domingo, 28 de junho de 2015

2 Timóteo 4, 6-8.17-18 Combati o bom combate.

* 6 Quanto a mim, meu sangue está para ser derramado em libação, e chegou o tempo da minha partida. 7 Combati o bom combate, terminei a minha corrida, conservei a . 8 Agora só me resta a coroa da justiça que o Senhor, justo Juiz, me entregará naquele Dia; e não somente para mim, mas para todos os que tiverem esperado com amor a sua manifestação.
O Senhor me deu forças -17 Mas o Senhor ficou comigo e me encheu de força, a fim de que eu pudesse anunciar toda a mensagem, e ela chegasse aos ouvidos de todas as nações. E assim eu fui liberto da boca do leão. 18 O Senhor me libertará de todo mal e me levará para o seu Reino eterno. Ao Senhor, glória para sempre. Amém!
Comentário:
* 6-8: Diante da certeza do martírio, Paulo se compara a um atleta que recebe o prêmio da vitória: ele sabe que sua vida foi inteiramente dedicada a propagar e sustentar a fé.

* 9-18: Os últimos tempos de Paulo são tristes e solitários. Embora abandonado e traído pelos companheiros mais próximos, seu olhar continua firme no Senhor, para anunciar o Evangelho e finalmente participar plenamente do Reino. Lucas já estava com Paulo no tempo da primeira prisão (cf. Cl 4,14); talvez seja este Lucas o autor do 3.° Evangelho e do livro dos Atos dos Apóstolos. Marcos ou João Marcos foi companheiro circunstancial (cf. At 12,12) e teve uma divergência com Paulo (cf. At 15,37-39). Mas o encontramos como companheiro fiel no tempo da perseguição (cf. Cl 4,10).

sábado, 27 de junho de 2015

Mateus 9, 5-17 As fronteiras do Reino.

 * 5 Jesus estava entrando em Cafarnaum, quando um oficial romano se aproximou dele, suplicando: 6 “Senhor, meu empregado está em casa, de cama, sofrendo muito com uma paralisia.” 7 Jesus respondeu: “Eu vou curá-lo.” 8 O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e meu empregado ficará curado. 9 Pois eu também obedeço a ordens e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: , e ele vai; e a outro: venha, e ele vem; e digo ao meu empregado: faça isso, e ele faz.”
10 Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Eu garanto a vocês: nunca encontrei uma igual a essa em ninguém de Israel! 11 Eu digo a vocês: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó. 12 Enquanto os herdeiros do Reino serão jogados nas trevas exteriores onde haverá choro e ranger de dentes.” 13 Então Jesus disse ao oficial: “, e seja feito conforme você acreditou.” E nessa mesma hora o empregado do oficial ficou curado.
Ser livre para servir -* 14 Jesus foi para a casa de Pedro, e viu a sogra de Pedro deitada, com febre. 15 Então Jesus tocou a mão dela, e a febre a deixou. Ela se levantou, e começou a servi-los.
Jesus é o Servo de Javé -* 16 À tarde, levaram a Jesus muitas pessoas que estavam possuídas pelo demônio. Jesus, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os doentes, 17 para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças.”
Comentário:
* 5-13: Atendendo ao pedido de um pagão, Jesus mostra que as fronteiras do Reino vão muito além do mundo estreito da pertença a uma origem privilegiada. A fronteira agora é a fé na palavra libertadora de Jesus. Mesmo pertencendo ao grupo dos que se consideram salvos, se não houver essa fé, também não haverá possibilidade de entrar no Reino de Deus.
* 14-15: A presença de Jesus na comunidade liberta as pessoas do mal. Em resposta, as pessoas libertas se põem a serviço da comunidade.
* 16-17: Mateus mostra o sentido das curas realizadas por Jesus. Citando Is 53,4, ele apresenta Jesus como o Servo de Javé, que liberta os homens de tudo aquilo que os aliena e oprime (demônios).






sexta-feira, 26 de junho de 2015

Mateus 8, 1-4 Jesus purifica.

* 1 Quando Jesus desceu da montanha, grandes multidões começaram a segui-lo. 2 Eis que um leproso aproximou-se e ajoelhou-se diante de Jesus, dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.” 3 Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fique purificado.” No mesmo instante o homem ficou purificado da lepra. 4 Então Jesus lhe disse: “Não conte isso a ninguém! pedir ao sacerdote para examinar você, e depois faça a oferta que Moisés mandou, a fim de que seja um testemunho para eles.”
Comentário:

* 1-4: O leproso era um marginalizado da vida social (Lv 13,45-46). Através da cura, Jesus o reintegra na comunidade (Lv 14). O verdadeiro cumprimento da Lei não é declarar quem é puro ou impuro, mas fazer com que a pessoa fique purificada.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Mateus 7, 21-29 A fé é uma prática.

