sexta-feira, 19 de março de 2010

Lucas 2,41-51a O Messias é o Filho de Deus.

41 Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42 Quando o menino completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43 Passados os dias da Páscoa, voltaram, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44 Pensando que o menino estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre parentes e conhecidos. 45 Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém à procura dele. 46 Três dias depois, encontraram o menino no Templo. Estava sentado no meio dos doutores, escutando e fazendo perguntas. 47 Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com a inteligência de suas respostas. 48 Ao vê-lo, seus pais ficaram emocionados. Sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que você fez isso conosco? Olhe que seu pai e eu estávamos angustiados, à sua procura.” 49 Jesus respondeu: “Por que me procuravam? Não sabiam que eu devo estar na casa do meu Pai?” 50 Mas eles não compreenderam o que o menino acabava de lhes dizer.
51 Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e permaneceu obediente a eles.
Comentário:
41-52: Neste Evangelho, as primeiras palavras de Jesus mostram que toda a sua missão decorre da sua relação filial com o Pai. Isto significa que essa missão provém do próprio mistério de Deus e da realização de sua vontade entre os homens. Contudo, ela se processa dentro do mistério da Encarnação, onde Jesus vai aprendendo a viver a vida humana como qualquer outro homem.

Mateus 1, 16.18-21.24a Prólogo: A nova história. Jesus, o Messias, realiza as promessas de Deus.

16 Jacó foi o pai de José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Messias.
O começo de uma nova história - 18 A origem de Jesus, o Messias, foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19 José, seu marido, era justo. Não queria denunciar Maria, e pensava em deixá-la, sem ninguém saber. 20 Enquanto José pensava nisso, o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, e disse: “José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um filho, e você lhe dará o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados.”
24 Quando acordou, José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado: levou Maria para casa,
Comentário:
1-17: Em Jesus, continua e chega ao ápice toda a história de Israel. Sua árvore genealógica apresenta-o como descendente direto de Davi e Abraão. Como filho de Davi, Jesus é o Rei-Messias que vai instaurar o Reino prometido. Como filho de Abraão, ele estenderá o Reino a todos os homens, através da presença e ação da Igreja.
18-25: Jesus não é apenas filho da história dos homens. É o próprio Filho de Deus, o Deus que está conosco. Ele inicia nova história, em que os homens serão salvos (Jesus = Deus salva) de tudo o que diminui ou destrói a vida e a liberdade (os pecados).

quinta-feira, 18 de março de 2010

João 5, 31-47 Testemunhas em favor de Jesus.

31 “Se eu dou testemunho de mim mesmo, meu testemunho não vale. 32 Mas há outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é válido.
33 Vocês mandaram mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. 34 Eu não preciso de testemunho de um homem, mas falo isso para que vocês sejam salvos. 35 João era uma lâmpada que estava acesa e iluminava. Vocês quiseram se alegrar com sua luz. 36 Mas eu tenho um testemunho maior que o de João: são as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou. 37 E o Pai que me enviou deu testemunho a meu favor. Vocês nunca ouviram a voz dele, nem viram a sua face. 38 Desse modo, a palavra dele não permanece em vocês, porque vocês não acreditam naquele que ele enviou.
39 Vocês vivem estudando as Escrituras, pensando que vão encontrar nelas a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim. 40 Mas vocês não querem vir a mim para terem a vida eterna.
41 Eu não aceito elogios dos homens. 42 Quanto a vocês, eu já os conheço muito bem: o amor de Deus não está dentro de vocês. 43 Eu vim em nome do meu Pai, e vocês não me receberam. Mas, se outro vem em seu próprio nome, vocês o receberão. 44 Como é que vocês poderão acreditar, se vivem elogiando uns aos outros, e não buscam a glória que vem do Deus único?
45 Não pensem que eu vou acusar vocês diante do Pai. Já existe alguém que os acusa: é Moisés, no qual vocês põem sua esperança. 46 Se vocês acreditassem mesmo em Moisés, também acreditariam em mim, porque foi a respeito de mim que Moisés escreveu. 47 Mas, se vocês não acreditam naquilo que ele escreveu, como irão acreditar nas minhas palavras?”
Comentário:
31-47: Como distinguir o verdadeiro e o falso, reconhecendo se Jesus realiza ou não a vontade de Deus? Jesus apresenta as três testemunhas que confirmam sua missão divina: primeiro, sua ação em favor da vida e da liberdade; segundo, o testemunho de João Batista, que o apresenta como salvador; terceiro, as Escrituras, que anunciavam o que Jesus agora realiza. Não adianta nada uma comunidade dizer que tem fé e repetir as palavras da Bíblia; é necessário que as ações dessa comunidade sejam continuação da ação de Jesus, confirmando a própria fé.

quarta-feira, 17 de março de 2010

João 5, 17-30 A vida está acima da lei.

