35 Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão.
A realidade da ressurreição -*
36 Ainda estavam falando, quando Jesus apareceu no meio deles, e disse: “A paz esteja com vocês.” 37 Espantados e cheios de medo, pensavam estar vendo um espírito. 38 Então Jesus disse: “Por que vocês estão perturbados, e
por que
o coração
de vocês
está
cheio
de dúvidas?
39 Vejam
minhas mãos
e meus pés:
sou
eu mesmo.
Toquem-me
e vejam:
um espírito
não
tem
carne
e ossos,
como vocês
podem
ver
que
eu tenho.”
40 E dizendo
isso,
Jesus
mostrou
as mãos
e os pés.
41 E como eles ainda não estivessem acreditando,
por causa
da alegria
e porque
estavam
espantados,
Jesus
disse:
“Vocês
têm
aqui alguma coisa
para comer?”
42 Eles ofereceram
a Jesus
um pedaço
de peixe
grelhado. 43 Jesus pegou o peixe, e o comeu diante deles.
A missão cristã -*
44 Jesus disse: “São estas as palavras que eu lhes falei, quando ainda estava com vocês: é preciso que se cumpra tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.” 45 Então Jesus abriu a mente deles para
entenderem as Escrituras.
46 E continuou:
“Assim
está
escrito:
‘O Messias
sofrerá
e ressuscitará
dos mortos
no terceiro
dia,
47 e no seu nome
serão
anunciados a conversão
e o perdão
dos pecados
a todas
as nações,
começando
por Jerusalém’.
48 E vocês
são
testemunhas
disso.
Comentário:
* 13-35: Lucas salienta os “lugares” da presença de Jesus ressuscitado. Primeiro, ele continua a caminhar entre os homens, solidarizando-se com seus problemas e participando de suas lutas. Segundo, Jesus está presente no anúncio da Palavra das Escrituras, que mostra o sentido da sua vida e ação. Terceiro, na celebração eucarística, onde o pão repartido relembra o dom da sua vida e refontiza a partilha e a fraternidade, que estão no cerne do seu projeto.
* 13-35: Lucas salienta os “lugares” da presença de Jesus ressuscitado. Primeiro, ele continua a caminhar entre os homens, solidarizando-se com seus problemas e participando de suas lutas. Segundo, Jesus está presente no anúncio da Palavra das Escrituras, que mostra o sentido da sua vida e ação. Terceiro, na celebração eucarística, onde o pão repartido relembra o dom da sua vida e refontiza a partilha e a fraternidade, que estão no cerne do seu projeto.
*
36-43: A ressurreição não é
fruto da imaginação dos discípulos, nem se reduz a fenômeno puramente
espiritual. A ressurreição é fato que atinge o próprio corpo; daí a identidade
do ressuscitado com o Jesus terrestre. Qualquer ação humana que traz mais vida
para os corpos oprimidos, doentes, torturados, famintos e sedentos, não é
apenas obra de misericórdia, mas é sinal concreto do fato central da fé cristã:
a ressurreição do próprio Senhor Jesus.
*
44-53: A missão cristã nasce da
leitura das Escrituras, onde se percebe o testemunho de Jesus
(vida-morte-ressurreição) como seu centro e significado. Essa missão continua
no anúncio de Jesus a todos os povos, e provoca a transformação da história a
partir da atividade de Jesus voltada para os pobres e oprimidos. A conversão e
o perdão supõem percorrer o caminho de Jesus na própria vida e nos caminhos da
história. A missão é iluminada pelo Espírito do Pai e de Jesus (a “força que
vem do alto”).
O Evangelho de Lucas termina em
Jerusalém e no Templo, como havia começado. Daí os apóstolos partirão para a
missão “até os confins da terra” (At 1,8).
Deus
nos fala
Servir
com amor, como fez Jesus, como fizeram os apóstolos é libertar os oprimidos.
Onde não há vida ou se perdeu a esperança ali devemos, como cristãos, nos fazer
presentes. A Palavra é a verdade que nos liberta.
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