sexta-feira, 20 de maio de 2011

João 14, 1-6 Jesus é o caminho que leva ao Pai.

1 Jesus continuou dizendo: “Não fique perturbado o coração de vocês. Acreditem em Deus e acreditem também em mim. 2 Existem muitas moradas na casa de meu Pai. Se não fosse assim, eu lhes teria dito, porque vou preparar um lugar para vocês. 3 E quando eu for e lhes tiver preparado um lugar, voltarei e levarei vocês comigo, para que onde eu estiver, estejam vocês também. 4 E para onde eu vou, vocês já conhecem o caminho.” 5 Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais; como podemos conhecer o caminho?” 6 Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim.
Comentário:
1-14: Jesus é o verdadeiro caminho para a vida. Através da encarnação, Deus, doador da vida, se manifesta inteiramente na pessoa e ação de Jesus. A comunidade que segue Jesus não caminha para o fracasso, pois a meta é a vida. Jesus não apresenta apenas uma utopia, mas convida a percorrer um caminho historicamente concreto. Inspirada nos sinais que Jesus realizou, a comunidade criará novos sinais dentro do mundo, abrindo espaços de esperança e vida fraterna.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

João 13, 16-20 Quem segue Jesus deve servir.

16 Eu garanto a vocês: o servo não é maior do que o seu senhor, nem o mensageiro é maior do que aquele que o enviou. 17 Se vocês compreenderam isso, serão felizes se o puserem em prática.”
Jesus é traído por um discípulo - 18 “Eu não falo de todos vocês. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se cumpra o que está na Escritura: ‘Aquele que come pão comigo, é o primeiro a me trair!’ 19 Digo isso agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, vocês acreditem que Eu Sou. 20 Eu garanto a vocês: quem recebe aquele que eu envio, está recebendo a mim, e quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou.”
Comentário:
1-17: A morte de Jesus abre a passagem para o Pai, e testemunha o amor supremo que mostra o sentido de toda a sua vida. O gesto de Jesus é ensinamento: a autoridade só pode ser entendida como função de serviço aos outros. Pedro resiste, porque ainda acredita que a desigualdade é legítima e necessária, e não entende que o amor produz igualdade e fraternidade. Na comunidade cristã existe diferença de funções, mas todas elas devem concorrer para que o amor mútuo seja eficaz. Já não se justifica nenhum tipo de superioridade, mas somente a relação pessoal de irmãos e amigos.
18-30: A longa noite da paixão começa com a traição de Judas, símbolo da traição que pode estar presente dentro da própria comunidade cristã.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

João 12, 44-50 A palavra de Jesus julga os homens.

44 Então Jesus disse, gritando: “Quem acredita em mim, não é em mim que acredita, mas naquele que me enviou. 45 Quem me vê, vê também aquele que me enviou. 46 Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em mim não fique nas trevas. 47 Eu não condeno quem ouve as minhas palavras e não obedece a elas, porque eu não vim para condenar o mundo, mas para salvar o mundo. 48 Quem me rejeita e não aceita minhas palavras, já tem o seu juiz: a palavra que eu falei será o seu juiz no último dia. 49 Porque eu não falei por mim mesmo. O Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar. 50 E eu sei que o mandamento dele é a vida eterna. Portanto, o que digo, eu o digo conforme o Pai me disse.”
Comentário:
44-50: Toda idéia ou teoria sobre Deus que não esteja de acordo com a palavra e ação de Jesus é falsa. Porque Jesus é a revelação do próprio Deus. E a missão de Jesus se estende a todos, mas cada um permanece livre de aceitar a sua oferta. A recusa da vida, porém, traz consigo a escolha da própria morte.

terça-feira, 17 de maio de 2011

João 10, 22-30 As credenciais de Jesus são as suas obras.

22 Em Jerusalém estava sendo celebrada a festa da Dedicação. Era inverno. 23 Jesus passeava pelo Templo, andando no pórtico de Salomão. 24 Então as autoridades dos judeus o rodearam e disseram: “Até quando nos irás deixar em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente.”
25 Jesus respondeu: “Eu já disse, mas vocês não acreditam em mim. As obras que eu faço em nome do meu Pai, dão testemunho de mim; 26 vocês, porém, não querem acreditar, porque vocês não são minhas ovelhas. 27 Minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem. 28 Eu dou a elas vida eterna, e elas nunca morrerão. Ninguém vai arrancá-las da minha mão. 29 O Pai, que tudo entregou a mim, é maior do que todos. Ninguém pode arrancar coisa alguma da mão do Pai. 30 O Pai e eu somos um.”
Comentário:
22-39: Jesus define sua condição de Messias, apresentando-se como o Filho de Deus. As provas de seu messianismo não são teorias jurídicas, mas fatos concretos: suas ações comprovam que é Deus quem age nele.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

João 10, 11-18 Jesus é o único caminho.

