sábado, 13 de dezembro de 2025
Mateus 11, 2-11 Jesus é o Messias?
2 João estava na prisão. Quando ouviu falar das obras do Messias, enviou a ele alguns discípulos, 3 para lhe perguntarem: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” 4 Jesus respondeu: “Voltem e contem a João o que vocês estão ouvindo e vendo: 5 os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciada a Boa Notícia. 6 E feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!”
A missão de João Batista -* 7 Os discípulos de João partiram, e Jesus começou a falar às multidões a respeito de João: “O que é que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 8 O que vocês foram ver? Um homem vestido com roupas finas? Mas aqueles que vestem roupas finas moram em palácios de reis. 9 Então, o que é que vocês foram ver? Um profeta? Eu lhes afirmo que sim: alguém que é mais do que um profeta. 10 É de João que a Escritura diz: ‘Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o teu caminho diante de ti’. 11 Eu garanto a vocês: de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino do Céu é maior do que ele.
Comentário:
* 1-6: Será que Jesus é verdadeiramente o Messias esperado? A resposta não é dada em palavras, porque o messianismo não é simples ideia ou teoria. É uma atividade concreta que realiza o que se espera da era messiânica: a libertação dos pobres e oprimidos.
* 7-15: Nenhum homem do Antigo Testamento é maior do que João Batista. Entretanto, João pertence ao Antigo Testamento, onde as profecias são anunciadas, e não ao Novo Testamento, onde elas já se realizaram. O v. 12 é de difícil interpretação. Provavelmente, o evangelista quer mostrar que o Reino é vítima de violência, porque a velha estrutura injusta resiste para não ser destruída e reage violentamente. Essa violência dos que se opõem à vontade de Deus será experimentada pelo próprio Jesus em sua missão.
João Batista envia alguns de seus discípulos para saber se Jesus é o Messias tão esperado. Jesus não responde com palavras ou argumentos, apenas pede que observem suas obras. Jesus, portanto, se dá a conhecer não tanto pelos seus ensinamentos, mas, principalmente, pelas suas obras. Pelos frutos, diz Jesus, conhecereis a árvore. Jesus é realmente o verdadeiro Messias esperado: cura os doentes, liberta do mal e dá esperança aos pobres. Em Jesus, cumpre-se o plano divino, pois nos revela o amor e a ternura de Deus, como fora anunciado pelos profetas. Num segundo momento, o próprio Jesus apresenta a identidade de João. O Batista não é um caniço agitado pelo vento, que age conforme lhe convém; não é alguém representante da classe dominante, pois não veste roupas luxuosas, e, se fosse, não estaria vivendo no deserto; ele é mais que profeta; ele é o mensageiro que denunciou o luxo e a arrogância dos poderosos e anunciou e preparou a chegado do Mestre.
Tiago 5, 7-10 Perseverança e paciência cristã.
* 7 Irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Olhem o agricultor: ele espera pacientemente o fruto precioso da terra, até receber a chuva do outono e da primavera. 8 Sejam pacientes vocês também; fortaleçam os corações, pois a vinda do Senhor está próxima. 9 Irmãos, não se queixem uns dos outros, para não serem julgados. Vejam: o juiz está às portas.
10 Irmãos, tomem como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falam em nome do Senhor. 11 Nós consideramos felizes os que foram perseverantes. Vocês ouviram falar da constância de Jó e conhecem o fim que o Senhor reservou para ele, porque o Senhor é rico em compaixão e misericórdia.
Comentário:
* 7-11: A fé cristã está permeada de esperança de grandes transformações. Muitas vezes, depois de uma ação prolongada e constante, o cristão pode sentir-se desanimado, ao ver que essas transformações não acontecem como se esperava. Tiago traz o exemplo do agricultor: o grão, depois de plantado, não dá nenhum sinal de vida. Mas o agricultor sabe que surgirá a planta e depois os frutos. A atitude cristã deve ser a mesma: perseverante e cheia de confiança, na certeza de que tais transformações, passo a passo, se realizarão, manifestando a vinda do Senhor.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
Mateus 17, 10-13 A morte de João Batista é sinal da morte de Jesus.
