quinta-feira, 31 de maio de 2018

Marcos 14, 12-16.22-26 O novo Cordeiro pascal.


* 12 No primeiro dia dos Ázimos, quando matavam os cordeiros para a Páscoa, os discípulos perguntaram a Jesus: Onde queres que vamos preparar para que comas a Páscoa?” 13 Jesus mandou então dois de seus discípulos, dizendo: Vão à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no 14 e digam ao dono da casa onde ele entrar: ‘O Mestre manda dizer: Onde é a sala em que eu e os meus discípulos vamos comer a Páscoa?’ 15 Então ele mostrará para vocês, no andar de cima, uma sala grande, arrumada com almofadas. Preparemtudo para nós.” 16 Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito. E prepararam a Páscoa.
A instituição da Eucaristia -* 22 Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo pronunciado a bênção, o partiu, distribuiu a eles, e disse: Tomem, isto é o meu corpo.” 23 Em seguida, tomou um cálice, agradeceu e deu a eles. E todos eles beberam. 24 E Jesus lhes disse: Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25 Eu garanto a vocês: nunca mais beberei do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus.”
A fidelidade de Jesus aos seus -* 26 Depois de terem cantado salmos, foram para o monte das Oliveiras.
Comentário:


Pode ser lida na forma breve, a partir da estrofe número 21.
   1. Terra, exulta de alegria, / louva teu pastor e guia / com teus hinos, tua voz! 
   2.Tanto possas, tanto ouses, / em louvá-lo não repouses: / sempre excede o teu louvor!
   3.Hoje a Igreja te convida: / ao pão vivo que dá vida / vem com ela celebrar!
   4.Este pão, que o mundo creia! / por Jesus, na santa ceia, / foi entregue aos que escolheu.
   5.Nosso júbilo cantemos, / nosso amor manifestemos, / pois transborda o coração! 
   6.Quão solene a festa, o dia, / que da santa Eucaristia / nos recorda a instituição! 
   7.Novo Rei e nova mesa, / nova Páscoa e realeza, / foi-se a Páscoa dos judeus.
8 8.Era sombra o antigo povo, / o que é velho cede ao novo: / foge a noite, chega a luz.
9 9.O que o Cristo fez na ceia, / manda à Igreja que o rodeia / repeti-lo até voltar.
    10. Seu preceito conhecemos: / pão e vinho consagremos / para nossa salvação.
111. Faz-se carne o pão de trigo, / faz-se sangue o vinho amigo: / deve-o crer todo cristão.
112. Se não vês nem compreendes, / gosto e vista tu transcendes, / elevado pela fé.
113. Pão e vinho, eis o que vemos; / mas ao Cristo é que nós temos / em tão ínfimos sinais.
114. Alimento verdadeiro, / permanece o Cristo inteiro / quer no vinho, quer no pão.
115. É por todos recebido, / não em parte ou dividido, / pois inteiro é que se da!
116. Um ou mil comungam dele, / tanto este quanto aquele: / multiplica-se o Senhor.
117. Dá-se ao bom como ao perverso, / mas o efeito é bem diverso: / vida e morte traz em si.
118. Pensa bem: igual comida, / se ao que é bom enche de vida, / traz a morte para o mau.
119. Eis a hóstia dividida… / Quem hesita, quem duvida? / Como é toda o autor da vida, / a partícula também. 
  20.Jesus não é atingido: / o sinal é que é partido; / mas não é diminuído, / nem se muda o que contém.
  21. Eis o pão que os anjos comem, / transformado em pão do homem; / só os filhos o consomem: / não será lançado aos cães!  
  22. Em sinais prefigurado, / por Abraão foi imolado, / no cordeiro aos pais foi dado, / no deserto, foi maná. 
  23. Bom pastor, pão de verdade, / piedade, ó Jesus, piedade, / conservai-nos na unidade, / extingui nossa orfandade, / transportai-nos para o Pai! 
  24. Aos mortais dando comida, / dais também o pão da vida; / que a família assim nutrida / seja um dia reunida / aos convivas lá do céu!

A Igreja celebra, na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. Festa que teve início na diocese de Liège (Bélgica) no século 13, e em 1264 o papa Urbano 4º a incluiu no Missal Romano, tornando-a obrigatória para todo o mundo. A solenidade traz à memória a procissão pelas ruas e avenidas. A procissão é uma forma de expressar publicamente a fé na presença de Jesus na hóstia consagrada e a nossa condição de povo peregrino rumo à casa do Pai. A última ceia de Jesus com seus  discípulos ocorre por ocasião da festa da Páscoa. Para os judeus, a Páscoa é a passagem da escravidão no Egito para a terra da vida e da liberdade. Para os cristãos, é a passagem da morte de Jesus para a ressurreição. A eucaristia é a memória permanente da morte e ressurreição de Jesus. Ele, ao abençoar e partir o pão, disse que é seu próprio corpo doado como alimento. O pão ofertado na missa é fruto da terra e  do trabalho humano. Nele está contido o esforço e a dedicação de quem cultiva a terra e de quem prepara o pão. É resultado da partilha de muitas mãos. Onde se partilha o pão, o amor e a solidariedade, o próprio Cristo se faz presente.

Hebreus 9, 11-15 O culto novo e definitivo.


* 11 Cristo, porém, veio como sumo sacerdote dos bens futuros. Ele atravessou uma tenda muito maior e mais perfeita, não construída por mãos humanas, isto é, ele atravessou uma tenda que não pertence a esta criação. 12 Ele entrou uma vez por todas no santuário, e não com sangue de bodes e novilhos, mas com o seu próprio sangue, depois de conseguir para nós uma libertação definitiva. 13 Sangue de bodes e de touros e cinzas de novilha, espalhadas sobre pessoas impuras, as santificam, concedendo-lhes uma pureza externa. 14 Muito mais o sangue de Cristo que, com um Espírito eterno, se ofereceu a Deus como vítima sem mancha! Ele purificará das obras da morte a nossa consciência, para que possamos servir ao Deus vivo.
O sangue da nova aliança -* 15 Desse modo, ele é o mediador de uma nova aliança. Morrendo, nos livrou das faltas cometidas durante a primeira aliança, para que os chamados recebam a herança definitiva que foi prometida.
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