11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. 12 O mercenário, que não é pastor a quem pertencem, e as ovelhas não são suas, quando vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e sai correndo. Então o lobo ataca e dispersa as ovelhas. 13 O mercenário foge porque trabalha só por dinheiro, e não se importa com as ovelhas.
14 Eu sou o bom pastor: conheço minhas ovelhas, e elas me conhecem, 15 assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou a vida pelas ovelhas. 16 Tenho também outras ovelhas que não são deste curral. Também a elas eu devo conduzir; elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. 17 O Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la de novo. 18 Ninguém tira a minha vida; eu a dou livremente. Tenho poder de dar a vida e tenho poder de retomá-la. Esse é o mandamento que recebi do meu Pai.”
Comentário:
7-21: O único meio de libertar-se de opressores ou de uma instituição opressora é comprometer-se com Jesus, pois ele é a única alternativa (a porta). Jesus é o modelo de pastor: ele não busca seus próprios interesses; ao contrário, ele dá a sua própria vida a todos aqueles que aceitam sua proposta. Jesus provoca divisão: para uns, suas palavras são loucura; para outros, sua ação é sinal de libertação.

domingo, 15 de maio de 2011

1 Pedro 2, 20b-25 Só Deus é Senhor.

20 Que mérito haveria em suportar com paciência, se vocês fossem esbofeteados por terem agido errado? Pelo contrário, se vocês são pacientes no sofrimento quando fazem o bem, isto sim é ação louvável diante de Deus.
21 De fato, para isso é que vocês foram chamados,
pois Cristo também sofreu por vocês, deixando-lhes exemplo
para que sigam os passos dele.
22 Ele não cometeu nenhum pecado
e mentira nenhuma foi encontrada em sua boca.
23 Quando insultado, não revidava; ao sofrer, não ameaçava.
Antes, depositava sua causa nas mãos
daquele que julga com justiça.
24 Sobre o madeiro levou os nossos pecados
em seu próprio corpo,
a fim de que nós, mortos para nossos pecados,
vivêssemos para a justiça.
Através dos ferimentos dele é que vocês foram curados,
25 pois estavam desgarrados como ovelhas, mas agora retornaram ao seu Pastor e Guardião.
Comentário:
2,13-3,12: As exortações deste trecho têm fio condutor bem claro: no relacionamento com as autoridades e os patrões, como também no matrimônio, os cristãos se comportam sempre na condição de pessoas livres, sem medo e jamais com subordinação e temor servil. Nessa liberdade de filhos de Deus, formam uma comunidade onde estão presentes a compaixão, o amor fraterno, a misericórdia e a humildade, e onde o mal é retribuído com o bem. A comunidade torna-se, então, portadora de bênção.
18-25: O ponto importante é que os cristãos devem sempre fazer o bem (v. 20), em qualquer condição, mesmo que para isso tenham de suportar sofrimentos. Quando nem se pensava em abolição da escravatura, esta exortação mostra que Deus não quer a escravidão. De fato, Pedro considera os sofrimentos como injustos (v. 19). Se na época era impensável deixar de ser escravo, torna-se claro que essa submissão é feita por temor a Deus a exemplo de Jesus Cristo e não como submissão servil aos patrões (no v. 18 “com todo temor” se refere a Deus). A resistência cristã numa situação sem saída consiste em fazer o bem. Se aqui não há nenhuma referência ao comportamento dos patrões é porque estes, provavelmente, não fazem parte dos destinatários da carta. Já vimos (cf. Introdução) que se trata de gente fora da pátria e em situação de oprimidos.

João 10, 1-10 O povo conhece a voz de Jesus.

1 “Eu garanto a vocês: aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2 Mas aquele que entra pela porta, é o pastor das ovelhas. 3 O porteiro abre a porta para ele, e as ovelhas ouvem a sua voz; ele chama cada uma de suas ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4 Depois de fazer sair todas as suas ovelhas, ele caminha na frente delas; e as ovelhas o seguem porque conhecem a sua voz. 5 Elas nunca vão seguir um estranho; ao contrário, vão fugir dele, porque elas não conhecem a voz dos estranhos.” 6 Jesus contou-lhes essa parábola, mas eles não entenderam o que Jesus queria dizer.
Jesus é o único caminho - 7 Jesus continuou dizendo: “Eu garanto a vocês: eu sou a porta das ovelhas. 8 Todos os que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram. 9 Eu sou a porta. Quem entra por mim, será salvo. Entrará, e sairá, e encontrará pastagem. 10 O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.
Comentário:
1-6: Nesta comparação, o curral representa a instituição que explora e domina o povo. Os ladrões e assaltantes são os dirigentes. Jesus mostra que sua mensagem é incompatível com qualquer instituição opressora e que sua missão é conduzir para fora da influência dela os que nele acreditam, a fim de formar uma comunidade que possa ter vida plena e liberdade.
7-21: O único meio de libertar-se de opressores ou de uma instituição opressora é comprometer-se com Jesus, pois ele é a única alternativa (a porta). Jesus é o modelo de pastor: ele não busca seus próprios interesses; ao contrário, ele dá a sua própria vida a todos aqueles que aceitam sua proposta. Jesus provoca divisão: para uns, suas palavras são loucura; para outros, sua ação é sinal de libertação.