* 12 No primeiro dia dos Ázimos, quando matavam os cordeiros para a Páscoa, os discípulos perguntaram a Jesus: “Onde queres que vamos preparar para que comas a Páscoa?” 13 Jesus mandou então dois de seus discípulos, dizendo: “Vão à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no 14 e digam ao dono da casa onde ele entrar: ‘O Mestre manda dizer: Onde é a sala em que eu e os meus discípulos vamos comer a Páscoa?’ 15 Então ele mostrará para vocês, no andar de cima, uma sala grande, arrumada com almofadas. Preparem aí tudo para nós.” 16 Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito. E prepararam a Páscoa.
A instituição da Eucaristia -* 22 Enquanto comiam,
Jesus
tomou
um pão
e, tendo
pronunciado a bênção, o partiu, distribuiu a eles, e disse: “Tomem, isto é o meu corpo.” 23 Em seguida, tomou um cálice, agradeceu e deu a eles. E todos eles beberam. 24 E Jesus lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25 Eu garanto a vocês: nunca mais beberei do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus.”
A fidelidade de Jesus aos seus -* 26 Depois de terem
cantado
salmos,
foram
para o monte das Oliveiras.
Comentário:
Pode ser lida na forma breve, a partir da estrofe
número 21.
1. Terra,
exulta de alegria, / louva teu pastor e guia / com teus hinos, tua voz!
2.Tanto
possas, tanto ouses, / em louvá-lo não repouses: / sempre excede o teu louvor!
3.Hoje a
Igreja te convida: / ao pão vivo que dá vida / vem com ela celebrar!
4.Este pão,
que o mundo creia! / por Jesus, na santa ceia, / foi entregue aos que escolheu.
5.Nosso
júbilo cantemos, / nosso amor manifestemos, / pois transborda o coração!
6.Quão
solene a festa, o dia, / que da santa Eucaristia / nos recorda a instituição!
7.Novo Rei
e nova mesa, / nova Páscoa e realeza, / foi-se a Páscoa dos judeus.
8 8.Era
sombra o antigo povo, / o que é velho cede ao novo: / foge a noite, chega a
luz.
9 9.O que o
Cristo fez na ceia, / manda à Igreja que o rodeia / repeti-lo até voltar.
10. Seu
preceito conhecemos: / pão e vinho consagremos / para nossa salvação.
111.
Faz-se
carne o pão de trigo, / faz-se sangue o vinho amigo: / deve-o crer todo
cristão.
112.
Se não
vês nem compreendes, / gosto e vista tu transcendes, / elevado pela fé.
113.
Pão e
vinho, eis o que vemos; / mas ao Cristo é que nós temos / em tão ínfimos
sinais.
114.
Alimento
verdadeiro, / permanece o Cristo inteiro / quer no vinho, quer no pão.
115.
É por
todos recebido, / não em parte ou dividido, / pois inteiro é que se da!
116.
Um ou mil
comungam dele, / tanto este quanto aquele: / multiplica-se o Senhor.
117.
Dá-se ao
bom como ao perverso, / mas o efeito é bem diverso: / vida e morte traz em si.
118.
Pensa
bem: igual comida, / se ao que é bom enche de vida, / traz a morte para o mau.
119.
Eis a
hóstia dividida… / Quem hesita, quem duvida? / Como é toda o autor da vida, / a
partícula também.
20.Jesus não
é atingido: / o sinal é que é partido; / mas não é diminuído, / nem se muda o
que contém.
21.
Eis o pão
que os anjos comem, / transformado em pão do homem; / só os filhos o consomem:
/ não será lançado aos cães!
22.
Em sinais
prefigurado, / por Abraão foi imolado, / no cordeiro aos pais foi dado, / no
deserto, foi maná.
23.
Bom
pastor, pão de verdade, / piedade, ó Jesus, piedade, / conservai-nos na
unidade, / extingui nossa orfandade, / transportai-nos para o Pai!
24.
Aos
mortais dando comida, / dais também o pão da vida; / que a família assim
nutrida / seja um dia reunida / aos convivas lá do céu!
A Igreja celebra, na quinta-feira após a festa da
Santíssima Trindade, a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. Festa que teve
início na diocese de Liège (Bélgica) no século 13, e em 1264 o papa Urbano 4º a
incluiu no Missal Romano, tornando-a obrigatória para todo o mundo. A solenidade
traz à memória a procissão pelas ruas e avenidas. A procissão é uma forma de
expressar publicamente a fé na presença de Jesus na hóstia consagrada e a nossa
condição de povo peregrino rumo à casa do Pai. A última ceia de Jesus com
seus discípulos ocorre por ocasião da festa da Páscoa. Para os judeus, a
Páscoa é a passagem da escravidão no Egito para a terra da vida e da liberdade.
Para os cristãos, é a passagem da morte de Jesus para a ressurreição. A
eucaristia é a memória permanente da morte e ressurreição de Jesus. Ele, ao
abençoar e partir o pão, disse que é seu próprio corpo doado como alimento. O
pão ofertado na missa é fruto da terra e do trabalho humano. Nele está
contido o esforço e a dedicação de quem cultiva a terra e de quem prepara o pão.
É resultado da partilha de muitas mãos. Onde se partilha o pão, o amor e a
solidariedade, o próprio Cristo se faz presente.