* 10 Os discípulos de Jesus lhe perguntaram: “O que querem dizer os doutores da Lei, quando falam que Elias deve vir antes?” 11 Jesus respondeu: “Elias vem para colocar tudo em ordem. 12 Mas eu digo a vocês: Elias já veio, e eles não o reconheceram. Fizeram com ele tudo o que quiseram. E o Filho do Homem será maltratado por eles do mesmo modo.” 13 Então os discípulos compreenderam que Jesus falava de João Batista.
Comentário:
* 10-13: A missão de João Batista era anunciar os tempos messiânicos, realizando o que se esperava com a vinda de Elias. A missão do Batista, porém, não foi reconhecida pelas autoridades do povo, e a trágica morte dele mostra como se realizará a missão do próprio Jesus.
Após a transfiguração do Senhor, na qual Jesus revelou sua verdadeira natureza divina, os discípulos descem do monte e questionam o Mestre sobre Elias. Havia, na época, a crença popular de que Elias, arrebatado ao céu por uma carruagem de fogo, voltaria ao mundo para anunciar a chegada do Messias. Seguindo essa lógica, o Messias não poderia estar no mundo se antes não tivesse ocorrido a volta de Elias. Esse papel foi desempenhado por João Batista, o novo Elias, em cuja ação e morte estão preanunciados o sofrimento e a morte do próprio Jesus. O Mestre mostra que a missão desempenhada por João Batista, de preparar os caminhos para a chegada do Senhor, comprova que as profecias do Antigo Testamento se cumpriram e que o Reino de Deus já está presente no mundo.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Lucas 1, 39-47 João aponta o Messias.
* 39 Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, às pressas, a uma cidade da Judéia. 40 Entrou na casa de Zacarias, e saudou Isabel. 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Com um grande grito exclamou: “Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre! 43 Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? 44 Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre. 45 Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu.”
O cântico de Maria -* 46 Então Maria disse: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor, 47 meu espírito se alegra em Deus, meu salvador,
Comentário:
* 39-45: Ainda no seio de sua mãe, João Batista recebe o Espírito prometido (1,15). Reconhece o Messias e o aponta através da exclamação de sua mãe Isabel.
* 46-56: O cântico de Maria é o cântico dos pobres que reconhecem a vinda de Deus para libertá-los através de Jesus. Cumprindo a promessa, Deus assume o partido dos pobres, e realiza uma transformação na história, invertendo a ordem social: os ricos e poderosos são depostos e despojados, e os pobres e oprimidos são libertos e assumem a direção dessa nova história.
Assim como partiu apressadamente para ajudar sua prima Isabel, ao longo da história, Maria continuou a ir ao encontro de pessoas que precisavam do seu amor e proteção. Exemplo desses encontros é a aparição ao indígena mexicano Juan Diego. Num momento em que os povos originários do México sofriam com as perseguições e a exploração dos espanhóis, Nossa Senhora aparece para dar conforto e apoio ao jovem Juan e a todo o seu povo. Era o ano 1531, na colina de Tepeyac, perto da capital do México. Maria Santíssima apareceu três vezes, sendo que, na última aparição, são descritos dois milagres: o tio de Juan Diego, gravemente doente, fica curado; e, para atestar a veracidade dos fatos ao bispo local, fica gravada a imagem da Mãe num manto, hoje exposto no santuário de Guadalupe, concluído em 1709 e elevado à categoria de basílica pelo papa Pio X, em 1904. Esse mesmo papa, em 1910, conferiu à Virgem de Guadalupe o título de Padroeira da América Latina.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Mateus 11, 11-15 A missão de João Batista.
11 Eu garanto a vocês: de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino do Céu é maior do que ele. 12 Desde os dias de João Batista até agora, o Reino do Céu sofre violência, e são os violentos que procuram tomá-lo. 13 De fato, todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. 14 E se vocês o quiserem aceitar, João é Elias que devia vir. 15 Quem tem ouvidos, ouça.”