17 Jesus então lhes disse: “Meu Pai continua trabalhando até agora e eu também trabalho.” 18 Por isso, as autoridades dos judeus tinham mais vontade ainda de matar Jesus, porque, além de violar a lei do sábado, chegava até a dizer que Deus era o seu Pai, fazendo-se assim igual a Deus.
Jesus dá vida a quem está morto - 19 Então Jesus disse às autoridades dos judeus: “Eu garanto a vocês: o Filho não pode fazer nada por sua própria conta; ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho também faz. 20 O Pai ama o Filho, e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras ainda maiores, que deixarão vocês admirados.
21 Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer dar. 22 O Pai não julga ninguém. Ele deu ao Filho todo o poder de julgar, 23 para que todos honrem o Filho, da mesma forma que honram o Pai. Quem não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou.
24 Eu garanto a vocês: quem ouve a minha palavra e acredita naquele que me enviou, possui a vida eterna. Não será condenado, porque já passou da morte para a vida.
25 Eu garanto a vocês: está chegando, ou melhor, já chegou a hora em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus: aqueles que ouvirem sua voz, terão a vida. 26 Porque assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo ele concedeu ao Filho possuir a vida em si mesmo. 27 Além disso, ele deu ao Filho o poder de julgar, porque é Filho do Homem.
28 Não fiquem admirados com isso, porque vai chegar a hora em que todos os mortos que estão nos túmulos ouvirão a voz do Filho, 29 e sairão dos túmulos: aqueles que fizeram o bem, vão ressuscitar para a vida; os que praticaram o mal, vão ressuscitar para a condenação.
30 Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Eu julgo conforme o que escuto e o meu julgamento é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.”
Comentário:
1-18: O paralítico é figura do povo oprimido e paralisado, à espera de alguém que o liberte. Jesus vai ao encontro do paralítico, e lhe ordena que ele próprio se levante e ande, encontrando sua liberdade e decidindo seu próprio caminho.
Para Jesus e para seu Pai, o importante é a vida e a liberdade. Elas estão acima até mesmo das leis religiosas e da opinião de quaisquer autoridades.
19-30: Em tudo o que faz, Deus procura dar a vida, e sua maior obra é a ressurreição. Ressuscitar não é apenas voltar à vida física, mas levantar-se para começar vida nova e transformada. A fé em Jesus, que é compromisso com sua palavra e ação, leva o povo a começar a vida nova da ressurreição, organizando-se como família dos filhos de Deus e irmãos de Jesus. Assim, a morte já está sendo vencida, e o será definitivamente na ressurreição final.

terça-feira, 16 de março de 2010

João 5, 1-16 Terceiro sinal: Jesus cura o paralítico. A vida está acima da lei.

1 Depois disso, houve uma festa judaica, e Jesus foi a Jerusalém.
2 Em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, existe uma piscina rodeada por cinco corredores cobertos. Em hebraico a piscina chamava-se Betesda. 3 Muitos doentes ficavam aí deitados: eram cegos, coxos e paralíticos, esperando que a água se movesse (4 porque um anjo descia de vez em quando e movimentava a água da piscina. O primeiro doente que entrasse na piscina, depois que a água fosse movida, ficava curado de qualquer doença que tivesse).
5 Aí ficava um homem que estava doente havia trinta e oito anos. 6 Jesus viu o homem deitado e ficou sabendo que estava doente havia muito tempo. Então lhe perguntou: “Você quer ficar curado?” 7 O doente respondeu: “Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina quando a água está se movendo. Quando vou chegando, outro já entrou na minha frente.” 8 Jesus disse: “Levante-se, pegue sua cama e ande”. 9 No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou sua cama e começou a andar.
Era um dia de sábado. 10 Por isso, as autoridades dos judeus disseram ao homem que tinha sido curado: “Hoje é dia de sábado. A lei não permite que você carregue a cama.” 11 Ele respondeu: “Aquele homem que me curou disse: ‘Pegue sua cama e ande’.” 12 Então os dirigentes dos judeus lhe perguntaram: “Quem foi que disse a você para pegar a cama e andar?” 13 O homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha desaparecido no meio das pessoas que estavam reunidas nesse lugar. 14 Mais tarde, Jesus encontrou aquele homem no Templo e lhe disse: “Você ficou curado. Não peque de novo, para que não lhe aconteça alguma coisa pior.”
15 Então o homem saiu e disse às autoridades dos judeus que tinha sido Jesus quem o havia curado. 16 Então as autoridades dos judeus começaram a perseguir Jesus, porque ele havia curado em dia de sábado.
Comentário:
1-18: O paralítico é figura do povo oprimido e paralisado, à espera de alguém que o liberte. Jesus vai ao encontro do paralítico, e lhe ordena que ele próprio se levante e ande, encontrando sua liberdade e decidindo seu próprio caminho.
Para Jesus e para seu Pai, o importante é a vida e a liberdade. Elas estão acima até mesmo das leis religiosas e da opinião de quaisquer autoridades.

