12 Jesus disse também ao fariseu que o tinha convidado: “Quando você der um almoço ou jantar, não convide amigos, nem irmãos, nem parentes, nem vizinhos ricos. Porque esses irão, em troca, convidar você. E isso será para você recompensa. 13
Pelo contrário,
quando
você
der
uma festa,
convide
pobres,
aleijados,
mancos
e cegos.
14 Então
você
será
feliz!
Porque
eles não
lhe podem
retribuir.
E você
receberá
a recompensa
na ressurreição
dos justos”
Comentário:
*
7-14: Nos
vv. 8-11, Jesus critica o conceito de honra baseado no orgulho e ambição, que
geram aparências de justiça, mas escondem os maiores contrastes sociais. A
honra do homem depende de Deus, o único que conhece a situação real e global do
homem; essa honra supera a crença que o homem pode ter nos seus próprios
méritos. Nos vv. 12-14, Jesus mostra que o amor verdadeiro não é comércio, mas
serviço gratuito, pois o pobre não pode pagar e o inimigo não pode merecer. Só
Deus pode retribuir ao amor gratuito.
Somos
influenciados por uma sociedade mercantilista, onde tudo tem preço; nada se faz
sem pagamento. Essa mentalidade afeta também os cristãos, não obstante os
insistentes convites de Jesus a embrenhar-nos pelos caminhos da gratuidade. É a
lição que nos vem do evangelho de hoje. A orientação do Mestre é fazer o bem
aos que não podem retribuir com a mesma moeda. Acudir generosamente aos fracos
e praticar a caridade desinteressada são exercícios salutares e recomendáveis
para assemelhar-nos a Jesus, que tudo ofereceu, sem nada esperar em troca. Não
se trata apenas de repartir bens materiais, mas podemos incluir, entre as
dádivas, o tempo, a compreensão, o bom conselho. Além de experimentar alegria
pelo gesto em si, seremos beneficiados com a recompensa na “ressurreição dos
justos”.