sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Marcos 4, 35-41 Jesus é o Senhor da história.

35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte detrás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” Comentário: * 35-41: Jesus atravessa com os discípulos para a terra dos pagãos. O mar agitado é símbolo das nações pagãs que ameaçam destruir a comunidade cristã. Mas Jesus é o Senhor da história e dos povos. O medo dos discípulos é sinal da falta de fé: eles não conseguem ver que a ação de Jesus transforma as situações. Passar para a outra margem indica nova etapa na missão de Jesus e dos discípulos: a missão com os gentios, na época conhecidos como pagãos. É o grande desafio das comunidades cristãs dos inícios: passar de uma mentalidade nacionalista para uma mentalidade universalista. São desafios que vão surgindo na história da Igreja. Nesses últimos anos, o papa Francisco, com base no Concílio Vaticano II, convida a Igreja a sair de seu comodismo para ir às periferias existenciais e sociais. Sair de uma Igreja “poderosa” para uma Igreja pobre, para os pobres e acolhedora. Proposta que não agrada a muitos e que é rejeitada por outros. Jesus censura seus discípulos por causa do medo em assumir a nova proposta do Mestre. A Igreja precisa estar sempre atenta e aberta aos sinais dos tempos, e não se acomodar no status quo.

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