quinta-feira, 21 de setembro de 2023
Lucas 8, 1-3 As mulheres servem a Jesus.
-* 1 Depois disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Notícia do Reino de Deus. Os Doze iam com ele, 2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos maus e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído sete demônios; 3 Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres, que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.
Comentário:
* 1-3: Jesus continua sua missão, e vai formando uma comunidade nova, a partir daqueles que são marginalizados pela sociedade do seu tempo, como eram as mulheres. Elas também são parte integrante do grupo que acompanha Jesus.
Esta passagem nos mostra, em parte, como era organizada a vida pública de Jesus e seus apóstolos. Jesus não é um pregador solitário. Além dos Doze que o acompanham, também algumas mulheres fazem parte do anúncio apostólico da mensagem cristã. A tradição evangélica conservou o nome de algumas delas (Joana, Suzana) e sua atuação em momentos importantes (Maria Madalena, na ressurreição de Jesus). A Igreja primitiva, à semelhança de Jesus, abriu significativo espaço para a ação das mulheres nas comunidades. A mulher não tem papel passivo no mistério da salvação, e hoje é chamada a novos encargos apostólicos, como evidenciou o Concílio Vaticano II. O papa Francisco diz que “ainda é preciso ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja” (EG 103).
quarta-feira, 20 de setembro de 2023
Mateus 9, 9-13 Justiça e misericórdia.
-* 9 Saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e lhe disse: “Siga-me!” Ele se levantou, e seguiu a Jesus. 10 Estando Jesus à mesa em casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e pecadores foram e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11 Alguns fariseus viram isso, e perguntaram aos discípulos: “Por que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e os pecadores?” 12 Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes. 13 Aprendam, pois, o que significa: ‘Eu quero a misericórdia e não o sacrifício’. Porque eu não vim para chamar justos, e sim pecadores.”
Comentário:
* 9-13: Cf. nota em Mc 2,13-17. Com a citação de Oséias 6,6, Mateus esclarece o sentido da missão de Jesus: a justiça do Reino é inseparável da misericórdia.
Mateus era cobrador de impostos. Ao chamado de Jesus, responde prontamente. Admirável é seu desprendimento, pois ele promove em casa uma refeição de despedida, para a qual convida muitos colegas de profissão. Por prestar serviço aos ocupantes romanos, os cobradores de impostos eram malvistos e até mesmo desprezados pelos judeus. Jesus, que veio para oferecer a salvação a todos, não se deixa levar por esses preconceitos. Mateus escreveu o Evangelho que leva seu nome. É o Evangelho do Reino de Deus, do cumprimento em Cristo da Antiga Aliança. É o Evangelho do sermão da montanha, das parábolas do Reino e do juízo universal. Escrevendo para judeu-cristãos, insiste no messianismo de Jesus e na realização perfeita das promessas do Antigo Testamento.
Lucas 7, 31-35 Os filhos da sabedoria.
-* 31 “Com quem eu vou comparar os homens desta geração? Com quem se parecem eles? 32 São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta, e vocês não dançaram; cantamos música triste, e vocês não choraram’. 33 Pois veio João Batista, que não comia nem bebia, e vocês disseram: ‘Ele tem um demônio!’ 34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vocês dizem: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos cobradores de impostos e dos pecadores!’ 35 Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.”
Comentário:
* 31-35: As autoridades religiosas do tempo de Jesus se comportam de maneira infantil: acusam João Batista de louco, porque é severo demais; acusam Jesus de boa-vida, porque parece muito condescendente. O povo e os cobradores de impostos se comportam de maneira sábia: acolhem João Batista e Jesus, reconhecendo neles a revelação da misericordiosa justiça de Deus.