segunda-feira, 15 de março de 2010

João 9, 1-41 Sexto sinal:O cego de nascença. Jesus cura a cegueira dos homens.

1 Ao passar, Jesus viu um cego de nascença. 2 Os discípulos perguntaram: “Mestre, quem foi que pecou, para que ele nascesse cego? Foi ele ou seus pais?” 3 Jesus respondeu: “Não foi ele que pecou, nem seus pais, mas ele é cego para que nele se manifestem as obras de Deus. 4 Nós temos que realizar as obras daquele que me enviou, enquanto é dia. Está chegando a noite, e ninguém poderá trabalhar. 5 Enquanto estou no mundo, eu sou a luz do mundo.” 6 Dizendo isso, Jesus cuspiu no chão, fez barro com a saliva e com o barro ungiu os olhos do cego. 7 E disse: “Vá se lavar na piscina de Siloé.” (Esta palavra quer dizer “O Enviado”). O cego foi, lavou-se, e voltou enxergando.
8 Os vizinhos e os que costumavam ver o cego, pois ele era mendigo, perguntavam: “Não é ele que ficava sentado, pedindo esmola?” 9 Uns diziam: “É ele mesmo.” Outros, porém, diziam: “Não é ele não, mas parece com ele.” Ele, no entanto, dizia: “Sou eu mesmo.” 10 Então lhe perguntaram: “Como é que seus olhos se abriram?” 11 Ele respondeu: “O homem que se chama Jesus fez barro, ungiu meus olhos e me disse: ‘Vá se lavar em Siloé’. Eu fui, me lavei, e comecei a enxergar.” 12 Perguntaram-lhe: “Onde está esse homem?”Ele disse: “Não sei.”
Pior cego é aquele que não quer ver - 13 Então levaram aos fariseus aquele que tinha sido cego. 14 Era sábado o dia em que Jesus fez o barro e abriu os olhos do cego. 15 Então os fariseus lhe perguntaram como é que tinha recuperado a vista. Ele disse: ‘‘Alguém colocou barro nos meus olhos, eu me lavei, e estou enxergando.” 16 Então os fariseus disseram: “Esse homem não pode vir de Deus; ele não guarda o sábado.” Outros diziam: “Mas como pode um pecador realizar esses sinais?” 17 E havia divisão entre eles. Perguntaram outra vez ao que tinha sido cego: “O que você diz do homem que abriu seus olhos?” Ele respondeu: “É um profeta.”
18 As autoridades dos judeus não acreditaram que ele tinha sido cego e que tinha recuperado a vista. Até que chamaram os pais dele 19 e perguntaram: “Este é o filho que vocês dizem ter nascido cego? Como é que ele agora está enxergando?” 20 Os pais disseram: “Sabemos que é o nosso filho e que nasceu cego. 21 Como é que ele agora está enxergando, isso não sabemos. Também não sabemos quem foi que abriu os olhos dele. Perguntem a ele. É maior de idade e pode dar explicação.” 22 Os pais do cego disseram isso porque tinham medo das autoridades dos judeus, que haviam combinado expulsar da sinagoga quem confessasse que Jesus era o Messias. 23 Foi por isso que os pais disseram: “É maior de idade; perguntem a ele.”
24 Então as autoridades dos judeus chamaram de novo o homem que tinha sido cego e lhe disseram: “Confesse a verdade. Nós sabemos que esse homem é um pecador.”25 Ele respondeu: “Se ele é pecador, isso eu não sei; só sei que eu era cego e agora estou enxergando.” 26 Eles insistiram: “Que é que ele fez? Como foi que abriu seus olhos?” 27 Ele respondeu: “Eu já lhes disse, e vocês não me escutaram. Por que vocês querem ouvir de novo? Será que também vocês querem se tornar discípulos dele?” 28 Então insultaram o cego curado e disseram: “Você é que é discípulo dele. Nós, porém, somos discípulos de Moisés. 29 Sabemos que Deus falou a Moisés, mas quanto a esse homem, nem sabemos de onde ele é.” 30 Ele respondeu: “Isso é de admirar! Vocês não sabem de onde ele é. No entanto, ele abriu meus olhos. 31 Sabemos que Deus não ouve os pecadores, mas ouve aquele que o respeita e faz a sua vontade. 32 Nunca se ouviu falar que alguém tenha aberto os olhos de um cego de nascença. 33 Se esse homem não vem de Deus, não poderia fazer nada.” 34 Eles disseram: “Você nasceu inteirinho no pecado e quer nos ensinar?” E o expulsaram.
Jesus torna cegos os que pensam ver - 35 Jesus, ouvindo dizer que tinham expulsado aquele que fora cego, foi à procura dele e perguntou-lhe: “Você acredita no Filho do Homem?” 36 Ele respondeu: “Quem é ele, Senhor, para que eu acredite nele?” 37 Jesus disse: “Você o está vendo; é aquele que está falando com você.” 38 O cego que tinha sido curado disse: “Eu acredito, Senhor.” E se ajoelhou diante de Jesus. 39 Então Jesus disse: “Eu vim a este mundo para um julgamento, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos.” 40 Alguns fariseus que estavam perto dele ouviram isso e disseram: “Será que também somos cegos?” 41 Jesus respondeu: “Se vocês fossem cegos, não teriam nenhum pecado. Mas como vocês dizem: ‘Nós vemos’, o pecado de vocês permanece.”
Comentário:
1-12: O cego de nascença simboliza o povo que nunca tomou consciência de sua própria condição de oprimido, e por isso não chegou a ver a verdadeira condição humana, o objetivo para o qual Deus o criou. A missão de Jesus, e dos que acreditam nele, é mostrar essa possibilidade, a partir de uma prática concreta, mais do que com palavras.
13-34: A ação de Jesus abala as idéias religiosas dos representantes do poder. Estes, em primeiro lugar, procuram transformar o fato em fraude. Não o conseguindo, recorrem à sua própria autoridade, para definirem o que está ou não de acordo com a vontade de Deus. Apegados a suas idéias, negam o que é evidente e invertem as coisas, defendendo a todo o custo sua posição de privilégio e poder. Para eles, Deus prefere a observância da Lei ao bem do homem. Por fim, recorrem à violência, expulsando o homem da comunidade, marginalizando-o. Pretendendo possuir a luz, eles se tornam cegos e querem cegar os outros.
35-41: Curado por Jesus, o homem enfrenta a luta com os dirigentes de uma sociedade cega que o afasta. Como conseqüência, ele passa então para uma nova comunidade e começa seu novo culto. Por outro lado, os dirigentes não querem aceitar essa realidade e por isso permanecem intransigentes dentro da instituição opressora. Este é o julgamento de Jesus.

