segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Marcos 3, 22-30 O pecado sem perdão.



22 Alguns doutores da Lei, que tinham ido de Jerusalém, diziam: “Ele está possuído por Belzebu”; e também: “É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios.”
23 Então Jesus chamou as pessoas e falou com parábolas: “Como é que Satanás pode expulsar Satanás? 24 Se um reino se divide em grupos que lutam entre si, esse reino acabará se destruindo; 25 se uma família se divide em grupos que brigam entre si, essa família não poderá durar. 26 Portanto, se Satanás se levanta e se divide em grupos que lutam entre si, ele não poderá sobreviver, mas também será destruído. 27 Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar suas coisas, se antes não amarrar o homem forte. Só depois poderá roubar a sua casa. 28 Eu garanto a vocês: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados como as blasfêmias que tiverem dito. 29 Mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, pois a culpa desse pecado dura para sempre.” 30 Jesus falou isso porque estavam dizendo: “Ele está possuído por um espírito mau.”
Comentário:
No episódio anterior, os parentes de Jesus chegaram para impedir sua atividade, pois suspeitavam que ele estivesse “louco”. Agora vem uma carga mais pesada. Efetiva campanha de difamação. Trata-se de uma comitiva oficial. São os doutores da Lei, “descidos de Jerusalém”. Querem desqualificar a pessoa e a obra de Jesus. A acusação é gravíssima, como se Jesus fosse o agente do rival satanás (v. 22). Jesus pede que eles se aproximem para ouvir bem, e demonstra que o argumento deles é falho (v. 23). Atribuir a satanás o que é ação de Deus é blasfemar contra o Espírito Santo. Maior não é o chefe dos demônios; maior é Jesus que age pela força do Espírito Santo. Não aceitar essa verdade é negar a evidência, é não acolher Jesus, é pecar contra o Espírito Santo.

domingo, 21 de janeiro de 2018

Marcos 1, 14-20 A pregação de Jesus.



* 14 Depois que João Batista foi preso, Jesus voltou para a Galiléia, pregando a Boa Notícia de Deus: 15 “O tempo se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e acreditem na Boa Notícia.”
Seguir a Jesus é comprometer-se -* 16 Ao passar pela beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e seu irmão André; estavam jogando a rede ao mar, pois eram pescadores. 17 Jesus disse para eles: Sigam-me, e eu farei vocês se tornarem pescadores de homens.”18 Eles imediatamente deixaram as redes e seguiram a Jesus.
19 Caminhando mais um pouco, Jesus viu Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes. 20 Jesus logo os chamou. E eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados e partiram, seguindo a Jesus.
Comentário:
João é preso, e assim termina sua jornada. Jesus entra em cena, dirige-se à Galileia e proclama a Boa-nova do Reino de Deus. Cumpriu-se uma etapa e inicia nova era de vida. Grande tarefa a ser cumprida. Para isso chama colaboradores. Começa convocando duas duplas de irmãos, que abandonam a profissão de pescadores e partem imediatamente para a nova missão: pescadores de seres humanos. Jesus não inicia sua atividade na Judeia, em Jerusalém – centro político, religioso e cultural – mas na Galileia, região desvalorizada de gente simples e pobre, mais próxima ao mundo pagão. A partir dos pobres, chega o Reino de Deus. O papa Francisco insiste na necessidade de a Igreja se voltar para os pobres e ir às periferias geográficas e sociais das grandes cidades. Diz ele: “No anúncio evangélico, falar de ‘periferias existenciais’ descentraliza e, habitualmente, temos medo de sair do centro. O discípulo-missionário é um descentrado: o centro é Jesus Cristo, que convoca e envia. O discípulo é enviado para as periferias existenciais”.