6 Apareceu um homem enviado por Deus, que se chamava João. 7 Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. 8 Ele não era a luz, mas apenas a testemunha da luz. 9 A luz verdadeira, aquela que ilumina todo homem, estava chegando ao mundo.
10
A Palavra
estava
no mundo,
o mundo foi feito por meio dela,
mas o mundo não a conheceu.
Comentário:
* 1-18: O Prólogo de João lembra a
introdução do Gênesis (1,1-31; 2,1-4a). No
começo, antes da criação, o Filho de Deus já existia em Deus, voltado para
o Pai: estava em Deus, como a Expressão de Deus, eterna e invisível. O Filho é a
Imagem do Pai, e o Pai se vê totalmente no Filho, ambos num eterno diálogo e
mútua comunicação.
A Palavra é a Sabedoria de Deus
vislumbrada nas maravilhas do mundo e no desenrolar da história, de modo que,
em todos os tempos, os homens sempre tiveram e têm algum conhecimento dela.
Jesus, Palavra de Deus, é a luz que
ilumina a consciência de todo homem. Mas, para onde nos conduziria essa luz? A
Bíblia toda afirma que Deus é amor e
fidelidade. Levado pelo seu imenso amor e fiel às suas promessas, Deus quis
introduzir os homens onde jamais teriam pensado: partilhar a própria vida e
felicidade de Deus. E para isso a Palavra se fez homem e veio à sua
própria casa, neste seu mundo.
A humanidade já não está condenada a
caminhar cegamente, guiando-se por pequenas luzes no meio das trevas, por
pequenas manifestações de Deus, mas pelo próprio Jesus, Manifestação total de
Deus. Com efeito, Jesus Cristo, que é a luz, veio para tornar filhos de Deus
todos os homens. Um só é o Filho, porém, todos podem tornar-se bem mais do que
filhos adotivos: nasceram de Deus.
Deus tinha dado uma lei por meio de
Moisés. E todos os judeus achavam que essa lei era o maior presente de Deus. Na
realidade, era bem mais o que Deus tinha reservado para todos. Porque Jesus, o
Deus Filho, o verdadeiro e total Dom do Pai, é o único que pode falar de Deus
Pai, porque comunica o amor e a fidelidade do Deus que dá a vida aos homens.
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