Jesus faz um desabafo. Seu lamento recai sobre os dirigentes do povo, incluindo as autoridades religiosas, que buscam desculpas, em vez de se abrirem ao projeto de Deus. Não se dispuseram a mudar de vida ante os apelos severos do Batista, a quem tacharam de louco. Agora não se dispõem a converter-se, diante das palavras de misericórdia de Jesus e de seus grandes prodígios. Até o chamam de “comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e pecadores”. São como crianças caprichosas: nada é capaz de despertar-lhes interesse. Nem tudo, porém, está perdido: muitos discípulos da Sabedoria (“filhos”), que eram os desprezados pelas autoridades religiosas, ou seja, o povo simples e os pecadores, foram inteligentes, aceitando a conversão anunciada por João e o compromisso com Jesus.
terça-feira, 19 de setembro de 2023
Mateus 9, 9-13 Justiça e misericórdia.
-* 9 Saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e lhe disse: “Siga-me!” Ele se levantou, e seguiu a Jesus. 10 Estando Jesus à mesa em casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e pecadores foram e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11 Alguns fariseus viram isso, e perguntaram aos discípulos: “Por que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e os pecadores?” 12 Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes. 13 Aprendam, pois, o que significa: ‘Eu quero a misericórdia e não o sacrifício’. Porque eu não vim para chamar justos, e sim pecadores.”
Comentário:
* 9-13: Cf. nota em Mc 2,13-17. Com a citação de Oséias 6,6, Mateus esclarece o sentido da missão de Jesus: a justiça do Reino é inseparável da misericórdia.
Mateus era cobrador de impostos. Ao chamado de Jesus, responde prontamente. Admirável é seu desprendimento, pois ele promove em casa uma refeição de despedida, para a qual convida muitos colegas de profissão. Por prestar serviço aos ocupantes romanos, os cobradores de impostos eram malvistos e até mesmo desprezados pelos judeus. Jesus, que veio para oferecer a salvação a todos, não se deixa levar por esses preconceitos. Mateus escreveu o Evangelho que leva seu nome. É o Evangelho do Reino de Deus, do cumprimento em Cristo da Antiga Aliança. É o Evangelho do sermão da montanha, das parábolas do Reino e do juízo universal. Escrevendo para judeu-cristãos, insiste no messianismo de Jesus e na realização perfeita das promessas do Antigo Testamento.
Lucas 7, 11-17 Deus visitou o seu povo.
* 11 Em seguida, Jesus foi para uma cidade chamada Naim. Com ele iam os discípulos e uma grande multidão. 12 Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto para enterrar; era filho único, e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade ia com ela. 13 Ao vê-la, o Senhor teve compaixão dela, e lhe disse: “Não chore!” 14 Depois se aproximou, tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Então Jesus disse: “Jovem, eu lhe ordeno, levante-se!” 15 O morto sentou-se, e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16 Todos ficaram com muito medo, e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus veio visitar o seu povo.” 17 E a notícia do fato se espalhou pela Judéia inteira, e por toda a redondeza.
Comentário:
* 11-17: A atividade libertadora de Jesus é a grande “visita” de Deus que vem salvar o seu povo. Essa visita é a manifestação do amor compassivo, que atende aos mais pobres e necessitados.
Jesus, seus discípulos e grande multidão deparam-se com um caso de extrema desolação: uma senhora, tendo perdido o marido, perde também o filho único e o leva para sepultar. Por isso, Jesus enche-se de compaixão e, sem que a viúva lhe peça, antecipa-se, interrompendo-lhe o choro. Detém o cortejo fúnebre e dá ao defunto a ordem de levantar-se. A palavra poderosa de Jesus restitui a vida ao jovem, devolve-lhe também a palavra (“o morto sentou-se e começou a falar”), e desencadeia o reconhecimento dos assistentes: “Glorificavam a Deus, dizendo: ‘Um grande profeta apareceu entre nós. Deus visitou o seu povo'”. É a mesma expressão que encontramos no cântico de Zacarias (cf. Lc 1,68-69). Deus, por meio de Jesus, visita o povo, dando-lhe liberdade e vida.
segunda-feira, 18 de setembro de 2023
Lucas 7 , 31-35 Os filhos da sabedoria.
* 31 “Com quem eu vou comparar os homens desta geração? Com quem se parecem eles? 32 São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta, e vocês não dançaram; cantamos música triste, e vocês não choraram’. 33 Pois veio João Batista, que não comia nem bebia, e vocês disseram: ‘Ele tem um demônio!’ 34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vocês dizem: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos cobradores de impostos e dos pecadores!’ 35 Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.”
Comentário:
* 31-35: As autoridades religiosas do tempo de Jesus se comportam de maneira infantil: acusam João Batista de louco, porque é severo demais; acusam Jesus de boa-vida, porque parece muito condescendente. O povo e os cobradores de impostos se comportam de maneira sábia: acolhem João Batista e Jesus, reconhecendo neles a revelação da misericordiosa justiça de Deus.
Jesus faz um desabafo. Seu lamento recai sobre os dirigentes do povo, incluindo as autoridades religiosas, que buscam desculpas, em vez de se abrirem ao projeto de Deus. Não se dispuseram a mudar de vida ante os apelos severos do Batista, a quem tacharam de louco. Agora não se dispõem a converter-se, diante das palavras de misericórdia de Jesus e de seus grandes prodígios. Até o chamam de “comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e pecadores”. São como crianças caprichosas: nada é capaz de despertar-lhes interesse. Nem tudo, porém, está perdido: muitos discípulos da Sabedoria (“filhos”), que eram os desprezados pelas autoridades religiosas, ou seja, o povo simples e os pecadores, foram inteligentes, aceitando a conversão anunciada por João e o compromisso com Jesus.
domingo, 17 de setembro de 2023
Lucas 7, 1-10 A fé não tem fronteiras.
-* 1 Depois que terminou de falar todas essas palavras ao povo que o escutava, Jesus entrou na cidade de Cafarnaum. 2 Havia aí um oficial romano que tinha um empregado, a quem estimava muito. O empregado estava doente, a ponto de morrer. 3 O oficial ouviu falar de Jesus, e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedir a Jesus que fosse salvar o empregado. 4 Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças esse favor, 5 porque ele estima o nosso povo, e até construiu uma sinagoga para nós.” 6 Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizer a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois eu não sou digno de que entres em minha casa; 7 nem sequer me atrevi a ir pessoalmente ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e o meu empregado ficará curado. 8 Pois eu também estou sob a autoridade de oficiais superiores, e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: Vá, e ele vai; e a outro: Venha, e ele vem; e ao meu empregado: Faça isso, e ele o faz.” 9 Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Voltou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu declaro a vocês que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.” 10 Os mensageiros voltaram para a casa do oficial, e encontraram o empregado em perfeita saúde.
Comentário:
*1-10: O oficial era "temente a Deus", isto é, simpatizante do judaísmo, embora não pertencesse oficialmente aos seus quadros religiosos. Muitas vezes pode-se encontrar mais fé em pessoas que não pertencem a uma instituição religiosa do que entre aquelas que dela fazem parte.
Estamos diante de um modelo de fé. Um centurião (chefe de cem soldados, a serviço dos ocupantes romanos) não se dirige diretamente a Jesus, mas envia-lhe uma comitiva de anciãos judeus a pedir-lhe que vá curar seu funcionário a quem tanto estima. Pelos emissários, sabemos que o homem tinha bom coração. Jesus parte com eles. Mas, cheio de humildade e confiança, o militar envia alguns amigos com este recado para Jesus: diga apenas uma palavra e meu servo ficará curado. Assim acontece, de modo que os emissários, ao voltar para casa, encontram o servo curado. E Jesus, tomado de profunda admiração, engrandece a fé que o pagão demonstrou. Com esse episódio, Lucas já anuncia o tempo em que o Evangelho, pela ação do Espírito Santo, se estenderá também aos não judeus.
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