10 E me levou em espírito até um grande e alto monte. E mostrou para mim a Cidade Santa, Jerusalém que descia do céu, de junto de Deus, 11 com a glória de Deus. Seu esplendor é como de uma pedra preciosíssima, pedra de jaspe cristalino. 12 *
Ela está
cercada
por alta
e grossa
muralha,
com doze
portas.
Sobre
as portas
há
doze
Anjos.
Cada
porta
tem
um nome
escrito:
os nomes
das doze
tribos
de Israel.
13 São
três
portas
no lado
do oriente,
três
portas
ao norte,
três
portas
ao sul
e três
portas
no lado
do poente.
14 A muralha
da cidade
tem
doze
pilares.
E nos pilares
está
escrito
o nome
dos doze
apóstolos
do Cordeiro.
22* Não vi na Cidade nenhum Templo, pois o seu Templo é o Senhor, o Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro. 23 A Cidade não precisa do sol nem da lua para ficar iluminada, pois a glória de Deus a ilumina e sua lâmpada é o Cordeiro.
Comentário:
* 9-11: João apresenta agora a nova
humanidade como cidade perfeita e deslumbrante. Esta imagem mostra a beleza e
santidade da Aliança com Deus. A humanidade é a esposa, o reverso da
prostituta. João a apresenta com traços da antiga Babilônia histórica:
quadrada, atravessada por uma avenida ao longo do rio, e com jardins. Sugere,
assim, que a Jerusalém celeste é a Babilônia, prostituta purificada e
transformada pelo Evangelho. Agora, ela reflete a glória de Deus, que nela está
presente.
* 12-17: As formas e medidas são
perfeitas: muralhas com cento e quarenta e quatro côvados (doze x doze), doze
portas com os nomes das doze tribos, doze alicerces com os nomes dos doze
apóstolos. Ela é quadrada e cúbica, como o Santo dos santos no Templo. Sua
perfeição é inimaginável (doze mil). Ela é uma cidade universal, aberta para
toda a humanidade (portas voltadas para os quatro pontos cardeais).
* 22-23: Deus está presente nessa
humanidade. Não é preciso mais nenhum meio para ligá-la com Deus: nem Templo,
nem liturgia, nem sacerdócio. É o momento do face-a-face. Conseqüentemente,
também não existem outras mediações: política, economia, propaganda, comércio
etc. A comunhão total com Deus leva à comunhão total dos homens entre si.