terça-feira, 31 de outubro de 2017

Lucas 13, 18-21 O Reino atingirá o mundo inteiro.



* 18 E Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com o que eu poderia compará-lo? 19 Ele é como a semente de mostarda que um homem pega e joga no seu jardim. A semente cresce, torna-se árvore, e as aves do céu fazem seus ninhos nos ramos dela”
20 Jesus disse ainda: “Com o que eu poderia comparar o Reino de Deus? 21 Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.”
Comentário:
* 18-21: Cf. nota em Mc 4,30-34 A missão atinge o mundo inteiro -* 30 Jesus dizia ainda: “Com que coisa podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar? 31 O Reino é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes da terra. 32 Mas, quando é semeada, a mostarda cresce e torna-se maior que todas as plantas; ela ramos grandes, de modo que os pássaros do céu podem fazer ninhos em sua sombra.”
33 Jesus anunciava a Palavra usando muitas outras parábolas como essa, conforme eles podiam compreender. 34 Para a multidão Jesusfalava com parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, ele explicava tudo.
O Reino de Deus não se impõe na base da força, da eficácia, do número, mas como semente e fermento. É uma realidade discreta; é o sopro do Espírito que vai penetrando e transformando tudo a partir de dentro. A religião do Reino de Deus tem como protagonistas o homem e a mulher, isto é, o povo que, movido pelo Espírito de Deus, diz palavras e realiza ações concretas e libertadoras. Portanto, a Igreja deve ser percebida, não pelos belos edifícios nem pelo barulho e presença massiva nos meios de comunicação, mas pela ação suave e persistente do Espírito Santo, ação capaz de fermentar toda a comunidade e levá-la a assumir os serviços relativos às necessidades de todos, sobretudo dos marginalizados. Esta é a comunidade viva que Deus espera. Este é o Reino vivo e atuante de Deus.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Lucas 13, 10-17 O sábado foi feito para o homem.



-* 10 Jesus estava ensinando numa sinagoga em dia de sábado. 11 Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. 12 Vendo-a, Jesus dirigiu-se a ela, e disse: Mulher, você está livre da sua doença.” 13 Jesus colocou as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou, e começou a louvar a Deus. 14 O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E tomando a palavra, começou a dizer à multidão: seis dias para trabalhar. Venham, então, nesses dias e sejam curados, e não em dia de sábado.” 15 O Senhor lhe respondeu: Hipócritas! Cada um de vocês não solta do curral o boi ou o jumento para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? 16 Aqui está uma filha de Abraão que Satanás amarrou durante dezoito anos. Será que não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?”17 Essa resposta deixou confusos todos os inimigos de Jesus. E toda a multidão se alegrava com as maravilhas que Jesus fazia.
Comentário:
O esquema se repete, como se repete a incompreensão dos chefes religiosos. Jesus ensina na sinagoga, em dia de sábado. Está presente uma mulher encurvada, símbolo do povo sobrecarregado de pesados fardos. Sem que ela profira nenhuma palavra, Jesus, com uma ordem e imposição das mãos, a liberta de sua enfermidade: “no mesmo instante ela se endireitou”. Liberta e agora feliz, ela se põe a glorificar a Deus. Desconforto para o chefe da sinagoga que, apegado a seu legalismo hipócrita, tenta impedir que os outros glorifiquem a Deus como seres capazes de estar de pé. Jesus argumenta que essa “filha de Abraão” é mais importante do que uma religião que não liberta e só pesa para as pessoas. Os inimigos de Jesus ficam sem graça, e a multidão “se alegrava por todas as maravilhas que Jesus realizava”.

domingo, 29 de outubro de 2017

Mateus 22, 34-40 O centro da vida.



* 34 Os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito os saduceus se calarem. Então eles se reuniram em grupo, 35 e um deles perguntou a Jesus para o tentar: 36 Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” 37 Jesus respondeu: Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, e com todo o seu entendimento. 38 Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39 O segundo é semelhante a esse: Ame ao seu próximo como a si mesmo. 40 Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos.”
Comentário:
34-40: Cf. nota em Mc 12,28-34 O centro da vida -* 28 Um doutor da Lei estava aí, e ouviu a discussão. Vendo que Jesus tinha respondido bem, aproximou-se dele e perguntou: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29 Jesus respondeu: “O primeiro mandamento é este: Ouça, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor! 30 E ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todo o seu entendimento e com toda a sua força. 31 O segundo mandamento é este: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.”
32 O doutor da Lei disse a Jesus: Muito bem, Mestre! Como disseste, ele é, na verdade, o único Deus, e não existe outro além dele. 33 E amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo, é melhor do que todos os holocaustos e do que todos os sacrifícios.” 34 Jesus viu que o doutor da Lei tinha respondido com inteligência, e disse: Você não está longe do Reino de Deus.” E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.
Jesus unifica e põe no mesmo nível os dois mandamentos: amar a Deus e amar ao próximo. A unidade do preceito é inseparável. Em outras ocasiões, Jesus ensina que o amor a Deus passa pelo amor ao próximo: “Quem acolhe vocês, está acolhendo a mim. E quem me acolhe, está acolhendo aquele que me enviou” (Mt 10,40). E na cena do juízo final, Jesus reafirmará que o amor a Deus é demonstrado por atos práticos: alimentar os pobres, vestir os nus, acolher os sem-teto (cf. Mt 25,31ss). O amor a Deus não exclui o amor ao ser humano. E servir o ser humano é servir a Deus. Jesus nos ensina o modo de amar a Deus e ao próximo. Em tudo realizou a vontade do Pai, e “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1), isto é, até as últimas consequências.