próprio Senhor Jesus.

sábado, 21 de abril de 2012

João 6, 16-21 Não tenham medo!

* 16 Ao cair da tarde, os discípulos de Jesus desceram ao mar. 17 Entraram na barca e foram em direção a Cafarnaum, do outro lado do mar. Já era noite, e Jesus ainda não tinha ido ao encontro deles. 18 Soprava vento forte e o mar estava agitado. 19 Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco ou seis quilômetros, quando viram Jesus andando sobre as águas e aproximando-se da barca. Então ficaram com medo, 20 mas Jesus disse: “Sou eu. Não tenham medo.” 21 Eles quiseram recolher Jesus na barca, mas nesse instante a barca chegou à margem para onde estavam indo.
Comentário:
* 16-21: A proposta de Jesus não é entendida pela multidão e é mal interpretada pelos discípulos. A multidão quer fazê-lo rei, o Messias da abundância. Os discípulos se retiram, talvez pretendendo voltar à vida de antes. Jesus vai ao encontro deles, e a crise é superada, embora não completamente resolvida.



sexta-feira, 20 de abril de 2012

João 6, 1-15 Jesus sacia a fome do povo.

* 1 Depois disso, Jesus foi para a outra margem do mar da Galiléia, também chamado Tiberíades. 2 Uma grande multidão seguia Jesus porque as pessoas viram os sinais que ele fazia, curando os doentes. 3 Jesus subiu a montanha e sentou-se aí com seus discípulos. 4 Estava próxima a Páscoa, festa dos judeus. 5 Jesus ergueu os olhos e viu uma grande multidão que vinha ao seu encontro.
Então Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para eles comerem?” 6 Jesus falou assim para testar Filipe, pois sabia muito bem o que ia fazer. 7 Filipe respondeu: “Nem meio ano de salário bastaria para dar um pedaço para cada um.” 8 Um discípulo de Jesus, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9 “Aqui há um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas, o que é isso para tanta gente?”
10 Então Jesus disse: “Falem para o povo sentar.” Havia muita grama nesse lugar e todos sentaram. Estavam aí cinco mil pessoas, mais ou menos. 11 Jesus pegou os pães, agradeceu a Deus e distribuiu aos que estavam sentados. Fez a mesma coisa com os peixes. E todos comeram o quanto queriam. 12 Quando ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolham os pedaços que sobraram, para não se desperdiçar nada.” 13 Eles recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães que haviam comido.
14 As pessoas viram o sinal que Jesus tinha realizado e disseram: “Este é mesmo o Profeta que devia vir ao mundo.” 15 Mas Jesus percebeu que iam pegá-lo para fazê-lo rei. Então ele se retirou sozinho, de novo, para a montanha.
Comentário:
* 6,1-15: Jesus propõe a missão da sua comunidade: ser sinal do amor generoso de Deus, assegurando para todos a possibilidade de subsistência e dignidade. A segurança da subsistência não está no muito que poucos possuem e retêm para si, mas no pouco de cada um que é repartido entre todos. A garantia da dignidade não se encontra no poder de um líder que manda, mas no serviço de cada um que organiza a comunidade para o bem de todos.



quinta-feira, 19 de abril de 2012

João 3, 31-36 O Pai entregou tudo a Jesus.

* 31 “Aquele que vem do alto, está acima de todos. Quem é da terra, pertence à terra e fala como terrestre. Aquele que vem do céu, 32 dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. 33 E quem aceita o seu testemunho, comprova que Deus é verdadeiro.
34 De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o Espírito sem medida. 35 O Pai ama o Filho, e entregou tudo em sua mão. 36 Aquele que acredita no Filho, possui a vida eterna. Quem rejeita o Filho nunca verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele.”
Comentário:
* 31-36: Jesus veio de junto do Pai, e só ele revela o verdadeiro Deus que dá vida aos homens. Quem não aceita o testemunho de Jesus, acaba servindo os ídolos do mundo e correndo para a morte.