sexta-feira, 6 de abril de 2012

João 18, 1-19 Jesus se entrega livremente.

* 1 Tendo dito isso, Jesus saiu com seus discípulos, e foi para o outro lado do riacho do Cedron, onde havia um jardim. Ele entrou no jardim com os discípulos. 2 Jesus já tinha se reunido aí muitas vezes com seus discípulos. Por isso, Judas, que estava traindo Jesus, também conhecia o lugar. 3 Judas arrumou uma tropa e alguns guardas dos chefes dos sacerdotes e fariseus e chegou ao jardim com lanternas, tochas e armas.
4 Então Jesus, sabendo tudo o que lhe ia acontecer, saiu e perguntou a eles: “Quem é que vocês estão procurando?” 5 Eles responderam: “Jesus de Nazaré.” Jesus disse: “Sou eu.” Judas, que estava traindo Jesus, também estava com eles. 6 Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram no chão. 7 Então Jesus perguntou de novo: “Quem é que vocês estão procurando?” Eles responderam: “Jesus de Nazaré.” 8 Jesus falou: “Já lhes disse que sou eu. Se vocês estão me procurando, deixem os outros ir embora.” 9 Era para se cumprir a Escritura que diz: “Não perdi nenhum daqueles que me deste.”
10 Simão Pedro tinha uma espada. Desembainhou a espada e feriu o empregado do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. O nome do empregado era Malco. 11 Mas Jesus disse a Pedro: “Guarde a espada na bainha. Por acaso não vou beber o cálice que o Pai me deu?” 12 Então a tropa, o comandante e os guardas das autoridades dos judeus prenderam e amarraram Jesus. 13 A primeira coisa que fizeram foi levar Jesus até Anás, que era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano. 14 Caifás é aquele que tinha dado um conselho aos judeus: “É preciso que um homem morra pelo povo.”
Pedro nega ser discípulo -* 15 Simão Pedro e o outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus no pátio do chefe do sacerdote. 16 Mas Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a porteira e levou Pedro para dentro. 17 A empregada, que tomava conta da porta, perguntou a Pedro: “Você não é também um dos discípulos desse homem?” Pedro disse: “Eu não.” 18 Os empregados e os guardas estavam fazendo uma fogueira para se esquentar, porque fazia frio. Pedro ficou se esquentando junto com eles.
Testemunho de Jesus diante do poder religioso - 19 Então o sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito dos seus discípulos e do seu ensinamento.
Comentário:
* 18,1-14: O jardim recorda o paraíso do Gênesis, de onde o homem tinha sido expulso. Jesus entra no jardim para enfrentar e derrotar a serpente, símbolo do mal que oprime e mata os homens. Ninguém tem poder para prender Jesus ou defendê-lo. Ele é preso porque entrega livremente a própria vida, cumprindo até o fim a missão que o Pai lhe confiou.
* 15-27: O testemunho dado por Jesus está entre as negações de Pedro. Há um contraste de atitudes. Antes Pedro usara a violência e Jesus se entregara livremente. Agora Jesus corajosamente dá testemunho diante das autoridades, sem nada negar de sua atividade anterior; Pedro, ao contrário, nega covardemente sua condição de discípulo e seu passado de adesão a Jesus. Jesus terminou o tempo da sua atividade terrestre. Agora seu testemunho deve ser continuado pelos seus seguidores.

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