sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Mateus 22, 34-40 O centro da vida.


* 34 Os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito os saduceus se calarem. Então eles se reuniram em grupo, 35 e um deles perguntou a Jesus para o tentar: 36 “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” 37 Jesus respondeu: “Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, e com todo o seu entendimento. 38 Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39 O segundo é semelhante a esse: Ame ao seu próximo como a si mesmo. 40 Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos.”
Comentário:
* 34-40: Cf. nota em Mc 12,28-34 O centro da vida -* 28 Um doutor da Lei estava aí, e ouviu a discussão. Vendo que Jesus tinha respondido bem, aproximou-se dele e perguntou: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29 Jesus respondeu: “O primeiro mandamento é este: Ouça, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor! 30 E ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todo o seu entendimento e com toda a sua força. 31 O segundo mandamento é este: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.”
32 O doutor da Lei disse a Jesus: Muito bem, Mestre! Como disseste, ele é, na verdade, o único Deus, e não existe outro além dele. 33 E amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo, é melhor do que todos os holocaustos e do que todos os sacrifícios.” 34 Jesus viu que o doutor da Lei tinha respondido com inteligência, e disse: Você não está longe do Reino de Deus.” E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.
Adversários de Jesus, os fariseus se reúnem para elaborar uma pergunta matreira, com a qual pretendem embaralhar a cabeça de Jesus. A pergunta se explica porque os fariseus contavam 613 preceitos na Lei, dos quais 365 eram proibições, e 248 mandamentos. Tinham que saber e praticar todos. Era, então, necessário estabelecer
uma escala de valores, porque o primeiro deveria reger os demais. Qual é o mandamento que, ao mesmo tempo, resume tudo e leva a observar toda a Lei? Jesus responde citando Deuteronômio 6,5 e Levítico 19,18. Com isso integra amor a Deus com amor ao próximo. Quem ama a Deus com total entrega de si mesmo também se entrega totalmente aos que são imagem e semelhança de Deus. Este é o ensinamento fundamental de Jesus.
Oração
Ó Jesus Mestre, diante da pergunta provocativa do fariseu, respondes com determinação sobre a centralidade do amor: amar a Deus acima de tudo e amar ao próximo como a si mesmo. Senhor, nossa vida seja reflexo e testemunho destas duas faces do amor: a Deus e ao próximo. Amém.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Mateus 22, 1-14 O novo povo de Deus.


* 1 Jesus voltou a falar em parábolas aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo. 2 Ele dizia: “O Reino do Céu é como um rei que preparou a festa de casamento do seu filho. 3 E mandou seus empregados chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram ir. 4 O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Falem aos convidados que eu preparei o banquete, os bois e animais gordos foram abatidos, e tudo está pronto. Que venham para a festa’. 5 Mas os convidados não deram a menor atenção; um foi para o seu campo, outro foi fazer os seus negócios, 6 e outros agarraram os empregados, bateram neles, e os mataram. 7 Indignado, o rei mandou suas tropas, que mataram aqueles assassinos, e puseram fogo na cidade deles.
8 Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não a mereceram. 9 Portanto, vão até as encruzilhadas dos caminhos, e convidem para a festa todos os que vocês encontrarem’. 10 Então os empregados saíram pelos caminhos, e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados.
11 Quando o rei entrou para ver os convidados, observoualguém que não estava usando o traje de festa. 12 E lhe perguntou: ‘Amigo, como foi que você entrou aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu. 13 Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrem os pés e as mãos desse homem, e o joguem fora na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes’. 14 Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos.”
Comentário:
A parábola nos ajuda a reler a história de Israel e da Igreja. Os primeiros convidados representam o povo eleito, sobretudo as autoridades religiosas. Recusaram-se a ouvir os apelos de conversão ao longo dos séculos. A destruição de Jerusalém no ano 70 foi vista como resposta de Deus ao desprezo das elites por seu Filho Jesus, que havia predito: “Jerusalém será pisada pelos gentios” (Lc 21,24). O segundo grupo de convidados pertence às camadas sociais inferiores, os pobres, entre os quais os pagãos. Estes formam o novo povo de Deus, a Igreja. A veste nupcial é figura da prática da justiça, condição para manter-se fiel a Jesus Cristo e fazer parte do seu Reino. Não basta o título de cristão: é necessário viver em coerência com a vida cristã assumida.
Oração
Ó Jesus, aos dirigentes do povo contas a parábola do banquete: um resumo da História da Salvação, na qual eles tiveram papel negativo. Cegos e surdos às advertências de Deus, responderam com rebeldia. Concede-nos, Senhor, um coração agradecido diante das maravilhas que realizas para o nosso bem. Amém.