* 16 Os onze discípulos foram para a Galiléia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. 17 Quando viram Jesus, ajoelharam-se diante dele. Ainda assim, alguns duvidaram. 18 Então
Jesus
se aproximou,
e falou:
“Toda
a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. 19 Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, 20 e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo.”
Comentário:
* 16-20:
Doravante, Jesus é a única autoridade entre Deus e os homens. Ele dá apenas uma
ordem àqueles que o seguem: fazer com que todos os povos se tornem discípulos.
Todos são chamados a participar de uma nova comunidade (batismo), que se
compromete a viver de acordo com o que Jesus ensinou: praticar a justiça (3,15;
5,20) em favor dos pobres e marginalizados (25,31-46).
O Evangelho se encerra com a
promessa já feita no início: Jesus está vivo e sempre presente no meio da
comunidade, como o Emanuel, o Deus-conosco (1,23).
Tudo recomeça na Galileia, onde
Jesus iniciou sua missão. Agora, a Igreja é convidada a retomar o mesmo
caminho. Iniciar da Galileia é ir às periferias econômicas e sociais, como nos
ensina o papa Francisco. Com isso, Jesus reafirma o compromisso com os pobres.
O Evangelho de Mateus conclui com a despedida do Ressuscitado, quando ele
indica aos seus seguidores a missão e lhes deixa a promessa. A missão é tornar
os povos discípulos de Jesus. Fazer discípulos não é fazer proselitismo, é
antes fazer que as pessoas conheçam e vivam o projeto de Deus. A promessa é
esta: “Estarei convosco todos os dias e até o fim dos tempos”. São as últimas
palavras do Evangelho de Mateus. Mediante o seu Espírito, Jesus nos garante sua
constante presença entre nós. Não estamos sós e abandonados à nossa própria
sorte. Nossa grande alegria e esperança é que o Ressuscitado está conosco
sempre e em todos os recantos. O Deus-Trindade nos mostra nossa condição de
pessoas em comunhão. Convoca-nos a abandonar os modernos ídolos, que nos
convidam ao fechamento em nós mesmos: o consumismo desenfreado, o
individualismo, o comodismo, o culto ao corpo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário