* 1 Depois desses
acontecimentos, Deus pôs Abraão à prova, e lhe disse: “Abraão, Abraão!” Ele respondeu: “Estou aqui”. 2 Deus disse: “Tome seu filho, o seu único filho Isaac, a quem você ama, vá à terra de Moriá e ofereça-o aí em holocausto, sobre uma montanha que eu vou lhe mostrar”.
9 Quando chegaram
ao lugar
que
Deus
lhe indicara, 10 Abraão estendeu a mão e pegou a faca para imolar seu filho.
11 Nesse momento,
o anjo
de Javé
o chamou
lá do céu
e disse:
“Abraão,
Abraão!”
Ele respondeu:
“Aqui estou!”
12 O anjo continuou: “Não estenda a mão contra o menino! Não lhe faça nenhum mal! Agora sei que você teme a Deus, pois não me recusou seu filho único”. 13 Abraão ergueu os olhos e viu um cordeiro, preso pelos chifres num arbusto; pegou o cordeiro e o ofereceu em holocausto no lugar do seu filho.
15 O anjo de Javé chamou lá do céu uma segunda vez a Abraão, 16 dizendo: “Juro por mim mesmo, palavra de Javé: porque você me fez isso, porque não me recusou seu filho único, 17 eu o abençoarei, eu multiplicarei seus descendentes como as estrelas do céu e a areia da praia. Seus descendentes conquistarão as cidades de seus inimigos. 18 Por meio da descendência de você, todas as nações da terra serão abençoadas, porque você me obedeceu”.
Comentário:
* 1-19: Deus tira todas as seguranças de
Abraão, para lhe fazer sua promessa e entregar-lhe seu dom (cf. Gn 12,1-9 e
nota). Muitos obstáculos parecem tornar impossível a realização desse dom e
promessa (velhice, esterilidade). Quando a promessa começa a cumprir-se com o
nascimento de Isaac, Abraão poderia acomodar-se e perder de vista o grande
projeto, para o qual Deus o chamara. Por isso, Deus lhe pede um novo ato de fé
que confirme sua obediência. Deus não promete nova segurança para o homem se
acomodar; pelo contrário, desafia o homem a estar sempre alerta, a fim de
relacionar-se com Deus e criar uma nova história. Só assim o projeto de Deus
não será confundido com as limitações dos projetos humanos.
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