* 13 Depois disso, alguns levaram crianças para que Jesus tocasse nelas. Mas os discípulos os repreendiam. 14
Vendo
isso,
Jesus
ficou
zangado
e disse:
“Deixem
as crianças
vir
a mim. Não
lhes proíbam,
porque
o Reino
de Deus
pertence
a elas. 15 Eu garanto a vocês: quem não receber como criança o Reino de Deus, nunca entrará nele.” 16 Então Jesus abraçou as crianças e abençoou-as, pondo a mão sobre elas.
Comentário:
*
13-16: Aqui a criança serve de exemplo não pela inocência
ou pela perfeição moral. Ela é o símbolo do ser fraco, sem pretensões sociais:
é simples, não tem poder nem ambições. Principalmente na sociedade do tempo de
Jesus, a criança não era valorizada, não tinha nenhuma significação social. A
criança é, portanto, o símbolo do pobre marginalizado, que está vazio de si
mesmo, pronto para receber o Reino.
Não era certamente comum ver
crianças sendo familiarmente acolhidas por um mestre em Israel. Jesus
surpreende e se deixa tocar por elas, e o faz não para aparecer nas manchetes
dos noticiários, nem para conquistar votos da população. Não estava em jogo a
concorrência para algum cargo político. O que se via era a manifestação do Reino
de Deus, que não exclui ninguém com simplicidade de coração. No caso, as
crianças, aqui apresentadas por Jesus como modelos para quem quer pertencer ao
Reino, coisa que os discípulos não compreendiam. Os discípulos, aliás,
repreendiam as pessoas que traziam crianças até Jesus. Ignoravam que o Reino de
Deus é constituído de pessoas que, à semelhança das crianças, têm o espírito
simples, aberto e generoso. Livres para se aproximarem de Jesus e o seguir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário