* 57 Enquanto iam
andando,
alguém
no caminho
disse
a Jesus:
“Eu te seguirei para onde quer que fores.” 58 Mas Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.” 59 Jesus disse a outro: “Siga-me.” Esse respondeu: “Deixa primeiro que eu vá sepultar meu pai.” 60 Jesus respondeu: “Deixe que os mortos sepultem seus próprios mortos; mas você, vá anunciar o Reino de Deus.” 61 Outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa primeiro que eu vá me despedir do pessoal de minha casa.” 62 Mas Jesus lhe respondeu: “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não serve para o Reino de Deus.”
Comentário:
Três cenas de seguimento marcam o
início da caminhada de Jesus para a cruz em Jerusalém. Jesus só pode recrutar
pessoas prontas a abandonar todas as seguranças materiais ou morais. No
primeiro e terceiro caso, os homens tomam a iniciativa: “Eu te seguirei”. No
segundo caso, é Jesus quem chama: “Siga-me”. Nas três situações requerem-se:
prontidão, desprendimento de outros vínculos, disposição para enfrentar o
desconforto. Enterrar os mortos é dever sagrado, porém é mais importante
priorizar a vida nova oferecida pelo Reino de Deus. O discípulo de Jesus deve
ser como o lavrador que olha para frente; olhar para trás é desviar-se do
caminho reto. Essas exigências se aplicam ainda mais aos que têm particular
vocação ao serviço do Reino, como bispos, padres, diáconos, religiosos e
religiosas.