domingo, 4 de dezembro de 2011

2 Pedro 3, 8-14 Deus espera a conversão.

8 Há, porém, uma coisa que vocês, amados, não deveriam esquecer: para o Senhor, um dia é como mil anos e mil anos são como um dia. 9 O Senhor não demora para cumprir o que prometeu, como alguns pensam, achando que há demora; é que Deus tem paciência com vocês, porque não quer que ninguém se perca, mas que todos cheguem a se converter. 10 O Dia do Senhor chegará como um ladrão, e então os céus se dissolverão com estrondo, os elementos se derreterão, devorados pelas chamas, e a terra desaparecerá com tudo o que nela se faz.
Novos céus e nova terra - 11 Em vista dessa desintegração universal, qual não deve ser a santidade de vida e piedade de vocês, 12 enquanto esperam e apressam a vinda do Dia de Deus? Nesse dia, ardendo em chamas, os céus se dissolverão, e os elementos se fundirão consumidos pelo fogo. 13 O que nós esperamos, conforme a promessa dele, são novos céus e nova terra, onde habitará a justiça.
Conclusão - 14 Por isso, queridos irmãos, durante este tempo de espera, esforcem-se para que Deus os encontre sem mancha e sem culpa, vivendo em paz.
Comentário:
1-10: Duas gerações de cristãos haviam esperado a vinda eminente de Jesus, e isso os ajudava a serem mais comprometidos na própria fé. Diante da demora, os falsos mestres semeiam a dúvida, dizendo que tudo continua como antes. A isso o autor responde, mostrando que Deus não mede o tempo como nós; e, de outro lado, que o tempo se torna longo para ser como sinal de que Deus está dando a todos oportunidade de conversão. Quanto ao fim do mundo, ninguém sabe quando acontecerá. É preciso vigiar, pois “esse dia chegará como um ladrão”.
11-16: Assim como Deus espera pacientemente que os pecadores se convertam antes do julgamento final, do mesmo modo os que se convertem aceleram a vinda da plenitude do Reino. Não se fala propriamente de fim do mundo, mas de uma transformação em “novos céus e nova terra”: a humanidade renovada, onde se realizará nova ordem com justiça.

Marcos 1,1-8 O anúncio da chegada do Messias.

1 Começo da Boa Notícia de Jesus, o Messias, o Filho de Deus.
2 Está escrito no livro do profeta Isaías: “Eis que eu envio o meu mensageiro na tua frente, para preparar o teu caminho. 3 Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas!” 4 E foi assim que João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados. 5 Toda a região da Judéia e todos os moradores de Jerusalém iam ao encontro de João. Confessavam os seus pecados, e João os batizava no rio Jordão.
6 João se vestia com uma pele de camelo, usava um cinto de couro e comia gafanhotos e mel silvestre. 7 E pregava: “Depois de mim, vai chegar alguém mais forte do que eu. E eu não sou digno sequer de me abaixar para desamarrar as suas sandálias. 8 Eu batizei vocês com água, mas ele batizará vocês com o Espírito Santo.”
Comentário:
1: Todo o Evangelho de Marcos é o começo da Boa Notícia que Deus dirige aos homens. Ela continua, em todos os tempos e lugares através daqueles que seguem a Jesus.
2-8: A pregação de João Batista é grande advertência. Ele anuncia a vinda do Messias, que vai provocar uma grande transformação. É preciso estar preparado, purificando-se e mudando o modo de ver a vida e de vivê-la.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Mateus 9, 35-10, 1.6-8 A origem da missão.

35 Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando a Boa Notícia do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36 Vendo as multidões, Jesus teve compaixão, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. 37 Então Jesus disse a seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos! 38 Por isso, peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a colheita.”
Mateus 10, 1.6-8 O núcleo da nova comunidade - 1 Então Jesus chamou seus discípulos e deu-lhes poder para expulsar os espíritos maus, e para curar qualquer tipo de doença e enfermidade.
A missão dos apóstolos - 6 Vão primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel. 7 Vão e anunciem: ‘O Reino do Céu está próximo’. 8 Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça, dêem também de graça!
Comentário:
35-38: Mateus apresenta um resumo da atividade de Jesus (cf. 4,23), mostrando a raiz da ação dele: nasce da visão da realidade, que o leva a compadecer-se, isto é, a sentir junto com o povo cansado e abatido. O trabalho é grande, e necessita de pessoas dispostas a continuar a obra de Jesus. A comunidade deve assumir a preocupação de levar a Boa Notícia do Reino ao mundo inteiro, consciente da necessidade de trabalhadores disponíveis para essa missão divina.
1-4: Os discípulos recebem o mesmo poder de Jesus: desalienar os homens (expulsar demônios) e libertá-los de todos os males (curar doenças). Os doze apóstolos formam o núcleo da nova comunidade, chamada a continuar a palavra e ação de Jesus.
5-15: A missão é reunir o povo para seguir a Jesus, o novo Pastor. Ela se realiza mediante o anúncio do Reino e pela ação que concretiza os sinais da presença do Reino. A missão se desenvolve em clima de gratuidade, pobreza e confiança, e comunica o bem fundamental da paz, isto é, da plena realização de todas as dimensões da vida humana. Os enviados são portadores da libertação; rejeitá-los é rejeitar a salvação e atrair sobre si o julgamento.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mateus 9, 27-31 Jesus faz ver e falar.