domingo, 14 de março de 2010

2 Coríntios 5, 17-21 O ministério da reconciliação.

17 Se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas passaram; eis que uma realidade nova apareceu. 18 Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo por meio de Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação. 19 Pois era Deus quem reconciliava com ele mesmo o mundo por meio de Cristo, não levando em conta os pecados dos homens e colocando em nós a palavra da reconciliação. 20 Sendo assim exercemos a função de embaixadores em nome de Cristo, e é por meio de nós que o próprio Deus exorta vocês. Em nome de Cristo, suplicamos: reconciliem-se com Deus. 21 Aquele que nada tinha a ver com o pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que por meio dele sejamos reabilitados por Deus.
Comentário:
14-6,2: Os inimigos de Paulo dizem que ele não é apóstolo porque não foi testemunha ocular da vida terrestre de Jesus, nem lhe conheceu as palavras e atos. Por isso, não pode ser testemunha do Evangelho. No entanto, o Apóstolo mostra que o Evangelho não é simples história de Jesus, e sim o anúncio de sua morte e ressurreição, que restaura a condição humana, vence a alienação causada pelo pecado e inaugura nova era. A cruz de Jesus anuncia o fim da inimizade com Deus e inaugura a era da reconciliação universal. Enquanto esperamos o dia da ressurreição, Deus escolheu apóstolos para exercer o ministério da reconciliação. Por meio deles, o Senhor Jesus continua sua atividade na terra e convoca todos os homens: "reconciliem-se com Deus".