sábado, 18 de julho de 2009

Mateus 12, 14-21 A missão do Servo de Javé.

14 Logo depois, os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. 15 Jesus soube disso, e foi embora desse lugar. Numerosas multidões o seguiram, e ele curou a todos. 16 Jesus ordenou que não dissessem quem ele era. 17 Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 18 “Eis aqui o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual minha alma se compraz. Colocarei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará o julgamento às nações. 19 Não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. 20 Não esmagará a cana quebrada, nem apagará o pavio que ainda fumega, até que leve o julgamento à vitória. 21 E em seu nome as nações depositarão a sua esperança.”
Comentários:
9-14: Cf. nota em Mc 3,1-6. Jesus sabe que os fariseus permitem salvar um animal em dia de sábado. E propõe um caso de consciência: um homem não vale mais do que um animal?
15-21: Jesus não é um demagogo que exige publicidade para suas ações. Ele é o Servo de Javé, isto é, o novo mediador que traz e garante para todos os homens a salvação misericordiosa de Deus.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Mateus 12, 1-8 Jesus é o Senhor do sábado.

1 Naquele tempo, Jesus passou por uns campos de trigo, num dia de sábado. Seus discípulos ficaram com fome, e começaram a apanhar espigas para comer. 2 Vendo isso, os fariseus disseram: “Eis que os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer em dia de sábado!” 3 Jesus perguntou aos fariseus: “Vocês nunca leram o que Davi e seus companheiros fizeram, quando estavam sentindo fome? 4 Como ele entrou na casa de Deus, e eles comeram os pães oferecidos a Deus? Ora, nem para Davi, nem para os que estavam com ele, era permitido comer os pães reservados apenas aos sacerdotes. 5 Ou vocês não leram também, na Lei, que em dia de sábado, no Templo, os sacerdotes violam o sábado, sem cometer falta? 6 Pois eu digo a vocês: aqui está quem é maior do que o Templo. 7 Se vocês tivessem compreendido o que significa: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’, vocês não teriam condenado estes homens que não estão em falta. 8 Portanto, o Filho do Homem é senhor do sábado.”
Comentário:
1-8: Cf. nota em Mc 2,23-28. Mateus acrescenta um exemplo para mostrar que a lei do sábado não é absoluta. Jesus, como nova presença de Deus entre os homens, é maior do que o Templo, e é senhor do sábado. Por isso, ele tem poder para relativizar a lei, propondo a misericórdia como atitude fundamental de Deus para com os homens.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mateus 12, 46-50 Uma nova geração.

46 Jesus ainda estava falando às multidões. Sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47 Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estãofora, e querem falar contigo.” 48 Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” 49 E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos, 50 pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”
Comentário:
46-50: Cf. nota em Mc 3,31-35. Mateus salienta que a família de Jesus são os seus discípulos, isto é, a comunidade que já se dispôs a segui-lo. São eles que aprendem os ensinamentos de Jesus, para levá-los aos outros; são eles que trilham o caminho da vontade do Pai, isto é, a obediência à radicalização da Lei proposta por Jesus. Desse modo, começa nova geração, diferente da geração má dos fariseus.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mateus 11, 25- 27 O MISTÉRIO DO REINO. Parte narrativa: A oposição a Jesus.Os pobres evangelizam.

25 Naquele tempo, Jesus disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. 26 Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27 Meu Pai entregou tudo a mim. Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar.
28
Venham para mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso. 29 Carreguem a minha carga e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas. 30 Porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve.”
Comentário:
25-30: Com sua palavra e ação, Jesus revela a vontade do Pai, que é instaurar o Reino. Contudo, os sábios e inteligentes não são capazes de perceber a presença do Reino e sua justiça através de Jesus. Ao contrário, os desfavorecidos e os pobres é que conseguem penetrar o sentido dessa atividade de Jesus e continuá-la. Jesus veio tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes haviam criado para o povo. Em troca, ele traz novo modo de viver na justiça e na misericórdia: doravante, os pobres serão evangelizados e partirão para evangelizar.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Mateus 11, 20-24 O MISTÉRIO DO REINO. Parte narrativa: A oposição a Jesus. O julgamento da auto-suficiência.

20 Então Jesus começou a falar contra as cidades onde havia realizado a maior parte de seus milagres, porque elas não tinham se convertido. 21 Ele dizia: “Ai de você, Corazin! Ai de você, Betsaida! Porque, se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no meio de vocês, muito tempo elas teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinzas. 22 Pois bem! Eu digo a vocês: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura que vocês. 23 E você, Cafarnaum! Será erguida até o céu? Será jogada é no inferno, isso sim! Porque, se em Sodoma tivessem acontecido os milagres que foram realizados no meio de você, ela existiria até o dia de hoje! 24 Eu lhe digo: no dia do julgamento, Sodoma terá uma sentença menos dura que você!”
Comentário:
20-24: Corazin, Betsaida e Cafarnaum são exemplos da auto-suficiência e orgulho que não reconhecem a presença do Reino nas ações realizadas por Jesus. Por isso serão julgadas com mais severidade do que as cidades pagãs de Tiro, Sidônia e Gomorra, símbolos da perdição.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Marcos 10, 34-11,1 Discurso: A missão dos discípulos. Perseverança em meio ao conflito.

34“Não pensem que eu vim trazer paz à terra; eu não vim trazer a paz, e sim a espada. 35 De fato, eu vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra. 36 E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares. 37 Quem ama seu pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. 38 Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. 39 Quem procura conservar a própria vida, vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.”
Jesus se identifica com os pequeninos . 40 “
Quem recebe a vocês, recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41 Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo. 42 Quem der ainda que seja apenas um copo de água fria a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, eu garanto a vocês: não perderá a sua recompensa.”
Jesus é o Messias? 1
Quando Jesus terminou de dar essas instruções aos seus doze discípulos, partiu daí, a fim de ensinar e pregar nas cidades deles.
Comentários:
34-39: O anúncio da verdade provoca divisão e exige tomada de posição: uns aceitam, outros rejeitam. Os discípulos, porém, devem permanecer firmes no compromisso com Jesus, seguindo-o até o fim. Nem os laços familiares, nem as ameaças à própria vida, nada pode impedir o discípulo de testemunhar a justiça do Reino.
40-42: Os discípulos enviados para a missão são os “pequeninos”; Jesus se identifica com a pessoa deles, porque eles levam ao mundo a sua palavra e ação.
11,1-6: Será que Jesus é verdadeiramente o Messias esperado? A resposta não é dada em palavras, porque o messianismo não é simples idéia ou teoria. É uma atividade concreta que realiza o que se espera da era messiânica: a libertação dos pobres e oprimidos.

domingo, 12 de julho de 2009

Marcos 6, 7-13 A CEGUEIRA DOS DISCÍPULOS. A missão dos discípulos.

Comentário:
6b-13: Os discípulos são enviados para continuar a missão de Jesus: pedir mudança radical da orientação de vida (conversão), desalienar as pessoas (libertar dos demônios), restaurar a vida humana (curas). Os discípulos devem estar livres, ter bom senso e estar conscientes de que a missão vai provocar choque com os que não querem transformações.