terça-feira, 12 de outubro de 2010

Joao 2, 1-11 Primeiro sinal: Jesus muda a água em vinho. Vida nova para os homens.

1 No terceiro dia, houve uma festa de casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava aí. 2 Jesus também tinha sido convidado para essa festa de casamento, junto com seus discípulos.
3 Faltou vinho e a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho!” 4 Jesus respondeu: “Mulher, que existe entre nós? Minha hora ainda não chegou.” 5 A mãe de Jesus disse aos que estavam servindo: “Façam o que ele mandar.”
6 Havia aí seis potes de pedra de uns cem litros cada um, que serviam para os ritos de purificação dos judeus. 7 Jesus disse aos que serviam: “Encham de água esses potes.” Eles encheram os potes até a boca. 8 Depois Jesus disse: “Agora tirem e levem ao mestre-sala.” Então levaram ao mestre-sala.
9 Este provou a água transformada em vinho, sem saber de onde vinha. Os que serviam estavam sabendo, pois foram eles que tiraram a água. Então o mestre-sala chamou o noivo 10 e disse: “Todos servem primeiro o vinho bom e, quando os convidados estão bêbados, servem o pior. Você, porém, guardou o vinho bom até agora.”
11 Foi assim, em Caná da Galiléia, que Jesus começou seus sinais. Ele manifestou a sua glória, e seus discípulos acreditaram nele.
Comentério:
1-12: Segundo João, a primeira semana de Jesus termina com a festa de casamento em Caná. João relata este episódio por causa do seu aspecto simbólico: o casamento é o símbolo da união de Deus com a humanidade, realizada de maneira definitiva na pessoa de Jesus, Deus-e-Homem. Sem Jesus, a humanidade vive uma festa de casamento sem vinho. Maria, aliviando a situação constrangedora, simboliza a comunidade que nasce da fé em Jesus, e as últimas palavras que ela diz neste evangelho são um convite: “Façam o que Jesus mandar.” Jesus diz que a sua hora ainda não chegou, pois só acontecerá na sua morte e ressurreição, quando ele nos reconcilia com Deus.
Jesus utilizou a água que os judeus usavam para as purificações. Os judeus estavam cegos pela preocupação de não se mancharem, e sua religião multiplicava os ritos de purificação. Mas Jesus transformou a água em vinho! É que a religião verdadeira não se baseia no medo do pecado. O importante é receber de Jesus o Espírito. Este, como vinho generoso, faz a gente romper com as normas que aprisionam e com a mesquinhez da nossa própria sabedoria.
O episódio de Caná é uma espécie de resumo daquilo que vai acontecer através de toda a atividade de Jesus: com sua palavra e ação, Jesus transforma as relações dos homens com Deus e dos homens entre si.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Lucas 11, 29-32 O grande sinal.

29 Quando as multidões se reuniram, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. 30 De fato, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31 No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará contra os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão. 32 No dia do julgamento, os homens da cidade de Nínive ficarão de pé contra esta geração. Porque eles fizeram penitência quando ouviram Jonas pregar. E aqui está quem é maior do que Jonas.”
Comentário:
29-32: Não é um sinal maravilhoso que leva os homens à conversão, e sim a adesão ao projeto da nova história, manifestado na palavra de Jesus.

domingo, 10 de outubro de 2010

2 Timóteo 2, 8-13 Louvor ao mártir.

8 Lembre-se de que Jesus Cristo, descendente de Davi, ressuscitou dos mortos. Esse é o meu Evangelho, 9 e por causa do qual eu sofro, a ponto de estar acorrentado como um malfeitor. Mas a palavra de Deus não está algemada. 10 É por isso que tudo suporto por causa dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Jesus Cristo, com a glória eterna. 11 Estas palavras são certas:
Se com ele morremos,
com ele viveremos;
12 se com ele sofremos,
com ele reinaremos.
Se nós o renegamos,
também ele nos renegará.
13 Se lhe formos infiéis,
ele permanece fiel,
pois não pode renegar a si mesmo.
Comentário:
8-13: Timóteo é convidado a viver como testemunha da ressurreição. A seguir, é recordado um hino batismal (vv. 11-13): neste se afirma o compromisso com uma prática que seja coerente com a fé recebida.

Lucas 17, 11-19 Fé e gratidão.

