domingo, 7 de dezembro de 2014

2 Pedro 3, 8-14 Deus espera a conversão.

8 , porém, uma coisa que vocês, amados, não deveriam esquecer: para o Senhor, um dia é como mil anos e mil anos são como um dia. 9 O Senhor não demora para cumprir o que prometeu, como alguns pensam, achando que demora; é que Deus tem paciência com vocês, porque não quer que ninguém se perca, mas que todos cheguem a se converter. 10 O Dia do Senhor chegará como um ladrão, e então os céus se dissolverão com estrondo, os elementos se derreterão, devorados pelas chamas, e a terra desaparecerá com tudo o que nela se faz.
Novos céus e nova terra -* 11 Em vista dessa desintegração universal, qual não deve ser a santidade de vida e piedade de vocês, 12 enquanto esperam e apressam a vinda do Dia de Deus? Nesse dia, ardendo em chamas, os céus se dissolverão, e os elementos se fundirão consumidos pelo fogo. 13 O que nós esperamos, conforme a promessa dele, são novos céus e nova terra, onde habitará a justiça.
Conclusão -* 14 Por isso, queridos irmãos, durante este tempo de espera, esforcem-se para que Deus os encontre sem mancha e sem culpa, vivendo em paz.
Comentário:
* 1-10: Duas gerações de cristãos haviam esperado a vinda eminente de Jesus, e isso os ajudava a serem mais comprometidos na própria fé. Diante da demora, os falsos mestres semeiam a dúvida, dizendo que tudo continua como antes. A isso o autor responde, mostrando que Deus não mede o tempo como nós; e, de outro lado, que o tempo se torna longo para ser como sinal de que Deus está dando a todos oportunidade de conversão. Quanto ao fim do mundo, ninguém sabe quando acontecerá. É preciso vigiar, pois “esse dia chegará como um ladrão”.

* 11-16: Assim como Deus espera pacientemente que os pecadores se convertam antes do julgamento final, do mesmo modo os que se convertem aceleram a vinda da plenitude do Reino. Não se fala propriamente de fim do mundo, mas de uma transformação em “novos céus e nova terra”: a humanidade renovada, onde se realizará nova ordem com justiça. 

sábado, 6 de dezembro de 2014

Mateus 9, 35-10,1.6-8 A origem da missão.

* 35 Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando a Boa Notícia do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36 Vendo as multidões, Jesus teve compaixão, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. 37 Então Jesus disse a seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos! 38 Por isso, peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a colheita.”
O núcleo da nova comunidade -* 1 Então Jesus chamou seus discípulos e deu-lhes poder para expulsar os espíritos maus, e para curar qualquer tipo de doença e enfermidade.
A missão dos apóstolos - 6 Vão primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel. 7 Vão e anunciem: ‘O Reino do Céu está próximo’. 8 Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça, dêem também de graça!
Comentário:
* 35-38: Mateus apresenta um resumo da atividade de Jesus (cf. 4,23), mostrando a raiz da ação dele: nasce da visão da realidade, que o leva a compadecer-se, isto é, a sentir junto com o povo cansado e abatido. O trabalho é grande, e necessita de pessoas dispostas a continuar a obra de Jesus. A comunidade deve assumir a preocupação de levar a Boa Notícia do Reino ao mundo inteiro, consciente da necessidade de trabalhadores disponíveis para essa missão divina.
* 10,1-4: Os discípulos recebem o mesmo poder de Jesus: desalienar os homens (expulsar demônios) e libertá-los de todos os males (curar doenças). Os doze apóstolos formam o núcleo da nova comunidade, chamada a continuar a palavra e ação de Jesus.
* 5-15: A missão é reunir o povo para seguir a Jesus, o novo Pastor. Ela se realiza mediante o anúncio do Reino e pela ação que concretiza os sinais da presença do Reino. A missão se desenvolve em clima de gratuidade, pobreza e confiança, e comunica o bem fundamental da paz, isto é, da plena realização de todas as dimensões da vida humana. Os enviados são portadores da libertação; rejeitá-los é rejeitar a salvação e atrair sobre si o julgamento.



sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Mateus 9, 27-31 Jesus faz ver e falar .

* 27 Quando Jesus saiu dali, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós, filho de Davi.” 28 Jesus chegou em casa, e os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou: “Vocês acreditam que eu posso fazer isso?” Eles responderam: “Sim, Senhor.” 29 Então Jesus tocou os olhos deles, dizendo: “Que aconteça conforme vocês acreditaram.” E os olhos deles se abriram. 30 Então Jesus lhes ordenou: “Tomem cuidado para que ninguém fique sabendo.” 31 Mas eles saíram, e espalharam a notícia por toda aquela região.
Comentário:
* 27-34: A justiça do Reino liberta os homens para o discernimento (ver) e expulsa a alienação (demônio) que impede de dizer a palavra que transforma a realidade. A justiça libertadora, porém, provoca a oposição daqueles que querem apossar-se da salvação, para restringi-la a pequeno grupo de privilegiados.