27 Quando Jesus saiu dali, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós, filho de Davi.” 28 Jesus chegou em casa, e os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou: “Vocês acreditam que eu posso fazer isso?” Eles responderam: “Sim, Senhor.” 29 Então Jesus tocou os olhos deles, dizendo: “Que aconteça conforme vocês acreditaram.” E os olhos deles se abriram. 30 Então Jesus lhes ordenou: “Tomem cuidado para que ninguém fique sabendo.” 31 Mas eles saíram, e espalharam a notícia por toda aquela região.
Comentário:
27-34: A justiça do Reino liberta os homens para o discernimento (ver) e expulsa a alienação (demônio) que impede de dizer a palavra que transforma a realidade. A justiça libertadora, porém, provoca a oposição daqueles que querem apossar-se da salvação, para restringi-la a pequeno grupo de privilegiados.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mateus 7, 21.24-27 A fé é uma prática.

21 “Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino do Céu. Só entrará aquele que põe em prática a vontade do meu Pai, que está no céu.
Passar para a ação -24 “Portanto, quem ouve essas minhas palavras e as põe em prática, é como o homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. 25 Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas a casa não caiu, porque fora construída sobre a rocha.
26 Por outro lado, quem ouve essas minhas palavras e não as põe em prática, é como o homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, e a casa caiu, e a sua ruína foi completa!”
Comentário:
21-23: Nem mesmo o ato de fé mais profundo da comunidade, que é o reconhecimento de Jesus como o Senhor, faz que alguém entre no Reino. Se o ato de fé pela palavra não for acompanhado de ações, é vazio e sem sentido. A expressão “naquele dia” indica o Juízo final e nos remete a Mt 25,31-46, onde são mostradas as ações que qualificam o autêntico reconhecimento de Jesus como Senhor.
24-27: Construir a casa sobre a rocha é viver e agir de acordo com a justiça do Reino apresentada no Sermão da Montanha. Construir a casa sobre a areia é ficar na teoria, sem passar para a prática.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Mateus 4, 18-22 Seguir a Jesus é comprometer-se.

18 Jesus andava à beira do mar da Galiléia, quando viu dois irmãos: Simão, também chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando a rede no mar, pois eram pescadores. 19 Jesus disse para eles: “Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de homens.” 20 Eles deixaram imediatamente as redes, e seguiram a Jesus. 21 Indo mais adiante, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. E Jesus os chamou. 22 Eles deixaram imediatamente a barca e o pai, e seguiram a Jesus.
Comentário:
18-22: Cf. nota em Mc 1,16-20 Seguir a Jesus é comprometer-se - 16 Ao passar pela beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e seu irmão André; estavam jogando a rede ao mar, pois eram pescadores. 17 Jesus disse para eles: “Sigam-me, e eu farei vocês se tornarem pescadores de homens.” 18 Eles imediatamente deixaram as redes e seguiram a Jesus.
19 Caminhando mais um pouco, Jesus viu Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes. 20 Jesus logo os chamou. E eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados e partiram, seguindo a Jesus.
16-20: O chamado dos primeiros discípulos é um convite aberto a todos os que ouvem as palavras de Jesus. Simão e André deixam a profissão; Tiago e João deixam a família... Seguir a Jesus implica deixar as seguranças que possam impedir o compromisso com uma ação transformadora.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Lucas 10, 21-24 Os pobres evangelizam.

21 Nessa hora, Jesus se alegrou no Espírito Santo, e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22 Meu Pai entregou tudo a mim. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar.” 23 E Jesus voltou-se para os discípulos, e lhes disse em particular: “Felizes os olhos que vêem o que vocês vêem. 24 Pois eu digo a vocês que muitos profetas quiseram ver o que vocês estão vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que vocês estão ouvindo, e não puderam ouvir.”
Comentário:
21-24: Os sábios e inteligentes não são capazes de perceber em Jesus a presença do Reino. Só os desfavorecidos e pobres conseguem penetrar o sentido da atividade de Jesus e continuá-la.