11 Caminhando para Jerusalém, aconteceu que Jesus passava entre a Samaria e a Galiléia. 12 Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos foram ao encontro dele. Pararam de longe, e gritaram: 13 “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” 14 Ao vê-los, Jesus disse: “Vão apresentar-se aos sacerdotes.” Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. 15 Ao perceber que estava curado, um deles voltou atrás dando glória a Deus em alta voz. 16 Jogou-se no chão, aos pés de Jesus, e lhe agradeceu. E este era um samaritano. 17 Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? 18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” 19 E disse a ele: “Levante-se e vá. Sua fé o salvou.”
Comentário:
11-19: O ponto alto da narrativa é a fé do samaritano. É fé madura: nasce da esperança (vv. 12-13), cresce na obediência à palavra de Jesus (v. 14) e se manifesta na gratidão (v. 16). Com isso, ele não só recebe a cura, mas é salvo. Sua vida chega à plenitude, ao reconhecer que em Jesus o amor de Deus leva os homens a viver na alegria da gratidão. A vida que Deus dá em Jesus Cristo é gratuita, é graça.

sábado, 9 de outubro de 2010

Lucas 11, 27-28 A verdadeira felicidade.

27 Enquanto Jesus dizia essas coisas, uma mulher levantou a voz no meio da multidão, e lhe disse: “Feliz o ventre que te carregou, e os seios que te amamentaram.” 28 Jesus respondeu: “Mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática.”
Comentário:
27-28: Acolher a palavra de Jesus é dom maior do que o simples fato de ser mãe dele.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Lucas 11, 15-26 Jesus é mais forte do que Satanás.

15 Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios.” 16 Outros, para tentar Jesus, pediram-lhe um sinal do céu. 17 Mas, conhecendo o pensamento deles, Jesus disse: “Todo reino dividido em grupos que lutam entre si, será destruído; e uma casa cairá sobre outra. 18 Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como o seu reino poderá sobreviver? Vocês dizem que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19 Se é através de Belzebu que eu expulso os demônios, através de quem os filhos de vocês expulsam os demônios? Por isso, eles mesmos hão de julgar vocês. 20 Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus chegou para vocês. 21 Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os bens dele estão em segurança. 22 Mas, quando chega um homem mais forte do que ele e o vence, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. 23 Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa.”
Pior do que antes – “Quando um espírito mau sai de um homem, fica vagando em lugares desertos à procura de repouso, e não encontra. Então diz: ‘Vou voltar para a casa de onde saí’. 25 Quando ele chega, encontra a casa varrida e arrumada. 26 Então ele vai, e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. Eles entram, moram aí e, no fim, esse homem fica em condição pior do que antes.”
Comentário:
14-23: A cura do endemoninhado mostra que a ação de Jesus consiste em libertar o homem da alienação que o impede de falar. A ação de Jesus testemunha a chegada do Reino de Deus, pois para vencer Satanás é preciso ser mais forte do que ele. Mas Jesus é, ao mesmo tempo, a presença da salvação e do julgamento: quem não age com Jesus, torna-se adversário.
24-26: Cf. nota em Mt 12,43-45.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Lucas 1, 26-38 O Messias vai chegar.

6 No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. 27 Foi a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José, que era descendente de Davi. E o nome da virgem era Maria. 28 O anjo entrou onde ela estava, e disse: “Alegre-se, cheia de graça! O Senhor está com você!” 29 Ouvindo isso, Maria ficou preocupada, e perguntava a si mesma o que a saudação queria dizer. 30 O anjo disse: “Não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. 31 Eis que você vai ficar grávida, terá um filho, e dará a ele o nome de Jesus. 32 Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. E o Senhor dará a ele o trono de seu pai Davi, 33 e ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó. E o seu reino não terá fim.” 34 Maria perguntou ao anjo: “Como vai acontecer isso, se não vivo com nenhum homem?” 35 O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus. 36 Olhe a sua parenta Isabel: apesar da sua velhice, ela concebeu um filho. Aquela que era considerada estéril, já faz seis meses que está grávida. 37 Para Deus nada é impossível.” 38 Maria disse: “Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” E o anjo a deixou.
Comentário:
26-38: Maria é outra representante da comunidade dos pobres que esperam pela libertação. Dela nasce Jesus Messias, o Filho de Deus. O fato de Maria conceber sem ainda estar morando com José indica que o nascimento do Messias é obra da intervenção de Deus. Aquele que vai iniciar nova história surge dentro da história de maneira totalmente nova.