domingo, 11 de dezembro de 2011

1 Tessalonicenses 5, 16-24 Conselhos diversos.

16 Estejam sempre alegres, 17 rezem sem cessar. 18 Dêem graças em todas as circunstâncias, porque esta é a vontade de Deus a respeito de vocês em Jesus Cristo. 19 Não extingam o Espírito, 20 não desprezem as profecias; 21 examinem tudo e fiquem com o que é bom. 22 Fiquem longe de toda espécie de mal.
Saudações finais - 23 Que o próprio Deus da paz conceda a vocês a plena santidade. Que o espírito, alma e corpo de vocês sejam conservados de modo irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 24 Quem chamou vocês é fiel e realizará tudo isso.
Comentário:
12-22: Paulo termina a carta com diversos conselhos para a construção e crescimento da comunidade: respeitar os que têm o encargo de dirigir, ajudar os irmãos que estão em dificuldade, viver em clima de alegria e oração. Os vv. 19-21 convidam os cristãos a exercitar o discernimento e espírito crítico, para se tornarem capazes de reconhecer e assimilar o bem, onde quer que este se encontre.
23-28: Espírito, alma e corpo (v. 23) significam aqui o homem inteiro na sua vida concreta, participando do Espírito de Deus.

João 1, 6-8.19-28 Jesus é a Palavra que revela Deus aos homens.

6 Apareceu um homem enviado por Deus, que se chamava João. 7 Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. 8 Ele não era a luz, mas apenas a testemunha da luz.
A testemunha não é o Salvador - 19 O testemunho de João foi assim. As autoridades dos judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntarem a João: “Quem é você?” 20 João confessou e não negou. Ele confessou: “Eu não sou o Messias.”
21 Eles perguntaram: “Então, quem é você? Elias?” João disse: “Não sou.” Eles perguntaram: “Você é o Profeta?” Ele respondeu: “Não.” Então perguntaram: 22 “Quem é você? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. Quem você diz que é?” 23 João declarou: “Eu sou uma voz gritando no deserto: ‘Aplainem o caminho do Senhor’, como disse o profeta Isaías.”
24 Os que tinham sido enviados eram da parte dos fariseus. 25 E eles continuaram perguntando: “Então, por que é que você batiza, se não é o Messias, nem Elias, nem o Profeta?” 26 João respondeu: “Eu batizo com água, mas no meio de vocês existe alguém que vocês não conhecem, 27 e que vem depois de mim. Eu não mereço nem sequer desamarrar a correia das sandálias dele.”
28 Isso aconteceu em Betânia, na outra margem do Jordão, onde João estava batizando.
Comentário:
1-18: O Prólogo de João lembra a introdução do Gênesis (1,1-31; 2,1-4a). No começo, antes da criação, o Filho de Deus já existia em Deus, voltado para o Pai: estava em Deus, como a Expressão de Deus, eterna e invisível. O Filho é a Imagem do Pai, e o Pai se vê totalmente no Filho, ambos num eterno diálogo e mútua comunicação.
A Palavra é a Sabedoria de Deus vislumbrada nas maravilhas do mundo e no desenrolar da história, de modo que, em todos os tempos, os homens sempre tiveram e têm algum conhecimento dela.
Jesus, Palavra de Deus, é a luz que ilumina a consciência de todo homem. Mas, para onde nos conduziria essa luz? A Bíblia toda afirma que Deus é amor e fidelidade. Levado pelo seu imenso amor e fiel às suas promessas, Deus quis introduzir os homens onde jamais teriam pensado: partilhar a própria vida e felicidade de Deus. E para isso a Palavra se fez homem e veio à sua própria casa, neste seu mundo.
A humanidade já não está condenada a caminhar cegamente, guiando-se por pequenas luzes no meio das trevas, por pequenas manifestações de Deus, mas pelo próprio Jesus, Manifestação total de Deus. Com efeito, Jesus Cristo, que é a luz, veio para tornar filhos de Deus todos os homens. Um só é o Filho, porém, todos podem tornar-se bem mais do que filhos adotivos: nasceram de Deus.
Deus tinha dado uma lei por meio de Moisés. E todos os judeus achavam que essa lei era o maior presente de Deus. Na realidade, era bem mais o que Deus tinha reservado para todos. Porque Jesus, o Deus Filho, o verdadeiro e total Dom do Pai, é o único que pode falar de Deus Pai, porque comunica o amor e a fidelidade do Deus que dá a vida aos homens.
19-28: Quando João Batista começou a pregação, os judeus estavam esperando o Messias, que iria libertá-los da miséria e da dominação estrangeira. João anunciava que a chegada do Messias estava próxima e pedia a adesão do povo, selando-a com o batismo. As autoridades religiosas estavam preocupadas e mandaram investigar se João pretendia ser ele o Messias. João nega ser o Messias, denuncia a culpa das autoridades, e dá uma notícia inquietante: o Messias já está presente a fim de inaugurar uma nova era para o povo.
Messias é o nome que os judeus davam ao Salvador esperado. Também o chamavam o Profeta. E, conforme se acreditava, antes de sua vinda deveria reaparecer o profeta Elias.
João Batista é a testemunha que tem como função preparar o caminho para os homens chegarem até Jesus. Ora, a testemunha deve ser sincera, e não querer o lugar da pessoa que ela está testemunhando.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Mateus 17, 10-13 A morte de João Batista é sinal da morte de Jesus.