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Mateus 7, 21.24-27 A fé é uma prática.

* 21 “Nem todo aquele que me dizSenhor, Senhor’, entrará no Reino do Céu. Só entrará aquele que põe em prática a vontade do meu Pai, que está no céu.
Passar para a ação -* 24 “Portanto, quem ouve essas minhas palavras e as põe em prática, é como o homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. 25 Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas a casa não caiu, porque fora construída sobre a rocha.
26 Por outro lado, quem ouve essas minhas palavras e não as põe em prática, é como o homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, e a casa caiu, e a sua ruína foi completa!”
Comentário:
* 21-23: Nem mesmo o ato de fé mais profundo da comunidade, que é o reconhecimento de Jesus como o Senhor, faz que alguém entre no Reino. Se o ato de fé pela palavra não for acompanhado de ações, é vazio e sem sentido. A expressão «naquele dia» indica o Juízo final e nos remete a Mt 25,31-46, onde são mostradas as ações que qualificam o autêntico reconhecimento de Jesus como Senhor.


* 24-27: Construir a casa sobre a rocha é viver e agir de acordo com a justiça do Reino apresentada no Sermão da Montanha. Construir a casa sobre a areia é ficar na teoria, sem passar para a prática. 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Mateus 15, 29-37 A comunidade que serve.

* 29 Saindo daí, Jesus foi para a margem do mar da Galiléia, subiu a montanha, e sentou-se. 30 Numerosas multidões se aproximaram de Jesus, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou. 31 As multidões ficaram admiradas, vendo que os mudos falavam, os aleijados saravam, os coxos andavam e os cegos viam. E glorificaram o Deus de Israel.
32 Jesus chamou seus discípulos, e disse: “Tenho compaixão dessa multidão, porque faz três dias que está comigo, e não tem nada para comer. Não quero mandá-los embora sem comer, para que não desmaiem pelo caminho.” 33 Os discípulos disseram: “Onde vamos buscar, nesse deserto, tantos pães para matar a fome de tão grande multidão?” 34 Jesus perguntou: “Quantos pães vocês têm?" Eles responderam: «Sete, e alguns peixinhos.”
35 Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. 36 Depois pegou os sete pães e os peixes, agradeceu, partiu-os, e ia dando aos discípulos, e os discípulos para as multidões. 37 Todos comeram, e ficaram satisfeitos. E encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.
Comentário:
* 29-39: Com os milagres, Jesus responde às necessidades da multidão, mostrando a presença de Deus que salva o seu povo, cuja gratidão se traduz no ato de louvor.
O texto salienta o papel dos discípulos, isto é, da comunidade cristã. Esta é mediadora, respondendo à fome de uma sociedade que corre o risco de desfalecer no caminho da vida.


Lucas 10, 21-24 Os pobres evangelizam.

-* 21 Nessa hora, Jesus se alegrou no Espírito Santo, e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22 Meu Pai entregou tudo a mim. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar.” 23 E Jesus voltou-se para os discípulos, e lhes disse em particular: “Felizes os olhos que vêem o que vocês vêem. 24 Pois eu digo a vocês que muitos profetas quiseram ver o que vocês estão vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que vocês estão ouvindo, e não puderam ouvir.”
Comentário:

* 1-16: Os discípulos são organizados por Jesus para anunciarem a Boa Notícia no caminho e começarem a realizar os atos que concretizam o Reino. Aqueles que não quiserem aderir à Boa Notícia ficarão fora da nova história.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Mateus 8, 5-11 As fronteiras do Reino.

* 5 Jesus estava entrando em Cafarnaum, quando um oficial romano se aproximou dele, suplicando: 6 “Senhor, meu empregado está em casa, de cama, sofrendo muito com uma paralisia.” 7 Jesus respondeu: “Eu vou curá-lo.” 8 O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e meu empregado ficará curado. 9 Pois eu também obedeço a ordens e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: , e ele vai; e a outro: venha, e ele vem; e digo ao meu empregado: faça isso, e ele faz.”
10 Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Eu garanto a vocês: nunca encontrei uma igual a essa em ninguém de Israel! 11 Eu digo a vocês: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó.
Comentário:

* 5-13: Atendendo ao pedido de um pagão, Jesus mostra que as fronteiras do Reino vão muito além do mundo estreito da pertença a uma origem privilegiada. A fronteira agora é a fé na palavra libertadora de Jesus. Mesmo pertencendo ao grupo dos que se consideram salvos, se não houver essa fé, também não haverá possibilidade de entrar no Reino de Deus.