Comentário:
* 7-15: Nenhum homem do Antigo Testamento é maior do que João Batista. Entretanto, João pertence ao Antigo Testamento, onde as profecias são anunciadas, e não ao Novo Testamento, onde elas já se realizaram. O v. 12 é de difícil interpretação. Provavelmente, o evangelista quer mostrar que o Reino é vítima de violência, porque a velha estrutura injusta resiste para não ser destruída e reage violentamente. Essa violência dos que se opõem à vontade de Deus será experimentada pelo próprio Jesus em sua missão.
Elias foi um profeta que viveu no reino de Israel durante o reinado de Acabe, nove séculos antes de Cristo. Ele se retirou para o deserto e enfrentou o rei e sua corte, sendo considerado o primeiro dos profetas. Por ter uma conduta ascética e uma atividade semelhante à de Elias, João Batista é chamado o novo Elias, pois anuncia o mundo novo que será instaurado por Jesus Cristo. O próprio Jesus, primo de João, enaltece publicamente suas virtudes e sua grandeza, mas também afirma que João, assim como os profetas, pertence ao Antigo Testamento, e não ao Novo, no qual o reino se concretiza. Sua função é preparar os caminhos do Senhor. Preparar o coração do povo para o Messias que virá. Até mesmo o menor no Reino que há de vir é maior do que João, por isso devemos nos esforçar para merecer a participação nesse Reino que Cristo nos preparou.
terça-feira, 9 de dezembro de 2025
Mateus 11, 28-30 Os pobres evangelizam.
28 Venham para mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso. 29 Carreguem a minha carga e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas. 30 Porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve.”
Comentário:
* 25-30: Com sua palavra e ação, Jesus revela a vontade do Pai, que é instaurar o Reino. Contudo, os sábios e inteligentes não são capazes de perceber a presença do Reino e sua justiça através de Jesus. Ao contrário, os desfavorecidos e os pobres é que conseguem penetrar o sentido dessa atividade de Jesus e continuá-la. Jesus veio tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes haviam criado para o povo. Em troca, ele traz novo modo de viver na justiça e na misericórdia: doravante, os pobres serão evangelizados e partirão para evangelizar.
Carregar o fardo é sinal de escravidão, algo que surge várias vezes no Antigo Testamento, pois a história do povo escolhido é marcada continuamente por momentos sombrios de ganância e lutas pelo poder que conduzem à guerra e à falta de liberdade. Jesus não quer a escravidão, mas a libertação, por isso sua carga é suave e seu fardo é leve, devendo ser aceito no amor e na simplicidade. Também hoje somos escravos de muitas coisas. Submissos, andamos sem direção e corremos sem rumo, por isso nos sentimos constantemente cansados e fatigados. Jesus nos convida a abraçar o seu fardo, que nos coloca em harmonia com o mais íntimo de nós mesmos e nos mostra o amor do Pai.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
Mateus 18, 12-14 Por que alguém se afasta da comunidade?
12 O que vocês acham? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, será que ele não vai deixar as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? 13 Eu garanto a vocês: quando ele a encontra, fica muito mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14 Do mesmo modo, o Pai que está no céu não quer que nenhum desses pequeninos se perca.”
Comentário:
* 10-14: Por que alguém se extravia, isto é, se distancia da comunidade? Certamente por causa do escândalo (vv. 6-9), ou do desprezo daqueles que buscam poder e prestígio. A parábola mostra que a comunidade inteira deve preocupar-se e procurar aquele que se extraviou. A comunidade se alegra quando ele volta para o seu meio, porque a vontade do Pai foi cumprida.
Deus Pai age sempre com amor e misericórdia, por isso não abandona nenhum dos seus filhos. Se um de nós se perder, ele volta para nos “encontrar”, ou seja, para nos tomar nos seus ombros e nos conduzir de volta para o caminho seguro e de comunhão com ele e com os demais irmãos. A imagem do rebanho e da ovelha perdida, bastante conhecida e próxima do público a quem Jesus se dirige, é de fácil compreensão também para nós, séculos depois, mostrando a profunda sabedoria de Jesus e a validade eterna do seu ensinamento. Deus nos carrega em seus braços, porque somos frágeis e indefesos, mas, ao mesmo tempo, preciosos. A certeza de que Deus quer o nosso bem, vem ao nosso encontro e nos liberta deve guiar nossa preparação para o Natal que se aproxima.
Assinar:
Comentários (Atom)