sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Mateus 9, 35-10,1.6-8 A origem da missão.

35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” O núcleo da nova comunidade -10,1E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. Enviou-os com as seguintes recomendações: A missão dos apóstolos - 6“Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!” Comentário: * 35-38: Mateus apresenta um resumo da atividade de Jesus (cf. 4,23), mostrando a raiz da ação dele: nasce da visão da realidade, que o leva a compadecer-se, isto é, a sentir junto com o povo cansado e abatido. O trabalho é grande, e necessita de pessoas dispostas a continuar a obra de Jesus. A comunidade deve assumir a preocupação de levar a Boa Notícia do Reino ao mundo inteiro, consciente da necessidade de trabalhadores disponíveis para essa missão divina. * 10,1-4: Os discípulos recebem o mesmo poder de Jesus: desalienar os homens (expulsar demônios) e libertá-los de todos os males (curar doenças). Os doze apóstolos formam o núcleo da nova comunidade, chamada a continuar a palavra e ação de Jesus. * 5-15: A missão é reunir o povo para seguir a Jesus, o novo Pastor. Ela se realiza mediante o anúncio do Reino e pela ação que concretiza os sinais da presença do Reino. A missão se desenvolve em clima de gratuidade, pobreza e confiança, e comunica o bem fundamental da paz, isto é, da plena realização de todas as dimensões da vida humana. Os enviados são portadores da libertação; rejeitá-los é rejeitar a salvação e atrair sobre si o julgamento. Jesus continua seu trajeto missionário, proclamando a Boa Notícia do Reino. Vendo a situação do povo doente, angustiado e abandonado, teve compaixão. Diante de tantas necessidades do povo, Jesus reconhece que sozinho não consegue dar conta; por isso, chama homens e mulheres disponíveis e generosos que o auxiliem na missão. Vendo a situação de abandono do povo, Jesus “encheu-se de compaixão”. O seguidor de Jesus precisa ter um olhar semelhante ao dele: olhar para os pobres e abandonados, os verdadeiros destinatários do Evangelho. Seguindo o Mestre, aprendemos dele a olhar as multidões, abrir-nos aos outros. O centro de nossa missão é o outro, sobretudo as multidões que andam como ovelhas sem pastor. Enquanto discípulos, aprendemos com o Mestre, mas precisamos ir além, ser apóstolos, ou seja, enviados em missão. Oração Ó Jesus, divino Mestre, admirável é teu zelo pelo Reino de Deus. Percorres cidades e povoados, ensinas nas sinagogas e curas toda sorte de enfermidades. Recomendas, ainda, que peçamos ao Pai muitos trabalhadores para tua imensa obra. Aumenta, Senhor, o nosso entusiasmo pelo Evangelho. Amém.

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