* 21 “Nem todo aquele que me dizSenhor, Senhor’, entrará no Reino do Céu. Só entrará aquele que põe em prática a vontade do meu Pai, que está no céu.
22 Naquele dia muitos me dirão: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos tantos milagres?’ 23 Então, eu vou declarar a eles: Jamais conheci vocês. Afastem-se de mim, malfeitores!”
Passar para a ação -* 24 “Portanto, quem ouve essas minhas palavras e as põe em prática, é como o homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. 25 Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas a casa não caiu, porque fora construída sobre a rocha.
26 Por outro lado, quem ouve essas minhas palavras e não as põe em prática, é como o homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, e a casa caiu, e a sua ruína foi completa!”
A autoridade de Jesus -* 28 Quando Jesus acabou de dizer essas palavras, as multidões ficaram admiradas com o seu ensinamento, 29 porque Jesus ensinava como alguém que tem autoridade, e não como os doutores da Lei.
Comentário:
* 21-23: Nem mesmo o ato de fé mais profundo da comunidade, que é o reconhecimento de Jesus como o Senhor, faz que alguém entre no Reino. Se o ato de fé pela palavra não for acompanhado de ações, é vazio e sem sentido. A expressão “naquele dia” indica o Juízo final e nos remete a Mt 25,31-46, onde são mostradas as ações que qualificam o autêntico reconhecimento de Jesus como Senhor.
* 24-27: Construir a casa sobre a rocha é viver e agir de acordo com a justiça do Reino apresentada no Sermão da Montanha. Construir a casa sobre a areia é ficar na teoria, sem passar para a prática.
* 28-29: A autoridade de Jesus não se baseia em tradições ou sistemas, e sim na sua própria pessoa. Ele vive e pratica o que ensina aos outros.


quarta-feira, 24 de junho de 2015

Lucas 1, 57-66.80 Nascimento de João Batista.

-* 57 Terminou para Isabel o tempo de gravidez, e ela deu à luz um filho. 58 Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido bom para Isabel, e se alegraram com ela. 59 No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. 60 A mãe, porém, disse: “Não! Ele vai se chamar João.” 61 Os outros disseram: “Você não tem nenhum parente com esse nome!” 62 Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. 63 Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: “O nome dele é João.” E todos ficaram admirados. 64 No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65 Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia se espalhou por toda a região montanhosa da Judéia. 66 E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: “O que será que esse menino vai ser?” De fato, a mão do Senhor estava com ele.
80 O menino ia crescendo, e ficando forte de espírito. João viveu no deserto, até o dia em que se manifestou a Israel.
Comentário:
* 57-66: O nome de João (= Deus tem piedade) é o sinal que evidencia o projeto de Deus sobre a criança e sua missão.

* 67-80: O cântico de Zacarias é um louvor ao Deus misericordioso que realiza, através de Jesus, a “visita” aos pobres. Em Jesus se manifesta a força que liberta dos inimigos e do medo, formando um povo santo diante de Deus e justo diante dos homens. Desse modo, manifesta-se a luz que ilumina a condição do povo, abrindo uma história nova, que se encaminha para a Paz, isto é, a plenitude da vida.

Atos 13, 22-26 A essência da catequese de Paulo.

22 Após depor Saul da realeza, Deus suscitou para eles o rei Davi, do qual prestou o seguinte testemunho: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração; ele cumprirá todas as minhas vontades’. 23 Conforme havia prometido, Deus fez surgir da descendência de Davi um Salvador para Israel, que é Jesus. 24 E João, o precursor, havia preparado a chegada de Jesus, pregando a todo o povo de Israel um batismo de arrependimento. 25 Estando para terminar a sua missão, João declarou: ‘Não sou aquele que vocês pensam que eu seja! Vejam: depois de mim é que vem aquele do qual não mereço nem sequer desamarrar as sandálias!
26 Irmãos, descendentes de Abraão e não-judeus que adoram a Deus, esta mensagem de salvação foi enviada para nós.
Comentário:

* 13-43: O primeiro discurso de Paulo reflete a estrutura da sua catequese (comparar com a catequese de Pedro em At 10,34-43). A idéia-chave é a salvação, fruto da ressurreição de Cristo. A história de Israel, conduzida por Deus, é um passado de promessas em tensão para o seu cumprimento. É em Jesus que Deus as cumpre, transformando a história passada num presente que antecipa todo o futuro. Embora conhecendo as promessas, as autoridades de Israel rejeitaram Jesus e o mataram. Deus, porém, o ressuscitou, tornando-o salvador de todos os homens. É o que as Escrituras anunciam e os apóstolos testemunham. A profissão de fé expressa nessa catequese não é teoria abstrata; é experiência profundamente ligada à história, na qual se revela o acontecimento salvífico e na qual Deus nos chama para construirmos o futuro libertador antecipado em Jesus ressuscitado.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Mateus 7, 6.12-14 Saber discernir.

-* 6 “Não dêem aos cães o que é santo, nem atirem pérolas aos porcos; eles poderiam pisá-las com os pés e, virando-se, despedaçar vocês.”
A regra de ouro -* 12 “Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles. Pois nisso consistem a Lei e os Profetas.”
O Reino exige esforço -* 13 “Entrem pela porta estreita, porque é larga a porta e espaçoso o caminho que levam para a perdição, e são muitos os que entram por ela! 14 Como é estreita a porta e apertado o caminho que levam para a vida, e são poucos os que a encontram!”
Comentário:
* 6: Esta sentença provavelmente significa que é desperdício e perigo anunciar o Reino aos que não estão preocupados com ele. Se ligada à sentença sobre os dois senhores (Mt 6,24), poderia significar que é inútil e até perigoso anunciar os princípios evangélicos àqueles cujo deus são as riquezas. O coração deles está em outro lugar; fizeram outra opção fundamental. Em todo caso, a sentença parece fora de contexto, e é de difícil interpretação.
* 12: No tempo de Jesus, “Lei e Profetas” indicava todo o Antigo Testamento. Esta “regra de ouro” convida-nos a ter para com os outros a mesma preocupação que temos espontaneamente para com nós mesmos. Não se trata de visão calculista - dar para receber -, mas de uma compreensão do que seja o amor do Pai.

* 13-14: Tanto a opção fundamental pelo Reino e sua justiça (entrar pela porta), como continuar nessa busca fundamental (caminho), não são fáceis. A escolha verdadeira nunca será feita pelos indecisos e acomodados. Estes ficam relutando, ou escolhem a estrada mais larga proposta pelos ídolos.