10 Os discípulos de Jesus lhe perguntaram: “O que querem dizer os doutores da Lei, quando falam que Elias deve vir antes?” 11 Jesus respondeu: “Elias vem para colocar tudo em ordem. 12 Mas eu digo a vocês: Elias já veio, e eles não o reconheceram. Fizeram com ele tudo o que quiseram. E o Filho do Homem será maltratado por eles do mesmo modo.” 13 Então os discípulos compreenderam que Jesus falava de João Batista.
Comentário:
10-13: A missão de João Batista era anunciar os tempos messiânicos, realizando o que se esperava com a vinda de Elias. A missão do Batista, porém, não foi reconhecida pelas autoridades do povo, e a trágica morte dele mostra como se realizará a missão do próprio Jesus.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mateus 11, 16-19 A ação testemunha a vontade de Deus.

16 “Com quem eu vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que se dirigem aos colegas, e dizem: 17 ‘Tocamos flauta e vocês não dançaram, cantamos uma música triste e vocês não bateram no peito’. 18 Veio João, que não come nem bebe, e disseram: ‘Ele está com um demônio’. 19 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos cobradores de impostos e dos pecadores’. Mas, a sabedoria foi justificada por suas obras.”
Comentário:
16-19: O povo do tempo de Jesus comporta-se de maneira infantil: acusa João Batista de louco, porque é severo demais; acusa Jesus de boa-vida, porque parece muito condescendente. No entanto, se esquece de examinar as ações de João e de Jesus, que testemunham a realização da vontade de Deus.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Efésios 1, 3-6.11-12 A graça não tem limites.

3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo:
Ele nos abençoou com toda bênção espiritual,
no céu, em Cristo.
4 Ele nos escolheu em Cristo
antes de criar o mundo
para que sejamos santos e sem defeito
diante dele, no amor.
5 Ele nos predestinou para sermos
seus filhos adotivos
por meio de Jesus Cristo,
conforme a benevolência de sua vontade,
6* para o louvor da sua glória
e da graça que ele derramou abundantemente sobre nós
por meio de seu Filho querido.
11 Em Cristo recebemos nossa parte na herança,
conforme o projeto daquele que tudo conduz
segundo a sua vontade:
fomos predestinados
12 a ser o louvor da sua glória,
nós, que já antes esperávamos em Cristo.
Comentário:
3-14: Paulo desenvolve um hino de louvor em forma de “bênção”, freqüente no Antigo Testamento. O louvor é uma resposta do homem ao Deus que se manifesta através de um ato de salvação ou mediante a revelação de um mistério.
Deus Pai é o sujeito e a fonte de toda a ação criadora e salvadora. E tudo o que Deus Pai realiza no homem e no mundo, ele o faz mediante o seu Filho Jesus Cristo: escolhe (vv. 4-5), liberta (vv. 6-7), reúne tudo em Cristo (vv. 8-10), entrega a herança prometida (vv. 11-12) e concede o dom do Espírito Santo (vv. 13-14).
6: A expressão “para o louvor da sua glória” (cf. vv. 12 e 14) mostra que o sentido último da vida humana é louvar a Deus. O louvor é, portanto, ato de consciência: declarando Deus como o único absoluto, o homem reconhece que as criaturas são relativas. O louvor cabe somente a Deus.

Lucas 1, 26-38 O Messias vai chegar .

26 No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. 27 Foi a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José, que era descendente de Davi. E o nome da virgem era Maria. 28 O anjo entrou onde ela estava, e disse: “Alegre-se, cheia de graça! O Senhor está com você!” 29 Ouvindo isso, Maria ficou preocupada, e perguntava a si mesma o que a saudação queria dizer. 30 O anjo disse: “Não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. 31 Eis que você vai ficar grávida, terá um filho, e dará a ele o nome de Jesus. 32 Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. E o Senhor dará a ele o trono de seu pai Davi, 33 e ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó. E o seu reino não terá fim.” 34 Maria perguntou ao anjo: “Como vai acontecer isso, se não vivo com nenhum homem?” 35 O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus. 36 Olhe a sua parenta Isabel: apesar da sua velhice, ela concebeu um filho. Aquela que era considerada estéril, já faz seis meses que está grávida. 37 Para Deus nada é impossível.” 38 Maria disse: “Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” E o anjo a deixou.
Comentário:
26-38: Maria é outra representante da comunidade dos pobres que esperam pela libertação. Dela nasce Jesus Messias, o Filho de Deus. O fato de Maria conceber sem ainda estar morando com José indica que o nascimento do Messias é obra da intervenção de Deus. Aquele que vai iniciar nova história surge dentro da história de maneira totalmente nova.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Mateus 11, 28-30 Os pobres evangelizam.

28 Venham para mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso. 29 Carreguem a minha carga e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas. 30 Porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve.”
Comentário:
25-30: Com sua palavra e ação, Jesus revela a vontade do Pai, que é instaurar o Reino. Contudo, os sábios e inteligentes não são capazes de perceber a presença do Reino e sua justiça através de Jesus. Ao contrário, os desfavorecidos e os pobres é que conseguem penetrar o sentido dessa atividade de Jesus e continuá-la. Jesus veio tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes haviam criado para o povo. Em troca, ele traz novo modo de viver na justiça e na misericórdia: doravante, os pobres serão evangelizados e partirão para evangelizar.