segunda-feira, 15 de junho de 2020

Mateus 5, 38-42 Violência e resistência.


* 38 “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39 Eu, porém, lhes digo: não se vinguem de quem fez o mal a vocês. Pelo contrário: se alguém lhe um tapa na face direita, ofereça também a esquerda! 40 Se alguém faz um processo para tomar de você a túnica, deixe também o manto! 41 Se alguém obriga você a andar um quilômetro, caminhe dois quilômetros com ele! 42 a quem lhe pedir, e não vire as costas a quem lhe pedir emprestado.”
Comentário:
* 38-42: Como se pode superar a vingança ou até mesmo a “justa” punição? O Evangelho propõe atitude nova, a fim de eliminar pela raiz o círculo infernal da violência: a resistência ao inimigo não deve ser feita com as mesmas armas usadas por ele, mas através de comportamento que o desarme.
Não é espontâneo ao ser humano fazer um gesto de bondade ao sofrer uma agressão. O contrário é o que se vê: violência gerando violência. Isso acontecia na época de Jesus e continua acontecendo na sociedade hodierna. Justamente por isso é que o Mestre vem com essas exigências desconcertantes. Ao mal se responde com o bem; em vez de vingança, a benevolência. É o único caminho para eliminar a espiral de violência vigente em nossos relacionamentos. Então, a benquerença amortece o ódio alheio; a valorização do outro elimina o desprezo; o abraço acolhedor vence o preconceito. Cria-se um clima de fraternidade, harmonia e paz, que ultrapassa nossa boa convivência em família, atinge e beneficia a sociedade inteira. Projeto de Deus para cristãos e cristãs de todos os tempos.
Oração
Ó Jesus, “Príncipe da paz”, a tendência a revidar alguma ofensa ou a “pagar com a mesma moeda” tem raízes profundas em nós. No entanto, aos cristãos vens pedir a capacidade de quebrar a espiral da violência, respondendo ao mal com o bem. Foi o que fizeste; assim nos ensinas. Amém.

domingo, 14 de junho de 2020

Mateus 9, 36-10,8 A origem da missão.


Vendo as multidões, Jesus teve compaixão, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. 37 Então Jesus disse a seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos! 38 Por isso, peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a colheita.”
O núcleo da nova comunidade -* 1 Então Jesus chamou seus discípulos e deu-lhes poder para expulsar os espíritos maus, e para curar qualquer tipo de doença e enfermidade. 2 São estes os nomes dos Doze Apóstolos: primeiro Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; Tiago e seu irmão João, filhos de Zebedeu; 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus.
A missão dos apóstolos -* 5 Jesus enviou os Doze com estas recomendações: Não tomem o caminho dos pagãos, e não entrem nas cidades dos samaritanos. 6 Vão primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel. 7 Vão e anunciem: ‘O Reino do Céu está próximo’. 8 Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça, dêem também de graça!
Comentário:
Vendo as multidões abandonadas e angustiadas, Jesus se enche de compaixão (sofre com elas), ressalta a necessidade de haver mais servidores e, por isso, chama alguns que o auxiliem na missão, os apóstolos. Estes devem acompanhar o Mestre e aprender com ele, para que, quando o Mestre já não estiver no meio deles, deem continuidade à obra libertadora. Iniciada por Jesus, ela não pode ser interrompida. Principalmente as Igrejas são responsáveis por anunciar o Reino dos Céus, que exige dignidade para todas as pessoas. As Igrejas devem ser a sentinela que alerta as autoridades competentes para libertar os cidadãos dos males que os afligem. O fiel seguidor de Jesus não pode ficar indiferente à dor do irmão e da irmã que encontra ao longo do dia. O cristão é convidado a se compadecer diante da miséria, que provoca tantos males. Os enviados por Jesus recebem a “autoridade” para fazer o bem, expulsando os espíritos que atormentam as pessoas.
Oração
Ó Jesus, sensível e zeloso Pastor, tiveste compaixão das multidões, porque estavam “angustiadas e abandonadas”. Por isso, para ajudar-te a superar a situação deplorável em que viviam, escolheste os doze apóstolos. Concede, agora, a cada um dos teus novos discípulos, o teu ardor missionário. Amém.